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Animação Sociocultural III, da Licenciatura de Gerontologia Social do Instituto Superior de Serviço Social do Porto.

Por:   •  16/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.785 Palavras (16 Páginas)  •  343 Visualizações

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Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Animação Sociocultural III, da Licenciatura de Gerontologia Social do Instituto Superior de Serviço Social do Porto.

O presente trabalho pretende primeiramente expor o que é o Voluntariado, quais as suas manifestações em Portugal, as características das associações de Voluntariado existentes, uma contextualização do voluntariado social, sénior e hospitalar. Uma apresentação das actividades realizadas no âmbito da disciplina de estágio que este ano incidiu sobre o voluntariado.

E por fim, uma breve reflexão sobre o papel de um gerontólogo num projecto de Voluntariado Social.

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Voluntariado

Em Portugal, segundo o artigo 2º da Lei nº71/78, de 3 de Novembro, podemos definir o voluntariado como “conjunto de acções de interesse social e comunitário realizado de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas’’, encontrando-se excluídas desta noção “as atuações que, embora desinteressadas, tenham um carácter isolado e esporádico ou sejam determinadas por razões familiares, de amizade e de boa vizinhança”.

Nos termos da mesma Lei, “O voluntário é a pessoa que, por escolha própria, utiliza uma parte do seu tempo livre a realizar acções para benefício de outrem”, sendo titular de direitos como a higiene e segurança, e também deveres como a observação das normas coletivas que regulamentam a entidade a que se presta ajuda, entre outros.

Estes dois conceitos parecem convergir para um consenso de que o voluntariado é uma atividade não remunerada, assumida de livre vontade, em que o voluntário, oferece o seu tempo e forma estruturada e durante um período determinado. Excluindo-se do seu âmbito de intervenção, as ações motivadas por relações familiares, de amizade e de vizinhança.

Importa salientar que a prática do voluntariado é um fenómeno complexo e global com vários conceitos dependendo do contexto cultural e social inserido . A sua prática varia de país para país e depende em larga medida do apoio do Estado e do quão organizadas e robustas são as instituições. O seu valor e importância hoje em dia são de todo um facto que é reconhecido e promovido.

A ONU, salienta alguns benefícios sociais evidentes no voluntariado e salienta algumas das suas características:

• “O voluntariado reforça laços sociais na medida em que os

indivíduos, através da organização em sociedade e da sua integração em grupos, desenvolvem um sentido de responsabilidade cívica e de pertença;”

• “Através das redes organizadas de voluntariado verifica-se, por exemplo, que a interação entre diferentes grupos tende a aumentar a tolerância face á diversidade e á diferença.”

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• “A componente de participação eu existe no voluntariado permite uma melhor compreensão das diferentes forças existentes na sociedade e pode contribuir para melhorar o sentido de responsabilidade e governância.”

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Voluntariado em Portugal

O voluntariado recebeu atenção pela primeira vez em Portugal a partir de 1995, um pouco tarde comparativamente a outros países Europeus. Neste ano, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social inicia uma série de reflexões que mais tarde deram origem à aprovação de legislação específica sobre voluntariado.

Em 1997, a Assembleia Geral das Nações Unidas constituiu o ano de 2001 como o ano Internacional do Voluntariado, como forma de reconhecimento do mesmo e com o objetivo de conseguir um maior reconhecimento por parte dos Governos e entidades internacionais, nacionais, locais, e incentivar o voluntariado em várias vertentes.

Portugal aderiu à iniciativa nesse mesmo ano, tendo sido aprovada a Lei nº 71/98 de 3 de Novembro, que determinou as bases do enquadramento jurídico, colocando limites e definições em conceitos como o voluntariado, voluntário, organizações promotoras, princípios, direitos e deveres, a suspensão e cessação do trabalho voluntário, etc.

Em 1999, é criado o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, que atualmente ainda se encontra em funções, com competências para desenvolver as acções indispensáveis à promoção, coordenação e qualificação do voluntariado em Portugal. Sendo este o órgão nacional com responsabilidade sobre a promoção e desenvolvimento do voluntariado. Algumas das suas ações passaram pela publicação de manuais de apoio à formação de voluntários e a emissão de cartões de identificação oficialmente previstos para conferir maior credibilidade e legitimidade ao estatuto de voluntário e pela criação de Bancos Locais de Voluntariado em todo o país, sendo estes, estruturas que procuram facilitar a promoção do voluntariado, permitindo o encontro entre indivíduos que estão dispostos a ser voluntários e as organizações que procuram apoio de voluntários para desenvolver as suas actividades. Realizam ainda acções de sensibilização para a mobilização dos cidadãos para a prática de voluntariado. As associações responsáveis pela instalação dos Bancos Locais, são

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