Trabalho de Psicomotricidade

Segundo Levin (1995) o termo “psicomotricidade” apareceu pela primeira vez no século XIX a partir do discurso médico, no século XX ocorreu a emergência do termo psicomotor, além da noção de psicomotricidade e da prática psicomotora. A psicomotricidade apresenta como eixo o corpo e o movimento, no passar dos anos passou por diversas fases, nomeado de primeiro, segundo e terceiro corte. Nos dias atuais o indivíduo é visto como um sujeito que possui um corpo, que está posto entre o simbólico, real e imaginário.

Ao falar de psicomotricidade, é importante ressaltar que com uma maior atenção no corpo, surgiu um grande interesse pelo desenvolvimento psicomotor. O desenvolvimento psicomotor ocorre com as experiências, isto é, quanto mais se experiencia o corpo na infância mais ele amadurece e se organiza ou se apropria. É fundamental que desde cedo a criança possua um controle corporal, pois quanto menos experimenta as habilidades de seu corpo mais limitações ficam, ocorrendo um menor desenvolvimento psicomotor. (LEVIN, 1997).

Conforme Coriat (1996) o desenvolvimento psicomotor se depara entre o desenvolvimento e a estrutura do sujeito, onde apresenta aspectos estruturais (o orgânico, sistema nervoso central e subjetivo, psiquismo e cognições) e aspectos instrumentais (que é visível e aparente, como o brincar, aprendizado, linguagem, escrita, movimentos, etc).

Com isso, de acordo com Jardim et al. (2008), é necessário incentivar o desenvolvimento psicomotor para a criança apresentar consciência dos movimentos corporais junto de suas emoções expressadas nesses movimentos, além disso, é importante observar o sujeito de forma global e explorar seu potencial ativo. Dentro do desenvolvimento psicomotor se encontram sete subfatores: tônus, equilíbrio, lateralidade, noção de corpo, estruturação do espaço e tempo, praxias amplas e praxias finas.

Para observar quais os subfatores do desenvolvimento psicomotor são notórios na fase inicial da vida de um sujeito, foi escolhida para realizar essa atividade uma bebê, do sexo feminino, de 11 meses. É importante analisar e perceber o desempenho da criança de acordo com passar do tempo.

1- Tônus: Representa a postura, como o sujeito se posiciona, como ele move seu corpo no espaço, sendo algo dinâmico (JARDIM et al. 2008). A bebê observada explora o ambiente, mostrando seu tônus elaborado, senta firmemente, engatinha normalmente para sua idade e às vezes mais rápido, se levanta e fica em pé sozinha, mas para andar ainda se segura nas paredes ou com ajuda de outra pessoa, de vez em quando cai mas se levanta logo.

2- Equilíbrio: Está ligado diretamente ao tônus, ele é responsável pela capacidade de nos sustentar ou possuir um apoio (JARDIM et al. 2008). O tônus e o equilíbrio estão bastante presentes nesses momentos de tentativa de começar a andar, mas ainda não estão completamente desenvolvidos, sua postura ainda não está perfeitamente firme, a bebê às vezes se desequilibra ao tentar andar.

3- Lateralidade: Segundo Jardim el al. (2008) é quando há a habilidade de distinguir entre direita/esquerda e subir/descer quanto no seu corpo como no corpo do outro. Na bebê observada a lateralidade está indefinida, não consegue ainda diferenciar ou ter a percepção dos lados direito e esquerdo do seu corpo. Sendo assim uma lateralidade mais homogênea no momento, quando alguém corre atrás dela e ela engatinha rápido para não ser pega, ela sai para qualquer lado.

4- Noção do Corpo: É nítido ver no desenvolvimento, pois segundo Yanez (1996) a noção de corpo é um subfator que está repleto de impulsos pulsionais, então quando a bebê come ela se suja e gesticula bastante, mas ainda não ocorre essa integração completa do organismo. A imagem corporal é uma expressão da estruturação do corpo no imaginário (YANEZ, 1996), mas na bebê observada ainda não está completa, por exemplo, quando assiste desenhos animados, ela ainda não distingue subjetivamente e/ou elabora o que está vendo. Com 11 meses a imagem de si ainda não está formada, então por exemplo, quando ela fica em frente de um espelho ainda não consegue reconhecer a imagem, então sua reação é de apenas ficar batendo no espelho.

A apropriação do corpo para criança depende de descobertas e experiências que ocorrem durante