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Biografia De Lord Kelvin

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Por:   •  17/5/2014  •  3.684 Palavras (15 Páginas)  •  1.413 Visualizações

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Matemático e físico irlandês, William Thomson Lord Kelvin nasceu no dia 26 de julho de 1824 em Belfast, County Antrim, (Irlanda do Norte) e é sem dúvida uma das figuras mais notáveis da geração de cientistas britânicos que contribuíram para o avanço da física durante o século XIX. De uma família de agricultores, viu seu pai lecionar matemática na Universidade de Glasgow após a morte da mãe, já que ele e sua família mudaram-se depois da tragédia para Glasgow. Dois anos depois,quando tinha 10 anos de idade, certamente em consideração a seus dotes excepcionais, o rapaz foi admitido na universidade. Sua mente, porém, não se limitava aos estudos curriculares. Em pouco tempo, conquistou um vasto conhecimento sobre os clássicos antigos e orientais, que conseguia ler na língua original. Deixando Giasgow sem se graduar, em 1841, entrou para o Peterhouse College, em Cambridge.Lá se fez notar pela seriedade no estudo, pela amabilidade de caráter e por uma grande paixão esportiva (era um ótimo remador). Em 1845 diplomou-se e mereceu o Smith's Prize. No mesmo ano viajou para a França. Na época, havia poucas facilidades na Grã-Bretanha para o estudo das ciências experimentais, ao contrário do que se observava em outros países ocidentais. Apesar da fecundidade da tradição newtoniana - baseada na experimentação, e que estava na origem dos êxitos dos físicos britânicos -, o ensino científico no país sofria um declínio, graças à influência aristocrática e religiosa sobre as universidades e as concepções imediatistas da indústria. A vitória da Inglaterra sobre Napoleão, ao mesmo tempo que consagrou a supremacia industrial britânica, assinalou a decadência da filosofia racionalista difundida pela Revolução Francesa, provocando assim um sentimento hostil ao desenvolvimento acelerado da ciência, possível fonte de ateísmo. Afastando-se desse ambiente pouco propício, Kelvin foi a Paris, onde estudou as propriedades térmicas do vapor sob a orientação de Regnault. Em 1846, Kelvin aceitou a cadeira de filosofia natural na Universidade de Glasgow. Um ano depois, conheceu Joule, encontro que influenciou decisivamente a evolução de sua carreira. As propriedades do calor foram um dos temas preferidos de Kelvin. Analisou com mais profundidade as descobertas de Jacques Charles sobre a variação de volume dos gases em função da variação de temperatura. Charles concluíra, com base em experimentos e cálculos, que à temperatura de -273'C todos os gases teriam volume igual a zero. Kelvin propôs outra conclusão: não era o volume da matéria que se anularia nessa temperatura, mas sim a energia cinética de suas moléculas. Sugeriu então que essa temperatura deveria ser considerada a mais baixa possível e chamou-a de zero absoluto. A partir dela, propôs uma nova escala termométrica (que posteriormente recebeu o nome de escala Kelvin), a qual permitiria maior simplicidade para a expressão matemática das relações entre grandezas termodinâmicas. Em 1851 apresentou um trabalho sobre a teoria dinâmica do calor. Esta reconciliava os estudos de Sadi Carnot com as conclusões de Rumford, Davy, Mayer e Joule. Neste trabalho foi, pela primeira vez, estabelecido o princípio da dissipação da energia, posteriormente sumarizado no segundo princípio da termodinâmica. Kelvin, porém, não se limitava a formular teorias sobre os princípios gerais da física, mas as experimentava tenazmente, usando engenhosos aparelhos por ele mesmo inventados. Na época de sua juventude, o estudo da eletricidade e, em particular, a teoria matemática da eletrostática estavam apenas esboçados e ainda imprecisos. A contribuição de Kelvin nestas áreas foi notável. Encontrou meios de medir tensões e correntes nas condições as mais diversas e construiu delicados instrumentos capazes de verificar as leis da eletrostática. Em 1853, formulou a teoria dos circuitos oscilantes e conseguiu comprová-la com seu aparelhamento de concepção verdadeiramente moderna. Por fim, sugeriu um processo para a medição da força eletromotriz e da resistência ôhmica (1861) e construiu um eletrômetro, com o qual era possível determinar, com exatidão, a constante que relaciona a unidade eletromagnética e a unidade eletrostática de intensidade de corrente (1867).

Kelvin e o cabo submarino

Com sua habilidade em construir instrumentos, era lógico que o cientista viesse a interessar-se pelo telégrafo com fio, assunto que naquele momento fascinava o mundo, mas que apresentava grandes dificuldades técnicas. O problema a ser resolvido era o da ligação, entre a Europa e a América, por meio de cabo submarino. Em fins de 1854, Kelvin começou a apaixonar-se pelo problema, que o interessava não só por ser físico e engenheiro, mas também porque o mar o atraía. Inicialmente, concluiu que o cabo comporta-se como um condensador e calculou sua capacidade. Depois, serviu-se das fórmulas de Fourier para deduzir as leis da propagação dos impulsos. Finalmente, através de uma série de experiências, demonstrou a influência negativa das impurezas do cobre e melhorou as transmissões. Atingiu este último objetivo colocando um condensador em cada extremidade do cabo. Unindo a genialidade do inventor ao senso prático do empresário, em 1856 tornou-se diretor da Atlantic Telegraph Co. e lutou para ver suas ideias realizadas. As primeiras tentativas não foram felizes. Um cabo foi perdido em 1857, em decorrência de uma manobra errada.

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