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Danos Causados A Saúde Pelo Carvão Mineral

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Por:   •  25/3/2015  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  1.032 Visualizações

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Quais os danos causados ao ambiente pelo uso do carvão mineral?

O impacto ambiental causado pela utilização do carvão mineral é considerável. Um dos principais problemas é a chuva ácida. O dióxido de enxofre (SO2 ) é um gás tóxico proveniente da queima de combustíveis, como o carvão mineral e o óleo diesel, que contêm enxofre como impureza. O dióxido de enxofre provoca irritação das mucosas do aparelho respiratório, causando bronquite, asma e enfisema pulmonar. No ambiente, esses compostos reagem com o vapor de água na atmosfera, formando substâncias ácidas, que se precipitam na forma de chuva (chuvas ácidas). Em certos países, onde a produção de energia é baseada na queima de carvão e de óleo diesel, as chuvas ácidas têm sido responsáveis por grandes danos à vegetação e à vida aquática. O solo torna-se infértil e os animais não conseguem reproduzir-se.

História catarinense06/09/2014 | 07h02

A maior tragédia de mineração do Brasil

Todos os 31 trabalhadores que estavam no painel seis, a 80 metros de profundidade, morreram

Todas as pessoas que se aproximaram da mina nos primeiros dias de resgate, foram intoxicadasFoto: Reproduções - Acervo CEDOC - UNESC / Agencia RBS

Joice Bacelo

joice.bacelo@diario.com.br

Era uma segunda-feira, pós-feriadão. Dia 10 de setembro de 1984. A equipe de mineiros escalada para o primeiro turno de trabalho na Mina Santana, da extinta Companhia Carbonífera de Urussanga, havia acabado de descer para o subsolo. Por volta das 5h houve a explosão. Todos os 31 trabalhadores do painel seis, que estavam a 80 metros de profundidade, morreram.

::: VÍDEO: da mina à energia, o ciclo do carvão catarinense

Até hoje, 30 anos depois, este ainda é considerado o pior acidente da mineração brasileira – e um marco para a normatização da atividade. Na época havia muito mais trabalho (eram quase 13 mil mineiros e a indústria produzia o dobro do que atualmente) e quase não existiam regras. A extração do carvão era manual, usava-se explosivos e não havia sequer a proibição de fumar na mina.

As causas da explosão nunca foram, de fato, esclarecidas. Perícias feitas na época indicaram acúmulo de gás metano (um gás inflamável, presente na camada de carvão, que em determinada quantidade causa explosões).

A situação pode ter agravado por falta de ventilação na mina. Isso porque quedas de energia ocorridas na véspera do acidente podem ter comprometido o funcionamento dos exaustores que carregam o ar da superfície para o subsolo.

Os mineiros morreram por asfixia e queimaduras. Nos dois primeiros dias de resgate, segundo consta em publicações da época, todos os que se aproximaram da mina deixaram o local intoxicados. A operação para a retirada dos corpos só foi encerrada cinco dias depois do acidente e reuniu bombeiros de Criciúma, Itajaí, Florianópolis e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

A evolução da indústria, desde a tragédia em Urussanga, salta aos olhos: tanto em tecnologia quanto em segurança. A produção é quase totalmente mecanizada, o que melhorou – e muito – as condições de trabalho. Os casos de pneumoconiose, doença pulmonar causada pela inalação de poeira que assombrou as últimas gerações de mineiros, praticamente inexistem. Isso porque o maquinário usado para extrair carvão borrifa água enquanto opera, o que aumenta a umidade no subsolo e diminui o pó. Além disso, máscaras faciais são itens obrigatórios para o serviço.

Quem atua em contato direto com a extração do minério tem no máximo 15 anos de profissão. O que, segundo o Sindicato dos Mineiros, é um atrativo do serviço. A aposentadoria precoce permite a quem inicia na atividade aos 21 anos ser amparado pela Previdência Social aos 36. Entretanto, a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Criciúma, Thaís Fidélis Brusch, alerta que a profissão é de alto risco.

– Não é qualquer pessoa que tem estrutura física e emocional para desenvolver a atividade. É escuro, isolado e não se tem diálogo com muitas pessoas. A atividade requer equilíbrio – diz Thaís.

Há sete anos, Paulo Cesar Elias descia pela primeira vez ao subsolo. Quando chegou, quis subir.

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