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Violencia Escolar

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Por:   •  30/10/2013  •  3.609 Palavras (15 Páginas)  •  379 Visualizações

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Violência escolar: Concepções de professores sobre a violência nas escolas.

Introdução.

Para a realização do presente trabalho, fizemos uma pesquisa bibliográfica sobre a violência escolar. Escolhemos este tema por acharmos de extrema importância tanto para a comunidade escolar quanto para a sociedade. Para a escolha dos artigos fizemos um roteiro e tentamos segui-lo, procurando os artigos que respondessem nossos questionamentos. Como por exemplo: definição da violência; definição de violência nas escolas; as causas prováveis da violência escolar; impactos da violência no processo de ensino aprendizagem; o que tem sido feito para prevenir a violência; o papel do psicólogo e suas contribuições etc.; A violência escolar coloca em risco a função da escola de socialização das novas gerações, logo, voltar-se a ela não é apenas uma necessidade, consiste em algo de extrema relevância social.

De acordo com Minayo (1999) apud Marques (2006) a violência é classificada em dois tipos: física e simbólica. A violência com dano físico é mais facilmente identificável, mas simbolicamente a violência requer uma maior atenção para ser identificada. A violência representa um problema de saúde publica de graves dimensões, amplamente disseminado em todos os países do mundo.

Para falarmos sobre violência escolar temos que primeiramente entender o fenômeno e informações importantes que caracterizam essa violência dentro da escola. As primeiras pesquisas sobre esse fenômeno começou nos anos 80, uma época em que a maior dificuldade era a violência encontrada na sociedade que se refletia nas escolas. Era uma época em que o poder público tinha a idéia de proteger com muros, as escolas que são patrimônios públicos de elementos estranhos, as pessoas que eles acreditavam ser marginalizadas.

Com o passar do tempo nos anos 90 o tema da segurança passa a se agravar, pois os problemas agora além dos vandalismos são também ameaças a alunos e professores por parte do crime organizado e do trafico que rodeia as cidades. Um dos problemas que a escola tinha que enfrentar era os traficantes de drogas em busca de territórios para poderem passar suas drogas, gerando assim mais violência.

Pensar a violência nas escolas implica em discutir o que tem sido reconhecido e nomeado como violência nas escolas. Fenômenos que poderiam ser considerados violentos como, por exemplo, constrangimentos públicos, brincadeiras de mau gosto, pequenas agressões físicas, coerções, extorsões etc. são tão rotineiros que são banalizados, não chegando sequer a ser nomeados e lembrados como atos violentos.

Concepções de diferentes autores sobre a violência escolar.

Segundo Silva (2010) a violência na escola associa-se a três dimensões distintas. Em primeiro lugar, à degradação no meio ambiente escolar, isto é, à grande dificuldade de gestão das escolas, resultando em estruturas deficientes. Em segundo, a uma violência que se origina de fora para dentro das escolas, por meio do intermédio da penetração das gangues, do tráfico de drogas e da visibilidade crescente da exclusão social na comunidade escolar. Em terceiro, relaciona-se a um componente interno, específico de cada estabelecimento.

De acordo com Charlot (2005) apud Soares (2012) é importante diferenciar os casos de violência observados na escola. O autor os distingue em três categorias, a violência na escola, a violência à escola e a violência da escola, ressaltando que apenas a violência à escola e a violência da escola referem-se ao interior da instituição escolar.

A violência na escola é caracterizada por sujeitos alheios ao ambiente escolar que utilizam o espaço para cometer crimes, tais como: homicídios, agressões, tráfico de drogas, etc. Enquanto a violência da escola ocorre através da violência institucional e simbólica, cometida pela escola contra os seus alunos. Já a violência à escola relaciona-se a práticas violentas de alunos contra professores e contra o patrimônio institucional.

Para Sanada apud Alves (2009) a violência escolar é uma resposta contemporânea ao declínio da função paterna. Apoiando-se nas leituras psicanalítica e institucional, destaca a necessidade de responsabilização dos sujeitos e das instituições, ressaltando o papel do professor, enquanto sujeito, e da escola, como instituição, como produtores da violência e não como meros reprodutores das experiências macroestruturais. Para a superação desta condição, levanta a possibilidade de resgatar o papel reflexivo da escola a fim de favorecer um posicionamento mais crítico dos elementos que são oferecidos pela contemporaneidade.

De acordo com Pimentel apud Alves (2009) para analisar as raízes de condutas violentas nas escolas exige que se reconheça as especificidades das situações em que ela é produzida e também abrangência desta produção como componente da sociedade contemporânea. Deve se evitar explicações sobre a violência nas escolas meramente sociologizantes e/ou psicologizantes que tendem a focar a violência como algo exógeno à escola. A partir da perspectiva institucional, a autora propõe que a violência na escola seja também pensada no âmbito das relações intraescolares como, elas mesmas, propiciadoras de violências. Ao seu ver, a violência é constitucional e constituinte dos lugares de professor e aluno.

Ansara e Costa apud Alves (2009) afirmam que questões como as formas institucionais de anular as diferenças para criar a submissão e a adaptação são tão violentas quanto as reações brutais.

D’Aurea-Tardeli apud Alves (2009) afirma que a escola tem falhado no ensino da boa convivência. Para estabelecer propostas educacionais democráticas que se traduzam em currículos que valorizem a boa convivência, a justiça e a equidade, a autora discute e argumenta sobre a necessidade de que questões relacionadas ao desenvolvimento psicológico e da moralidade sejam conhecidas e levadas em conta tanto pelo sistema educacional como pela própria escola.

Leme apud Alves (2009) afirma que para se compreender a violência, é necessário uma ação racional, que articule meios e fins. A análise deste fenômeno não pode ser feita nem de maneira simplista e reducionista, o que dificulta discriminar as suas diferentes formas de ocorrência e manifestações, nem a partir de explicações totalizadoras, que impedem considerar como a escola institui e controla as relações que ocorrem em seu interior.

Impactos da violência no processo ensino – aprendizagem.

Chauí apud Silva (2010) diz que "a sociedade brasileira é escravista, nessa

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