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A VIOLÊNCIA DOMESTICA

Por:   •  29/1/2019  •  Artigo  •  3.631 Palavras (15 Páginas)  •  186 Visualizações

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A CONTRIBUIÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NOS IMPASSES DA VIOLÊNCIA DOMESTICA CONTRA A MULHER

 Francine dos Santos Cardoso[1]

Wagner Souza da Encarnação[2]

 RESUMO

 Este artigo aborda o papel do assistente social perante as demandas de violência para com mulheres, em atenção a este público buscando soluções, estratégias e as encaminhando para o espaço correto, onde seus direitos serão garantidos através de um atendimento cauteloso. Sabe-se que a violência doméstica não ocorre apenas com um grupo especifico e sim com uma grande quantidade de pessoas, só que o maior público atingido continua a ser mulheres de várias faixas etárias.

Palavras-Chaves: Assistente Social. Mulher. Violência doméstica.

 ABSTRACT

This article addresses the role of the social worker in the face of demands for violence against women, in order to attend to this public seeking solutions, strategies and directing them to the correct space, where their rights will be guaranteed through a cautious care. It is known that domestic violence does not only occur with a specific group but with a large number of people, except that the largest affected public continues to be women of various age groups.

Keywords: Social Worker. Woman. Domestic violence.

INTRODUÇÃO

Existem diversos tipos de violência que afetam a quem é ou já foi vítima, tratando-se então dos abusos sociais, econômicos, físicos, sexuais e etc. Qualquer pessoa pode vir a passar por essas situações já que na maioria dos casos, esta ocorre de maneira silenciosa, entre elas a violência psicológica, que não reproduz sinais físicos externos que comprovem a agressão sofrida, dessa maneira dificultando que a vítima seja identificada, na maioria dos casos a mesma é coagida pelo agressor ou até mesmo enganada de que esses episódios de violência irão cessar, crianças e mulheres são os públicos mais atingidos pela violência psicológica, que resultam em profundos transtornos emocionais, podendo até resultar em suicídio.

Este artigo é resultado de uma pesquisa realizada em companhia a assistente social que trabalha no Centro de Referência Especializada de Assistência Social de Cachoeira-BA, e que atende mulheres que sofrem de violência doméstica.

Foi utilizado o método de revisões bibliográficas de violência doméstica contra as mulheres e uma entrevista semiestruturada.

  1. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: RELATOS HISTÓRICOS E CONTEMPORÂNEOS

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a violência contra a mulher é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens que assim impedem o pleno avanço do sexo feminino.

“Violência contra a mulher - é qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause danos, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados.” (CNJ. 2018)

Inicialmente, quem habitavam o Brasil eram os indígenas, dentro da sua própria aldeia já existia a divisão do trabalho por conta da sexualidade, tanto dentro das casas, como no trabalho do campo. As mulheres eram destinadas a trabalhos domésticos como na fabricação de farinha de mandioca, vasilhas de barro, redes de fios de algodão por outo lado os homens cabiam as atividades mais braçais como na construção de oca, canoas, na fabricação de arcos e flechas, instrumentos musicais. (BORIN, 2007)

Em sua dissertação, Violência contra a mulher: Percepção sobre violência em mulheres agredidas, Borin (2007, p.35) salienta que “as indígenas foram as primeiras pessoas que os homens brancos encontraram no Brasil, com o seu corpo nu”. Os mesmo recém chegados no Brasil, já tinha uma percepção em relação de poder entre o homem e a mulher situado naquele local, que eram as mesmas na sociedade de origem, que as mulheres eram totalmente subordinadas ao homem, desde a sua vida sexual que era para satisfazer o prazer maculino, sendo assim violentada sexualmente.

A violência contra o sexo feminino está presente desde a época colonial que no artigo de OLIVEIRA e PARADISO traz que as mulheres eram impetuosamente violentada que caracteriza praticamente um estupro, que pode ser definido como ação repugnante para coagir a mulher ao ato sexual, empregando ameaça ou violência (OLIVEIRA e PARADISO, 2012). No qual este ato ainda é vivenciado por muitas mulheres, tais causalidades acontecem em seus respectivos ambientes de trabalho, no passeio ao shopping, na rua ou até mesmo no âmbito da sua casa, onde a maioria dos casos é praticado pelo marido, o companheiro, o pai ou padrasto. Essa violência pode atribuir diversas formas, onde as consequências são desastrosas, causando danos temporários ou permanentes.

Em muitos casos as agressões físicas não começam no início do relacionamento, o agressor vai mostrando aos poucos a sua verdadeira face com pequenas brigas, assim, a violência tem diversas características, como empurrões, tapas, e outros aspectos. Esses sinais deixam marcas no corpo como hematomas e traumas. Tudo começa com a violência psicológica que não deixam marcas física, mas cicatrizes psicológicas que destroem a autoconfiança da vítima, e são violentadas através de humilhações, xingamentos, descriminações. Na formação da sociedade é idealizada características machistas que acabam naturalizando os fatos - como se fosse algo natural, como os fenômenos da natureza - algumas mulheres acabam sofrendo algum tipo de violência, portanto não percebem de fato o que está acontecendo, coibindo a mesma e destruindo sua perspectiva de vida.

As mulheres não procuram prestar queixa do acorrido em algumas circunstâncias, porque nem em todos os municípios baianos, assim como, nem todas as cidades do Brasil a uma delegacia especializada no atendimento à mulher, quando a vítima vai a delegacia da cidade, presta queixa os próprios funcionários da delegacia não fazem o acolhimento devido, o caso fica considerado como mais uma briga de casal. Devem levar em consideração também que agressor faz ameaças, ou que a mesma fica com vergonha da sociedade ou por dependerem financeiramente do agressor pensando que não conseguirão se manter financeiramente, até mesmo, que não irá acontecer novamente que o seu casamento vai voltar a ser bom como no início do relacionamento.

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