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A Trajetória Ético

Por:   •  22/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.201 Palavras (5 Páginas)  •  161 Visualizações

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          A TRAJETÓRIA ETICO-POLITICA DO    

               SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO

NOME: Ogib Contreiras de Carvalho

RA: C44DFF1

TURMA: SSA2A30

AS CONFIGURAÇÕES DA ÉTICA TRADICIONAL

  1. Moral ethos, e ideologia na origem da profissão
  2. O significado da moralização na “questão social”
  3. Os fundamentos filosóficos da ética profissional tradicional.

O Serviço Social insere-se nas lutas sócio-históricas, como instrumento poderoso para enfrentar as consequências advindas da produção capitalista, também conhecidas como questões sociais, nas relações entre Estado e classes dominantes, sob a ótica do capitalismo monopolista.

Na reprodução das relações sociais capitalistas, o Serviço Social atua como mediador ético-moral.

A origem das profissões atrelam-se:

  1. Referente aos valores que norteiam as atividades humanas dentro do convívio social, validadas como normas de condutas, regra de convívio em sociedade, em grupo e de consciência da coletividade;
  2. Tratamento moral da questão social – buscando legitimar os interesses do Estado burguês, projetos sociais conservadores, dentre os quais podemos citar a igreja católica;
  3. A existência de profissões adequadas ao sistema.

As relações advindas do capital x trabalho, ocasionam a questão social. O enfrentamento moral dessas “questões”, no capitalismo monopolista, é resposta a processos construídos na reprodução do capital e do trabalho, com consequente despolitização de seus fundamentos objetivos, tratando-se, assim, de um moralismo sustentado ideologicamente pelo conservadorismo moral;

No tocante à origem do Serviço Social, o conservadorismo moral patentea-se na formação do projeto social da igreja católica e na cultura brasileira, através da reprodução de alienação moral por meio de repetição, sem critica dos valores; assimilação de normas e regras comportamentais, preconceitos descriminação, visando rechaçar o que não se enquadra nos padrões tidos como “corretos”.

A ordem burguesa, instituída com a chancela do capitalismo, no Brasil, é inaceitável pelo Serviço social, posto que tratada como uma formação social capaz de trazer juntamente com o progresso, os “desajustes”, a “desintegração” da família, da comunidade e dos valores tradicionais tidos como corretos, creditando-lhe o acometimento e propagação de doenças e moléstias, alcoolismo, abandono da mulher das tarefas do lar, rompimento dos laços familiares.

Historicamente, o conservadorismo moral, contido em projetos sociais e na própria herança cultural influencia o Serviço Social no Brasil.

Ao profissional cabia internalizar valores, normas, condutas e deveres na formação moral do ser social. Os ditames da Igreja Católica aliados ao fato de, inicialmente, a profissão ser formada apenas por mulheres católicas e com interesses das classes dominantes, delinearam um profissional moralizador.

A questão social quanto ao trato moral, representa uma expressão especifica na luta de classes.

A questão social ocorrida na segunda metade do sec. XIX, na Europa ocidental, evidencia-se pela reivindicação do proletariado, de direitos sociais no cenário politico da sociedade moderna. Denota-se assim uma assumida consciência de classe, oriunda de conquistas e derrotas históricas, como as revoluções proletárias de 1848, na Europa, e a reação veementemente conservadora da burguesia e seus aliados.

É no processo de organização politica da classe trabalhadora, que a práxis politica ( práxis – atividades organizadas com vistas a um resultado; conjunto de atividades que visam a transformação da organização social), edifica valores éticos de liberdade e união da coletividade.

Constrói-se um athos (athos – conjuntos de hábitos fundamentais no âmbito do comportamento), oposto ao individualismo burguês e ao conservadorismo moral. Edifica-se uma gama de valores em torno de necessidades e interesses comuns com ênfase ao companheirismo, à solidariedade, à resistência, à lealdade, e à liberdade.

Segundo a autora, trata-se de superar os limites burgueses, na direção de uma sociedade socialista, atuando com consciência nos movimentos proletários e nas lutas populares.

O conservadorismo opõe-se, historicamente, ao iluminismo, ao liberalismo e às ideias socialistas. No conservadorismo valoriza-se o passado, a tradição, a autoridade fundada na hierarquia e na ordem, em detrimento da democracia, da liberdade, da indústria, da tecnologia, do divórcio, da emancipação da mulher, enfim, de todas as conquistas da era moderna.

Na questão social as reivindicações dos trabalhadores por direitos são vistas como lutas revolucionarias. Desse modo, as greves, as manifestações por melhores salários, por melhores condições de trabalho e de vida, são vistas pelos conservadores como ameaça contundente à ordem social dada.

Impondo-se o proletariado como força politica, reivindicando direitos, exige, do Estado, uma reavaliação e redimensionamento de suas funções politicas.

Atuando entre coerção e consenso, o Estado busca controlar a classe trabalhadora e, ao mesmo tempo, tornar legitima sua intenção como representante da sociedade, dando, às relações uma roupagem humanitária. As necessidades das classes trabalhadoras são fragmentadas ao ponto de, o Estado, transformar seus direitos em beneficio do próprio Estado, responsabilizando os indivíduos por sua condição social, despolitizando suas lutas, restringindo suas escolhas.

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