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Aspectos éticos Do Enfermeiro Em Saúde Mental

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Por:   •  25/11/2013  •  2.780 Palavras (12 Páginas)  •  365 Visualizações

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RESUMO

A saúde requer uma ética sadia para que seu papel de tratar o doente seja completo. As doenças mentais sofreram grandes avanços nas descobertas cientificas e na aérea que desrespeita aos direitos éticos do pacientes portadores de doenças mentais. Este estudo baseia-se na retrospectiva de artigos, com abordagem qualitativa do tipo exploratória bibliográfica. Tem como objetivo expor a abordagem ética pelos profissionais de enfermagem no contexto da saúde mental, conceituando a ética, avaliando a postura e a assistência prestada dos profissionais de enfermagem frente a doença mental. Nesse sentido verifica-se importância de intervenções que respeitem os direitos e valores morais desta classe ainda tão discriminada.

INTRODUÇÃO

As doenças mentais sempre existiram na sociedade. Os gregos tratavam seus familiares que manifestavam comportamentos anormais, com paciência e compreensão. Para o cristianismo os comportamentos de desordem social apresentado pelo doente eram considerados ligação diabólica. Por muitos anos os portadores de doença mental foram tratados com métodos desumanos, choques elétricos, camisa de força, isolamento social, afastamento da família, preconceito, desrespeito aos valores éticos e morais desconhecendo sua contribuição na sociedade. Depois da reforma psiquiátrica em 1980 algumas praticas desumanas foram extintas, mas ate hoje a reforma persiste em alterações não se concretizadas e que estão em processo de adaptação da pratica real.¹

Todo ser humano é dotado de uma consciência moral, que o faz distinguir entre o certo e o errado, justo ou injusto, bom ou ruim, com isso é capaz de avaliar suas ações praticando a ética, exercendo os valores, que se tornam os deveres, incorporados por cada cultura expressos em ações. Nesse ponto de vista a ética pode ser conceituada como o estudos dos juízos de apreciação que se referem a conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal seja relativamente á determinada sociedade, seja de modo absoluto.A ética é a ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana.²

A saúde requer uma ética sadia para que seu papel de tratar o doente seja completo. As doenças mentais sofreram grandes avanços nas descobertas cientificas e na aérea que desrespeita aos direitos éticos do pacientes doentes mentais. O tratamento oferecido não esta somente relacionada ao uso da fármaco terapia, mas também o exercício da ética no dever de respeitar os princípios morais dos doentes. A enfermagem por ser a classe diretamente ligada aos princípios e deveres éticos da sociedade em relação às doenças, é responsável pela aplicação e reconhecimento da importância da ética no tratamento e reabilitação do doente mental na sociedade.

A assistência de enfermagem prestada as distúrbios mentais exigem dedicação, conhecimento cientifico e a presença dos princípios éticos que deve existir nos profissionais que regem a ordem social da sociedade. O enfermeiro não deve oferecer ao seu paciente apenas as medicações, deve resplandecer no seu paciente a importância significativa que ele tem para sociedade.

Mesmo com todas as restrições que o doente mental apresenta, com sua desordem de consciência ele tem o direito de ser oferecido à oportunidade do exercício da ética, ate por que a doença mental é uma patologia que pode ser tratada e controlada.³

A presente pesquisa instiga na retrospectiva de artigos. Para tanto, o objetivo do estudo é expor a abordagem ética pelos profissionais de enfermagem no contexto da saúde mental, conceituado a ética, avaliando a postura e a assistência prestada dos profissionais de enfermagem frente a doença mental, revendo os valores e direitos dos portadores de distúrbios psíquicos.

1. O Exercício de Enfermagem diante dos Pacientes Portadores de Doença Mental

Devido ao convívio com diferentes profissionais, clientes e familiares, a enfermagem pode se deparar com uma variedade de problemas causadores de conflitos éticos e dilemas morais. Desse modo, esses profissionais podem se encontrar em situações de conflito ético quando adotam a maneira mais correta de agir, contudo parece não se sentir seguros e apoiados o suficiente para agirem de acordo com seus conhecimentos, crenças e valores, mesmo sendo por pressões institucionais ou outros motivos.

Os profissionais de saúde muitas vezes se deparam com situações complexas e emergenciais, inseridos em serviços designados ao cuidado à saúde mental, expressando muitas vezes cenas em que usuários em crise praticam a agressividade, o intenso sofrimento psíquico, atitudes de auto-mutilação e extrema angústia.

A doença mental é distinguida por sua multidimensionalidade e multideterminação, por isso deve ser abrangida em todos os campos: biológico, psicológico, individual, familiar e social, portanto o trabalho em equipe multidisciplinar é de suma importância devido a uma diversidade de saberes, permitindo assim, os profissionais terem uma visão ampliada do fenômeno da loucura.

A saúde mental é idealizada por fatores e atitudes das pessoas em explanar sua capacidade de amar, de enfrentar a realidade e descobrir o sentido da vida. Não é suficiente apenas ter necessidades humanas básicas para alcançar a saúde mental e senti-la. Ela está enraizada à falta de adaptação social e cultural em que sujeitos inadaptados podem sugerir a presença de transtorno mental.

O cuidado na saúde mental não se comprime mais em uma atividade caridosa ou em execução de tarefas, agora é exigido um trabalhador disposto em transformar política e afetivamente os modos de cuidar e de se relacionar com a loucura, sendo diretamente proporcional ao aumento de responsabilidade e compromissos das equipes de trabalho.

É importante salientar que essas transformações que se concretizou no campo da saúde mental tendo com objetivo a reabilitação psicossocial, procuram resgatar a cidadania dos sujeitos, a partir do desenvolvimento da consciência do paciente de acordo com seus problemas e autonomia afetiva e social.

As atuais práticas em saúde mental no Brasil são devido às grandes transformações incididas a partir do movimento de Reforma Psiquiátrica desde o final da década de 1970. A assistência psiquiátrica antes disso concretizava-se através de ações saturadas de preconceitos, violências, estigmas, provocando agravos ao invés de promover a reabilitação do indivíduo.

Atualmente, os enfermeiros exercem atividades de assistência individuais e coletivas com intervenções diretas e indiretas. Várias dessas atividades

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