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Cidades rebeldes

Por:   •  12/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  162 Visualizações

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Ruy Barbosa rompe com o PT em meados de 1990 e filia-se a uma pequena organização a esquerda da esquerda no aspecto ideológico, decide virar professor de sociologia e pesquisar a formação e o destino histórico dos operadores de telemarketing de São Paulo.

  Segundo Ruy em pouco mais de uma década e meia, o crescimento desse grupo transformou-o no segundo mais numeroso em termos ocupacionais, atingindo  mais de 1,5 milhões de trabalhadores  no país, isso tem contribuído para o crescimento do emprego formal nos setores de serviços, o aumento do assalariado feminino, e a massiva absorção de jovens negros.

  Entre os anos de 2004 e 2009, Ruy entrevista inúmeras filhas de empregadas domesticas, que buscam o telemarketing, para não terem o mesmo emprego que as mães, mesmo quando o trabalho domestico tem uma melhor remuneração.

  Nesse mercado essas jovens perceberam a oportunidade de alcançar seus direitos trabalhistas e terminar o ensino superior, coisas que talvez fossem impossíveis se elas fossem empregadas domesticas.

Em geral esses profissionais necessitam de dois a três meses de experiência para se tornar proficiente no produto, após esse tempo, o trabalhador se torna apto a alcançar as metas impostas. Quando o período de um ano se aproxima este profissional começa a obter sua satisfação residual, no entanto, as metas de trabalho ficam mais duras, a rotinização, os baixos salários e a negligencia por parte das empresas, alimentam o desinteresse pela atividade, quando isso acontece o tele operador deixa de dar resultados, sendo demitido e substituído por outro.

  Segundo Ruy em meados dos anos 2000, foi registrado um aumento de grevistas na indústria de Call Center paulistana. Os aumentos do salários mínimos e a oferta de credito não foram suficientes para conter a insatisfação social que torna-se parte de uma avassaladora onda reivindicativa em escala nacional.

  As mobilizações pelo país mostram que a população quer mais serviços públicos e de qualidade. Querem a atuação mais ativa de um Estado Social, pautada de uma ordem jurídica que esteja apta a resolver a grave questão social. Estas mobilizações, são movidas por um sentimento de revolta que tem por finalidade resgatar a sua dignidade humana que foi violentada pela ação ou omissão do Estado.

  Não e mais possível que se use uma estrutura repressiva frente aos movimentos sociais, que se concretiza com força policial.  

Os movimentos socais que representam consideráveis parcelas da sociedade que se encontram numa posição inferiorizada e que lutam por melhores condições de vida, e que a lei não seja usada como instrumento para impedi-los de lutar, de apontar os desfalques econômicos, políticos e culturais de nossa sociedade e pelo direito de fazer suas reivindicações por meio de manifestações publicas.

  Segundo Jorge o que vivemos no Brasil há anos, é ma resistência ao cumprimento da ordem jurídica constitucional, pautada pelos direitos humanos e pelos preceitos do direito social.

  Todos aqueles que tentaram denunciar  isso publicamente foram de alguma forma criminalizados o descriminados, tornando irrealizável o projeto da construção de ma sociedade realmente justa. Pelo o que se sabe a maioria das pessoas que participaram das manifestações é formada por jovens, que de inicio foram convocados pelas redes sociais, que é um sistema de comunicação interpessoal e independente do controle da velha mídia (televisão, radio, jornais e revistas). Apesar de conectados por essas redes sociais os manifestantes ainda dependem da velha mídia para serem incluído no espaço formador da opinião publica.

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