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Dependencia Quimica

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Por:   •  7/10/2014  •  2.303 Palavras (10 Páginas)  •  217 Visualizações

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A dependência química começa em casa

Neste Artigo:

- Introdução

- Onde para cada problema existe uma solução química, a dependência química é a decorrência natural

- Automedicação: exemplos que passam a mensagem errada

- O imediatismo típico da adolescência

- O consumo de álcool e tabaco também começa em casa

- Modelos de Prevenção

- Prevenção dirigida

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"Esta chegando ao Brasil no mês de outubro, um kit alemão para detecção do uso de drogas (cocaína, maconha, heroína e outras) que pode ser realizado por qualquer individuo utilizando apenas secreções do corpo como o suor, saliva. O instrumento detecta contato com as drogas até 05 (cinco) dias após sua utilização. A dependência química afeta milhares de pessoas contribuindo de maneira assustadora na criminalidade. Saiba como a dependência pode começar e enfrente desde o inicio este problema que destrói a vida de milhares de jovens.".

Introdução

Muitos dos dependentes químicos iniciaram seu relacionamento com as drogas exatamente no lugar onde se suporia que estariam mais seguros: dentro de casa. Na realidade, de acordo com a Dra. Sandra Schivoletto, psiquiatra, Coordenadora Executiva do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas e Responsável pelo Ambulatório de Adolescentes e Drogas do Departamento de Psiquiatria da USP - Universidade São Paulo, em entrevista exclusiva para esta reportagem, é em casa, em família, que as crianças aprendem como se relacionar com as substâncias químicas. A mesma opinião é defendida pelo psicólogo clínico Fernando Falabella Tavares de Lima, Diretor Clínico do Núcleo de Estudos e Temas em Psicologia, NETPSI, especialista em drogas e que também concedeu entrevista exclusiva para esta matéria. “Os pais são o modelo de comportamento adulto dos filhos”, diria a Dra. Sandra. “Não há dúvidas que as crianças e os adolescentes que iniciam o uso de remédios e drogas ilícitas vêem no exemplo das pessoas mais velhas uma atitude a ser imitada”, confirma o psicólogo Fernando.

Onde para cada problema existe uma solução química, a dependência química é a decorrência natural

O problema, segundo profissionais como o psicólogo Fernando e a psiquiatra Sandra, é que muitas famílias adotam um modelo de comportamento permissivo em relação às substâncias químicas, utilizando-as como alternativa para a solução imediata de suas angústias. A Dra. Sandra explica que, até o fim da infância, os pais são vistos como referência do que é certo e somente na adolescência, quando passam a ter contato com outros modelos de comportamento, que começam a questiona-los. Mas é na infância que o indivíduo estabelece sua forma de lidar com o mundo, com as angústias e com as emoções. A médica usa como exemplo o pai que chega em casa e, estressado, toma um whisky, ou a mãe que usa um calmante, como o Lexotan ®, para relaxar. “Ou o pai que, com problemas sexuais, toma um Viagra, ou a mãe que quer emagrecer e, em vez de fazer dieta ou ginástica e adotar hábitos saudáveis, toma um remédio para absorver menos gordura”, complementa ela com mais exemplos.

“Isso resulta em um modelo de que para qualquer problema, uma substância química é uma solução rápida. O que acaba acontecendo é que não se cria o hábito de, em família, conversar para resolver os problemas: toma-se logo um remedinho, bebe-se uma bebidinha, para qualquer coisa”, conclui a Dra. Sandra. “É bastante comum vermos pais que são viciados em remédios, álcool, tabaco, ou mesmo em trabalho, reclamarem ao saberem que os filhos adolescentes estão experimentando maconha, por exemplo”, exemplifica ainda o psicólogo Fernando.

Automedicação: exemplos que passam a mensagem errada

De acordo com a médica, famílias que se automedicam tem mais chances de que seus filhos abusem de drogas tanto lícitas quanto ilícitas, e este é um fato provado pela experiência clínica da maioria dos profissionais da área. Um exemplo clássico citado pela médica é o do uso de vitaminas quando a criança não quer comer, “para abrir o apetite”. A mensagem passada para a criança, explica a médica, está errada. Quanto a isso, o psicólogo Fernando complementa que um dos expedientes utilizados para “abrir o apetite”, com muita freqüência, é o tradicional Biotônico Fontoura ®, xarope que promete abrir o apetite, e que, segundo ele, possui 9% de teor alcoólico, contra 4 ou 5% de concentração alcoólica das cervejas. “O uso diário - às vezes mais de uma vez por dia - deste tipo de produto, administrado para crianças pequenas, pode induzir ao alcoolismo”, alerta o psicólogo.

O diretor do NETPSI lembra também que “não se pode esquecer ainda que há remédios que são feitos para crianças, embora contenham componentes tóxicos bastante fortes." As crianças descobrem a "farmacinha" doméstica e vão em busca daqueles remédios gostosinhos, como por exemplo alguns xaropes, com gosto doce, ou mesmo alguns comprimidos que parecem balas. Fernando recorda que um grande número de internações de crianças se deve ao consumo de remédios sem controle. “Os pais ou responsáveis devem ter o maior cuidado no armazenamento de remédios em casa. Não se pode deixá-los à mão de crianças: nunca é demais lembrar que remédios são drogas e devem estar guardados em locais fechados, fora do alcance dos pequenos”, alerta.

O imediatismo típico da adolescência

Junta-se a este modelo familiar descrito pela psiquiatra uma das características mais típicas dos adolescentes: o imediatismo. Com estes ingredientes está criado o ambiente onde a dependência química se instala. “O adolescente está preocupado com o agora, e não como o daqui um ano”, alerta a psiquiatra, explicando o porquê dele escolher o prazer imediato em detrimento da saúde no longo prazo. “Em um modelo familiar deste tipo, o adolescente não aprendeu a lidar com a tristeza, o cansaço, a frustração. Para aliviar os seus problemas, ele aprendeu que a saída é tomar um comprimido, beber alguma coisa, ou qualquer outra solução imediata que dê prazer e/ou alívio” continua e médica.

A psiquiatra lembra que

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