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UMA REFLEXÃO SOBRE ANTIGAS E NOVAS FORMAS DE CONTROLE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS SOBRE OS TRABALHADORES

Por:   •  19/6/2016  •  Resenha  •  528 Palavras (3 Páginas)  •  500 Visualizações

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Relação entre o artigo: CONTROLE NO TRABALHO: UMA REFLEXÃO SOBRE ANTIGAS E NOVAS FORMAS DE CONTROLE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS SOBRE OS TRABALHADORES, e o documentário: CARNE E OSSO.

Luciene Lopes Jorge

Psicologia do Trabalho

O artigo aborda a questão do poder que o controle exerce sobre o trabalhador, fazendo uma analogia da época dos trabalhos quase escravos até os dias atuais onde na maioria das vezes a forma de manter o controle, com a tecnologia, se mantém menos gritante aos olhos, porém, o documentário nos remete a forma desumana em que são mantidos os trabalhadores de frigoríficos em atividades ainda hoje no Brasil, e de como isso influencia psicologicamente e fisicamente na vida desses trabalhadores.

Os trabalhadores são expostos a vários riscos e a inúmeras cobranças por produtividade. Além do perigo de lidar com objetos cortantes, são cobrados para que tenham velocidade e agilidade nos cortes, sem poder distrair a atenção da atividade por nenhum motivo, sendo para falar com o colega de produção ao lado, espantar um inseto ou até mesmo interromper o trabalho por alguns minutos para ir ao banheiro.

As jornadas de trabalho são longas, em uma temperatura bastante fria e com movimentos repetitivos, o que causa inúmeros problemas físicos. A pressão por produtividade é mantida de forma extremamente rude, a tal ponto que uma ex funcionária disse “tremer” quando os supervisores chegavam perto, abalando então, o sistema nervoso e mental desses trabalhadores.

Guimarães, 2006, diz que: “pode-se concluir que quanto mais fiscalizado, comandado, sob o poder e domínio de um outro, menos domínio de si mesmo, menos equilíbrio, menos domínio físico e psíquico resta ao trabalhador. O próprio conceito parece expressar a dinâmica do controle: a perda do ser humano de sua posição de sujeito, perda de si.”. Vários trabalhadores relataram que mesmo abalados emocionalmente e fisicamente, continuavam trabalhando pois foi o que fizeram a vida inteira e não podiam perder esse emprego, passavam por cima da saúde e do bem-estar próprio, trabalhando com febre, com dores, e até mesmo com os músculos da mão totalmente repuxados devido a exaustão. O trabalho no frigorífico estava acima deles como sujeitos, e pelos relatos, só conseguiam dizer “não” quando adoeciam ao ponto de serem afastados das atividades ou por estarem no limite pediam demissão. Não existia um questionamento ou qualquer movimento visando a mudança do sistema, para eles a realidade era assim, sem que nada pudesse ser feito.

Segundo Chanlat (1995), o modo de gestão influencia fortemente na saúde e na segurança do trabalhador, o que ficou bem exemplificado com os relatos dos trabalhadores, que inseridos ao contexto de trabalho dentro desses frigoríficos não tinham outro caminho a não ser o adoecimento. O método gestacional desses lugares está voltado apenas para o crescimento lucrativo, sendo os trabalhadores somente peças descartáveis a curto prazo, não levando em consideração o quanto é importante o bem-estar do trabalhador, que está ligado a eficiência de como produz.

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