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Bulling Projeto de Intervenção

Por:   •  4/7/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.883 Palavras (12 Páginas)  •  286 Visualizações

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Fenômeno bullying na escola: a negação do direito no contexto escolar

II. JUSTIFICATIVA

A EE Victor Britto Bastos, localizada na cidade paulista de São José do Rio Preto, tem, como todas as escolas, o papel primordial a aprendizagem dos alunos. Nesse contexto em que o processo ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla – enquanto se ensina, aprende-se, convive com a população que atende e não ignora os problemas que essa clientela traz ao ambiente escolar, além das expectativas de formar-se na vida cidadã.

Além do uniforme escolar, das mochilas que os alunos constituem o processo de ir e vir à escola, por produzirem, trazem, também, subjetividades. Essas, muitas vezes, transformam-se em atitudes próprias do meio juvenil: a violação de conduta e o ferimento de preceitos que acabam por negar princípios básicos da convivência harmônica entre os seres humanos.

De tal sorte, o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da grande família humana, seus direitos, nem sempre se guiam pelo diálogo, pela compreensão humana, pelo desejo de relações amistosas no compasso que desenha a vida em comunidade.

Quando impera a força do mais forte sobre o mais fraco, cai por terra o Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a saber: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Por mais que as ações escolares busquem fortalecer tal artigo, com base no inciso IV, Art. 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96, que explicita que o ensino será ministrado com base no respeito à liberdade e apreço à tolerância, princípio esse que combina com o que preceitua a Constituição Federal de 1998, bem como com a Lei 8069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), nem sempre, no cenário escolar a tolerância, o respeito, a compreensão humana, o respeito ao outro têm lugar marcante nas carteiras e espaços escolares.

De modo oculto, não configurado nos registros acadêmicos, nem listado nos livros de chamada, o fenômeno “bullying” é membro presente também nas instituições educacionais e tem causado estranhamento nesse espaço em que educar para a cidadania é o maior desafio escolar.

Desse modo, articulado ao projeto político pedagógico da EE Victor Britto Bastos, de, tanto quanto assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas em lei, bem como velar pelo cumprimento do plano de trabalho docente, de zelar pela aprendizagem dos alunos, de articular-se com as famílias e a comunidade para que essas se integrem à escola, a vigilância constante à manutenção de um ambiente de protagonismo juvenil e de construção da cultura do sucesso, bem como a da manutenção das relações interpessoais saudáveis foi um dos temas eleitos para o trabalho docente no presente ano letivo.

Nas reuniões de planejamento, partiu-se da análise crítico-reflexiva buscando diagnosticar: quem são os nossos alunos? O que eles esperam da escola? Qual a expectativa dos pais em relação à função social da unidade? O que fazer para melhorar a aprendizagem dos estudantes? Como afinar os canais de comunicação, transparência entre os atores da escola para o sucesso escolar e a prática da convivência no cenário escolar?

Privilegiando o texto e suas possibilidades de expressão enquanto linguagem produzida pelos homens, adotou-se, com a disciplina de Língua Inglesa, envolvendo os alunos das segundas séries do Ensino Médio, período matutino, para alavancar o presente projeto, objeto de protagonismo juvenil, com orientação docente, e que serviu de verdadeiras aulas de cidadania tanto na fase exploratória como na etapa de socialização e divulgação dos resultados obtidos.

Ligado ao mundo da produção textual, às imagens e outros códigos, o projeto contou também com a participação metodológica de outras disciplinas, uma vez que a grande busca foi o resultado reflexivo de que o fenômeno bullying não faz de quem a recebe a sua única vítima: vitima também o processo pedagógico.  

 

III. OBJETIVOS

Discutir, no contexto escolar, o fenômeno bullying, enquanto elemento desencadeador da indisciplina e da negação dos direitos do ser humano;

Sensibilizar os adolescentes da Unidade Escolar para o exercício da cidadania, ao privilegiar o respeito ao outro, como práxis da alteridade;

Estudar temas que levem a ações de protagonismo juvenil, com possibilidades de transformação humana;

Trabalhar com a língua enquanto manifestação da cultura humana, operando com os novos códigos e ferramentas de linguagem, no sentido de utilizar as técnicas como alternativas de sensibilização para o fenômeno em estudo;

Posicionar-se a favor do direito humano enquanto prática da liberdade.

IV. METODOLOGIA

O trabalho foi desenvolvido a partir do debate entre os atores do projeto político-pedagógico da instituição de ensino sobre as características dos alunos que formam a clientela que busca nela um objetivo: estudar, formar-se, ser cidadão.

A partir dessa reflexão, considerou-se o número elevado de casos de estudantes que agrediam e que se viam agredidos por colegas no contexto escolar, seja por suas características físicas, psicológicas, por seu pertencimento às diferentes tribos que constituem o mundo jovem atual. Tais comportamentos acabam por gerar o que se nomeia generalizadamente por Indisciplina e delinqüência juvenil, a ponto de embaraçar as certezas dos estudantes, dos professores e da própria equipe gestora no trato com as relações interpessoais produzidas.

Como questão candente, a violência no cenário escolar – explícita ou simbólica – deixa marcas significativas nas pessoas e as vítimas, em geral, minadas em sua resistência passa a se sentir frustrada, fracassada, humilhada, e, nesse sentido, a ação produz outro tipo de fracasso escolar: o abandono à escola – contribuindo negativamente para vitimar o processo pedagógico também.

Dessa maneira, a partir do segundo semestre de 2008, analisados os temas previstos na Proposta Curricular, diagnosticou-se que, em Língua Inglesa, uma das propostas era a focalização do tema organizador Cinema and prejudice.  Assim pensando, o grande tema propiciaria aos alunos desenvolverem na prática algumas habilidades ao discutirem sobre estereótipos sociais e preconceitos, com vistas a pode avançar os estudos na reflexão sobre o “fenômeno bullying”.

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