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A Mulher e Agua

Por:   •  21/11/2019  •  Artigo  •  991 Palavras (4 Páginas)  •  110 Visualizações

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A mulher durante todo seu tempo na terra, já teve sua imagem atrelada a diversos papeis, já receberam diversas funções, mas nenhuma delas tendo em vista sua capacidade e seus direitos como cidadãs de tomarem suas próprias decisões e escolher como querem viver.  

Elas foram admiradas, temidas como representantes de Satã e foram reduzidas a objetos de domínio e submissão por receberem um conceito de “não-função”, tendo sua real influência na evolução do ser humano, marginalizada e até aniquilada. (Da Silva, G. A mulher e sua posição na sociedade: da antiguidade aos dias atuais. Revista da SBPH, 2005.)

É por isso que se torna tão importante o debate sobre o papel da mulher e as políticas públicas direcionada a elas.  As mulheres merecem politicas especificas para elas, por terem uma carga histórica sobrecarregada, onde seu papel na sociedade, durante muito tempo foi diminuído pelo patriarcado.  Tiveram que se contentar em exercer o papel de mãe e esposa, que lhes foi imposto por um processo histórico, onde não tiveram escolhas a não ser de executar.

Atualmente, as mulheres estão lutando para mudar essa realidade que lhes foi imposta durante tanto tempo, mas para muitas é difícil de aceitar direitos apenas por ser mulheres, pois para elas seria o mesmo que buscar privilégios

As ideologias patriarcais têm calado profundamente as mulheres e, para muitas delas, parece paradoxal ter direitos por serem mulheres, pois para elas, recorrer a direitos específicos é o mesmo que buscar privilégios. (Lisboa, T. Cidadania e equidade de gênero: políticas públicas para mulheres excluídas dos direitos mínimos, 2005)

 Por mais que as mulheres estarem conquistando seu espaço dentro da sociedade, é nítido que nossa participação em tomadas de decisões políticas importantes ainda é muito escassa, isso porque ainda, muitas mulheres estão fadadas as atividades domesticas, por serem as responsáveis pelo cuidado das crianças, manutenção da casa, tornando impossível sua participação, por estarem muito ocupadas com esses afazeres. Em consequência desse fator, muitas das tomadas das decisões que afetam as mulheres diretamente são constantemente definidos por homens, que cabe lembrar criado pelas mulheres.

Um grande número de mulheres defronta-se, ainda, com consideráveis limitações em relação à participação na tomada de decisões quanto à definição de seus direitos e interesses por uma série de fatores: a responsabilidade no cuidado com as crianças, idosos e doentes da família; a desvantagem no mundo do trabalho remunerado, assim como sua vulnerabilidade física em relação à violência masculina. Estas mulheres são, também, severamente afetadas pelas condições precárias de vida em ambiente insalubre e poluído, pois as suas responsabilidades domésticas exigem contato permanente e direto com problemas gerados pela escassez ou falta de serviços de água, esgoto, drenagem e coleta de lixo. [...]. Ainda assim, as decisões públicas que afetam as mulheres, de modo geral, estão guiadas, na grande maioria, por preferências masculinas e não por necessidades femininas, questões estas frequentemente antagônicas. ((Lisboa, T. Cidadania e equidade de gênero: políticas públicas para mulheres excluídas dos direitos mínimos, 2005)

As policias públicas direcionadas as mulheres tem que existir pelo simples fato de que os homens sempre tiveram mais oportunidade em todos os aspectos da vida em sociedade, apenas por serem homens. Desde os princípios dos tempos, o masculino é considerado melhor, mais certo, ao passo que eles detinham a liberdade de atuar em espaços públicos, de tomarem decisões às mulheres coube o esquecimento, a vida confinada em um mundo privado.

Os historiadores hierarquizaram a História – o masculino aparecendo sempre como superior ao feminino. A universalidade do “eles” mascarou o privilégio masculino, aparecendo como uma neutralidade sexual dos sujeitos. (Contexto e Educação - Editora Unijui – Ano 19 - nº 71/72 Jan./Dez.2004-P.29-43)

No livro Mulheres no Trabalho (2016) é confirmado que nos tempos atuais, as mulheres continuam enfrentamento dificuldade significativos em relação ao seu gênero. Ao longo da sua vida profissional, elas ainda estão fadadas a grandes desigualdades no acesso a empregos dignos, tem bem menos oportunidades e muitas vezes tem de aceitar empregos de qualidade inferior.

A desigualdade entre homens e mulheres persiste nos mercados de trabalho globais, em relação às oportunidades, ao tratamento e aos resultados. Nas últimas duas décadas, os significativos progressos alcançados pelas mulheres na educação não se traduziram numa melhoria comparativa na sua situação no trabalho. ( Mulheres no Trabalho, 2016, p.3)

Dessa forma é evidente que nossa história tem dividas que necessitam ser compensadas, sofremos uma desigualdade que foi criada historicamente, tornando-a muito mais difícil de repara-la, dessa forma é essencial a criação de políticas públicas que visem a equidade e também a melhoria no atendimento ao que cabe a mulher como gravidez, parto e puerpério, da forma como ela acredita ser a sua escolha.

 Esse artigo é focando nas políticas públicas de acesso a agua para mulheres, que são as mais prejudicadas nesse quesito por serem as responsáveis pelas mesmas. Algo que foi construído historicamente, como já foi dito anteriormente, porque a agua faz parte das tarefas domesticas das mulheres. Principalmente nos países menos desenvolvidos onde a escassez da agua é grande, as mulheres que fazem o transporte, armazenamento e utilizam a agua, seja para cozinhar ou executar tarefas de limpeza. O que ocasiona na falta de tempo para realizarem outras atividades, seja participar das políticas públicas, trabalhar ou estudar.

Vários estudos relatam que as mulheres utilizam muito tempo com o transporte de água, reduzindo o tempo que poderia ser utilizado em atividades geradoras de renda, no cuidado da saúde dos filhos e em atividades educacionais (SOARES, 2009; BARBOSA, 2013; BROWN et al., 2016; CORDEIRO, 2016).

É por isso que deve haver participação das mulheres nas tomadas de decisões nessa área, por serem as mais afetadas, são as mais sensibilizadas com a importância da mesma. Não somente nessa área, somos importantes, temos conhecimento e estamos prontas para mostrar para o mundo.  

A água nosso tesouro azul, compõe mais de 70% do nosso corpo e está presente em toda a pirâmide alimentar deve ser mais monitorada e protegida nos dias de hoje...

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