Atuação do Assistente Social no Estratégias de Superação
Por: JORGElISS • 12/6/2025 • Artigo • 6.048 Palavras (25 Páginas) • 77 Visualizações
[pic 1][pic 2]
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL EAD
Jorgenaldo Coelho da Silva[1]
Rita de Cássia Nascimento de Jesus[2]
A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS: DESAFIOS DIÁRIOS E ESTRATÉGIAS DE SUPERAÇÃO
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar a atuação do assistente social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), destacando os desafios enfrentados no cotidiano profissional e as estratégias desenvolvidas para superá-los. A partir de uma abordagem qualitativa, revisão bibliográfica e vivências no CRAS, permitiu compreender o trabalho com famílias de forma integral, respeitando suas especificidades e promovendo o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários foi uma experiência enriquecedora, que contribuiu não apenas para o aprimoramento de competências técnicas, mas também para o fortalecimento do compromisso ético e político. O estudo evidencia questões como a sobrecarga de trabalho, a escassez de recursos, a burocratização dos serviços e a desvalorização da categoria. Em contrapartida, destaca-se a capacidade de resistência e reinvenção dos profissionais por meio da articulação em rede, formação continuada e fortalecimento do trabalho coletivo. O artigo reforça a importância do assistente social na efetivação dos direitos sociais e no fortalecimento da Política de Assistência Social no Brasil.
Palavras-chave: Assistente Social; CRAS; Desafios Profissionais; Estratégias; Política de Assistência Social.
ABSTRACT[pic 3]
This article aims to analyze the work of social workers at the Social Assistance Reference Center (CRAS), highlighting the challenges faced in their daily work and the strategies developed to overcome them. Based on a qualitative approach, bibliographic review and experiences at CRAS, it allowed us to understand the work with families in a comprehensive way, respecting their specificities and promoting the strengthening of family and community ties. It was an enriching experience, which contributed not only to the improvement of technical skills, but also to the strengthening of ethical and political commitment. The study highlights issues such as work overload, scarcity of resources, bureaucratization of services and the devaluation of the category. On the other hand, the capacity for resilience and reinvention of professionals through networking, continued training and strengthening of collective work is highlighted. The article reinforces the importance of social workers in the implementation of social rights and in strengthening Social Assistance Policy in Brazil.
Keywords: Social Worker; CRAS; Professional Challenges; Strategies; Social Assistance Policy.
1. INTRODUÇÃO
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal que compõe a política de assistência social no Brasil, atuando como porta de entrada para a proteção social básica e responsável por atender famílias em situação de vulnerabilidade social. Nesse contexto, o assistente social desempenha um papel essencial na implementação de ações voltadas à prevenção de riscos e à promoção de direitos.
A prática cotidiana nesse espaço é desafiadora e marcada por contradições: enquanto há uma demanda crescente por serviços e atendimentos qualificados, os profissionais enfrentam limitações estruturais, institucionais e políticas que impactam diretamente a qualidade do trabalho ofertado. Entre os principais obstáculos estão a sobrecarga de trabalho, escassez de recursos, rotatividade de equipes e exigências burocráticas, que muitas vezes se sobrepõem à dimensão técnica e ética do trabalho social.
A política de Assistência Social no Brasil, estruturada a partir da Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), tem como um de seus principais instrumentos o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O CRAS representa a porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), sendo responsável pela oferta de serviços de proteção social básica e pelo fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Nesse contexto, o assistente social assume um papel central na articulação de ações e na garantia de direitos, atuando diretamente com famílias em situação de vulnerabilidade social. Sua prática envolve o planejamento, execução e avaliação de serviços, projetos e benefícios socioassistenciais, bem como o trabalho em equipe e a interlocução com a rede intersetorial.
Diante desse cenário, este artigo tem como objetivo analisar a atuação do assistente social no CRAS, evidenciando os desafios diários enfrentados por esses profissionais e as estratégias de superação construídas a partir de sua prática. Para isso, utilizamos revisão bibliográfica e referenciais do Serviço Social, buscando contribuir para o debate crítico sobre as condições de trabalho e a efetivação da política pública de assistência social.
O Centro de Referência de Assistência Social, conhecido como CRAS, é um espaço fundamental na estrutura da política de assistência social no Brasil. Ele se configura como um serviço público que tem como principal objetivo promover o acesso aos direitos sociais, fortalecer os vínculos familiares e comunitários, e garantir a proteção social das populações em situação de vulnerabilidade.
O CRAS atua como um ponto de referência para as famílias, oferecendo serviços de acolhimento, orientação e encaminhamentos que visam a inclusão e a melhoria da qualidade de vida. A história do CRAS remonta ao início dos anos 2000, quando o Brasil começou a implementar uma nova abordagem na assistência social. A criação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi um marco importante, estabelecendo diretrizes que orientam a atuação dos serviços de assistência social, entre eles o CRAS. Desde então, o centro tem evoluído, adaptando-se às necessidades da população e às demandas sociais. A sua importância se reflete na maneira como promove a inclusão, atuando em parceria com outras políticas públicas, como saúde, educação e habitação, para garantir uma rede de proteção social mais robusta.
...