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GLOBALIZAÇÃO E ESTADO NAÇÃO

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Por:   •  20/4/2014  •  2.054 Palavras (9 Páginas)  •  254 Visualizações

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Resenha sobre o texto “Globalização e Estado Nação”, baseada em uma obra de Luiz Carlos Bresser Pereira.

Autor do texto: Luiz Carlos Bresser Gonçalves Pereira (São Paulo, 30 de junho de 1934) conhecido como Luiz Carlos Bresser-Pereira é um advogado, administrador de empresas, economista e cientista político. Foi ministro da Fazenda do Brasil de 29 de abril de 1987 a 21 de dezembro do mesmo ano, durante o governo José Sarney. Foi ministro da Administração Federal, em substituição ao general-de-brigada Romildo Canhim, e ministro de Reforma do Estado em todo o 1° mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso (1995–1998) e ministro da Ciência e Tecnologia nos 6 meses iniciais do 2° mandato, permanecendo nesse cargo até 19 de julho de 1999.

Globalização e Estado-Nação

Conforme apresentado pelo autor, Estados-Nação e Globalização são fenômenos que não se contradizem, mas conflitam entre si, visto que criam uma competição entre países e empresas multinacionais.

O Capitalismo é definido como economia de mercado e o Capitalismo Global atual é citado como uma evolução da Revolução Capitalista que criou os Estados-Nação.

Os Estados-Nação por sua vez, surgiram a partir do momento em que se foi possível formar uma sociedade capaz se dotar de um Estado e controlar seu território.

Nesse período, Globalização trouxe a competição, mas também ajudou na integração entre os povos, na evolução da indústria mundial, no desenvolvimento econômico e teve participação de destaque no nascimento da democracia que com o passar do tempo foi se tornando autônoma.

A analise geral do autor é dividida em cinco seções, sendo elas:

1.1.1 Capitalismo Global

É um processo em formação desde 1970, atuando em todos os Estados-Nação, ricos ou pobres, baseando-se na competição capitalista, o que causa uma grande influência econômica, tecnológica e política nos envolvidos.

A revolução tecnológica é citada como um fator de grande impacto nesse sistema devido a dinâmica criada na qualidade velocidade da informação.

A abertura comercial dos países foi uma condição necessária para que suas economias pudessem sobreviver e prosperar.

Na prática o Capitalismo Global tem níveis diferentes de efeito em países ricos e pobres dependendo do tipo de cultura, objetivos políticos, níveis de salário dos trabalhadores, o que pode beneficiar alguns em detrimento de outros.

Entre as mudanças mais significativas trazidas pela Globalização foi a mudança do conceito Capital. Na época da Revolução industrial era conhecido como adiantamento do salário dos trabalhadores antes da venda da produção e a partir de então passou a ser visto como o patrimônio físico, liquido e contábil de cada empresa.

A mudança no conceito de Capital está relacionada com uma mudança positiva que a Globalização está provocando nos países mais pobres ou em desenvolvimento. Acontece que está existindo uma melhor redistribuição de renda nos países que estão sabendo aproveitar essa vantagem comercial, por ter uma mão de obra barata e acesso fácil e barato às tecnologias de ponta. Um exemplo de destaque desses países que estão aproveitando bem essa oportunidade é a China e a Índia, países que foram destaque comercial no século XVIII e estão recuperando seu antigo prestígio.

Outros países mais pobres da África e América Latina por uma questão mais política que econômica não estão conseguindo desenvolver tão bem. Esses países são dependentes dos países ricos e seguem sua cartilha, ou seja, não traçam sua própria estratégia.

Os países ricos, por sua vez estão conseguindo um desenvolvimento até satisfatório, uma vez que são os donos das tecnologias de ponta, tem mão de obra cara, mas altamente especializada e produtiva. Obs: A competitividade internacional e a garantia de emprego estão influenciando uma queda nos salários e benefícios dos trabalhadores dos países ricos e isso tende a uma possibilidade de intervenção/mudança no modelo atual em beneficio dos países ricos que estimularam a Globalização, mas que estão sofrendo algumas de suas consequências.

1.1.2 Argumento contra o Globalismo

Conforme apresenta o autor, a Globalização trás consigo novas ideologias como neo-liberalismo e o globalismo. O neo-liberalismo visa reduzir os salários nos países ricos para garantia de empregos e da produção, enquanto que o globalismo nasce para neutralizar a capacidade produtiva dos países em desenvolvimento.

A partir da Segunda Guerra Mundial, os países ricos investiram nas industrias multinacionais acreditando que os países em desenvolvimento não se tornariam concorrentes internos ou externos.

A partir dos anos 70, além da competição comercial entre países ricos, os países em desenvolvimento também são vistos como concorrentes, o que não era previsto no passado. Como diz o autor, embora houvesse a retórica da “ajuda” aos países mais pobres, passa a existir uma preocupação a mais dos países ricos.

O autor apresenta uma frase forte e interessante quando afirma que o globalismo é uma ideologia usada para obter a subordinação e a colaboração das elites dependentes dos países

em desenvolvimento.

Embora existam mecanismos internacionais como a OMC que foi criado para “regular” o mercado internacional, ainda assim, existe uma perda de autonomia por parte dos países no comercio internacional devido também a necessidade de cooperação e acordos.

O autor cita a União Européia como uma tentativa de fortalecimento legitima e necessário para garantia uma maior capacidade de competição no quadro da Globalização.

1.1.3 Nacionalismo no Capitalismo Global

Nesse tópico o autor afirma que o resultado positivo dos países asiáticos é devido seu nacionalismos. São países dinâmicos que formulam e implementam estratégias nacionais de desenvolvimento, ao contrário do que ocorre nos países pobres da África e em alguns países da America do Sul, e nesse caso o autor classifica o Brasil como tendo renunciado a lógica do jogo global que é da competição e aceitado uma posição de submissão.

No casos dos Asiáticos como a China e a Índia, existem outros fatores favoráveis ao seu desenvolvimento. Esses paises já tiveram grande expressão no comercio até o século XVIII e foram vitimas do Imperialismo depois disso, mas não abriram mão de sua cultura e identidade nacional.

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