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A Trajetória do Serviço Social

Por:   •  27/5/2018  •  Resenha  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  144 Visualizações

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A trajetória do Serviço Social como profissão que será reconhecida nos anos 1960, mas principalmente 1980, construirá uma história de grandes avanços e de conquistas, principalmente em adotar a tradição Marxista e pela ruptura com o conservadorismo.

A profissão já reconhecida tem contribuído para vários avanços como: nas políticas públicas, no enfrentamento das problemáticas da questão social, na consolidação do projeto ético político, para os fundamentos teóricos e metodológicos, ou seja, legitimidade acadêmica, código de ética para a defesa de outra ordem societária (classe trabalhadora), entre outros avanços.

Então, é a partir dos anos 80 que irá marcar a etapa de amadurecimento da produção teórica da profissão, que irá romper com o conservadorismo profissional, romper com as bases da igreja católica, onde irá tomar uma nova roupagem e uma nova imagem profissional. Mas, segundo Quiroga (1991), “esse processo não rompeu radicalmente com uma herança conservadora, de cunho positivista e irracionalista, predominante historicamente no Serviço Social.”

Então, é através dessa intensão de ruptura que a profissão irá ganhar uma legitimidade acadêmica de produção de conhecimento, com o rompimento do conservadorismo em 1980. Mas, a profissão não encontrará somente conquistas, também irá encontrar retrocessos, desafios e dificuldades na profissão, pois as tendências do capitalismo irão frear estes avanços, colocando em discussão esses avanços acima já conquistados.

Portanto, com a crise de 80 (implantação do neoliberalismo e pela sociedade de capital moderno) irá desregularizar e flexibilizar totalmente a demanda de trabalho do Assistente Social, onde irá trazer um grande desafio para a profissão em tornar o projeto ético politico um guia efetivo para o exercício profissional e consolidá-lo por meio de outra implementação efetiva. (IAMAMOTO, 2010, pg.233).

Mas, ainda citado no texto de Iamamoto (2010), um dos grandes desafios que permeia ainda a profissão até os dias atuais é o enfrentamento das problemáticas da questão social e a luta pelos direitos da classe trabalhadora, ou seja, essa dificuldade ainda se dá pelas tendências de fragmentações das relações (reificação, alienação, superexploração e coisificação), do coronelismo, do populismo e de privatizações encontradas até hoje nessa sociedade capitalista.

Então, o que isso tudo afeta no exercício profissional? Essa conjuntura ela vai trazer desafios para as politicas sociais, onde o profissional não terá politicas sociais universalizadas e sim focalizadas, seletivas, ou seja, é para atender do pobre do mais pobre. Sendo assim, mesmo tendo a direção social marxista, tendo clareza da leitura da realidade na atuação profissional, o profissional encontrará limites, dificuldades, embates e grandes desafios.

Portanto, tudo isso fará com que o profissional não atenda o seu usuário conforme as necessidades que ele coloca que demanda, e esse é o desfio da profissão, pois à medida que essas tendências do capitalismo impactam as políticas sociais, sendo as políticas sociais o nosso maior campo de trabalho com todo o arcabouço teórico- metodológico marxista, muito dos profissionais irá reproduzir formas do conservadorismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SOUZA,

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