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Violência Contra a Mulher

Por:   •  22/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  936 Palavras (4 Páginas)  •  261 Visualizações

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  A violência contra a mulher é desde 1990, reconhecida como um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde, todavia os avanços são poucos, ela continua sendo uma grande problemática social no Brasil e em todo o mundo, apesar de toda luta feminista em relação ao tema ainda precisa-se de políticas públicas mais eficientes no combate e prevenção do fenômeno, pois além de causar danos físicos a elas, existem os danos psíquicos o que afeta a autoestima e a autoconfiança das mulheres o que as faz se sentir desamparadas e desanimadas com relação à própria vida.

Historicamente a mulher sempre foi submissa e dominada pelo homem, na infância pelo pai e no decorrer da vida depois do casamento pelo próprio marido, diante da sociedade o homem sempre foi tido como superior portando ele sempre exerceu autoridade, assim justifica a repressão feminina e a superioridade masculina (MURARO, 1975).

O movimento feminista teve um grande papel para a visibilidade das mulheres, dando-as um lugar na história, no Brasil ele teve inicio no século XIX, mas só ganhou força no século XX quando iniciaram sua luta pelo voto, no ano de 1932 com a aceitação do voto feminino as lutas só foram avançando, ganharam direito a ingressar em escolas e no mercado de trabalho sem precisar de autorização do marido, elas tiveram direito a licença maternidade, creche, guarda dos filhos em casos de separação, aposentadoria, entre outros.

Com mais tempo de luta mais metas foram alcançadas, principalmente em relação à violência doméstica, mulheres começaram a lutar pela sua dignidade, perder o medo e a vergonha e denunciar a violência sofrida (VERARDO, 2007).

Em 1980 surgiu o SOS-mulher que além de atender a mulher, realizava reflexões e debates na sociedade sobre a violência (TELES, 1993), eram serviços voluntários para atendimento jurídico, psicológico e social voltado para quem sofria a violência.

A violência além de física pode ser psicológica, que para muitos é considerado mais prejudicial, de acordo com Azevedo (1985), ela é caracterizada por: desvalorização profissional, rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas.

Wynter (apud CASIQUE, FUREGATO, 2006), diz que são muitas as manifestações de violência psicológica:

- Abuso verbal: insultar, rebaixar, ridicularizar, jogos mentais, confundir a cabeça com ironias;

- Intimidação: olhares assustadores, gestos ou gritos, quebrar objetos da propriedade;

- Ameaças: ferir, suicidar-se, matar;

- Isolamento: vigiar os atos do outro, não deixar fazer amizades;

- Desprezo: tratar com inferioridade;

- Abuso econômico: impedir a mulher de trabalhar, dar castigos monetários, controle abusivo das finanças.

Para que a violência possa perdurar é preciso isolar progressivamente a mulher de sua família, de seus amigos, impedi-la de trabalhar, de ter uma vida social. Isolando sua mulher, o homem faz com que sua vida fique voltada unicamente para si. Ele precisa que ela se ocupe dele, que só pense nele. Age de modo a que ela não seja demasiadamente independente, para que não escape a seu controle. As mulheres dizem muitas vezes que se sentem prisioneiras (HIRIGOYEN, 2006, p. 31-32).

A mulher que convive com a violência pelo parceiro por algum tempo muitas vezes tem um comprometimento psicológico tendo muita dificuldade de mudar sua vida “a pessoa sob jugo não é mais senhora de seus pensamentos, está literalmente invadida pelo psiquismo do parceiro e não tem mais espaço mental próprio” (HIRIGOYEN, 2006, p. 182). O papel do psicólogo no auxilio de mulheres vitimas de violência é fundamental, pois além de acolhimento ele contribui para a compreensão da construção do sujeito e sua compreensão dentro da sociedade (HANADA ET AL, 2010).

Muitas das mulheres não são capazes de sair sozinhas da relação abusivas que vivem, para Hirigoyen (2006) o parceiro usa estratégias de “lavagem cerebral” usada pelo agressor, para manter a mulher como “escrava”, ela diz que é uma das formas mais perversas de manipulação, ele isola a mulher a mulher do mundo exterior assim a fragiliza psicologicamente.

o profissional da psicologia possui ferramentas e métodos para auxiliar tais mulheres, não só para afasta-las de seus agressores mas dar a ela a oportunidade para que se abra fazendo com que ela se sinta num ambiente seguro e confiável, fazer com que elas resgatem sua condição de sujeito, bem como sua autoestima, seus desejos e vontades que quando submetida a tais situações ficam anulados, é fundamental que o psicólogo faça uma escuta ativa, ajudando-as a compreender a experiência e assim leva-las a criticar a situação vivida pois muitas mulheres possuem dificuldades para perceber que se encontram numa relação perpetuada pela violência, até pelo fato de já terem tomado a violência sofrida como algo natural, e partir da compreensão e da ampliação da consciência de suas experiências, a mulher conseguirá se proteger da violência, e resgatar sua identidade.

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