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HISTÓRICO VISUAL DE LEISHMANIOSIS

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Por:   •  25/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.519 Palavras (7 Páginas)  •  164 Visualizações

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BRASÍLIA, AGOSTO DE 2014

LEISHMANIOSE VISCERAL

A Leishmaniose Visceral Canina é causada por um protozoário, o Leishmania spp., que é transmitido pela picada do mosquito-palha, também conhecido como birigui, cangalha e tatuquíra.

Essa é uma doença crônica; há tratamento paliativo, mas não há cura. Grande parte dos veterinários e o próprio CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) é contra seu tratamento com o uso de medicamentos humanos, por medo de tornar o parasita ainda mais resistente. Infelizmente, a recomendação é a eutanásia. A doença só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado, por isso não há transmissão direta de um cão para outro. O perigo de ter um cãozinho com Leishmaniose é que ele se torna um reservatório desse protozoário, aumentando a probabilidade da transmissão para as pessoas próximas. A doença em humanos, no entanto, é mais comum em pessoas imunodeficientes, como os portadores do vírus da AIDS.

O que é a Leishmaniose e de que formas se apresenta?

A Leishmaniose pode se apresentar nas formas visceral e cutânea - a forma visceral atinge os órgãos internos e a cutânea atinge a pele.

Mosquito-palha/ Birigui

A Leishmaniose só é contraída pela picada do mosquito infectado pelo protozoário Leishmania spp., e não há risco de contágio entre cães e pessoas diretamente. Os gatos são imunes ao protozoário e não desenvolvem a doença. A Leishmaniose Visceral Canina pode demorar muitos anos para se manifestar em forma de sinais clínicos, o que dificulta o tratamento e aumenta os danos causados ao organismo do cão. É uma doença que compromete órgãos vitais, como rins, fígado, estômago, coração e até a medula óssea. Os órgãos afetados param de funcionar adequadamente, levando a uma falência de todo o sistema. A Leishmaniose também pode se apresentar de forma cutânea, afetando a pele, a pelagem e os olhos. Os cães podem ficar cegos e frequentemente apresentam descamação da pele que leva a feridas.

SINAIS E SINTOMAS

A falência dos órgãos faz com que o cão fique debilitado e inapetente; contudo, o diagnóstico final somente baseado nos sintomas pode ser demorado.

A doença pode permanecer "adormecida" por até 7 anos. Dessa forma, o cão se torna apenas um reservatório do protozoário. Uma vez que os sinais clínicos comecem a aparecer, a evolução da Leishmaniose se torna mais agressiva.

Os principais sinais da Leishmaniose são:

• cansaço e apatia;

• perda de apetite;

• emagrecimento muito rápido;

• pelagem bastante opaca e fraca;

• queda dos pelos;

• feridas por todo o corpo, principalmente no focinho, nas orelhas, nas articulações e na cauda;

• onicogrifose - as unhas crescem muito em um curto período;

• abdômen inchado pela distensão de órgãos como fígado, estômago e baço;

• olhos lacrimejantes, com secreção e bastante vermelhos;

• desarranjos intestinais, presença de sangue nas fezes e na urina;

• vômito.

O diagnóstico clínico da Leishmaniose é complicado, já que os sinais podem demorar a aparecer e o cão pode apresentar um ou todos os sinais. Sua confirmação só pode ser feita por um veterinário, por meio de exame de sangue.

TRATAMENTO

A doença não tem cura, mas seus sintomas podem ser controlados. O tratamento com remédios para humanos é terminantemente proibido pelo Ministério da Saúde.

O tratamento da Leishmaniose há muito é um tema polêmico. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso de medicação humana para o tratamento da Leishmaniose em animais era proibido e sua recomendação era a eutanásia, para evitar que cães se tornem reservatórios da doença. Entretanto, em maio de 2013, a Justiça Federal determinou que os cães poderiam ser tratados com o medicamento destinado aos seres humanos. Isso causou polêmica. Alguns se preocupam que o uso indiscriminado do remédio no tratamento dos animais leve o protozoário a criar resistência, tornando os medicamentos ineficientes no tratamento de humanos.

Em janeiro de 2013, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou em seu site uma nota de esclarecimento sobre o tratamento da Leishmaniose Visceral em cães. Nela, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais assumem seu posicionamento contrário ao tratamento da doença até que a cura seja cientificamente comprovada. Para maiores informações, acesse anota de esclarecimento do CFMV.

O tratamento visa apenas tornar o cão assintomático e retardar o avanço da doença, mas o parasita não é eliminado. Além disso, não é em todos os casos que o tratamento é bem sucedido. Caso o cão já esteja muito debilitado, com órgãos vitais muito afetados, dificilmente acontecerá uma recuperação. Mas, se diagnosticada de forma precoce, o tratamento pode render ao cão uma vida longeva e normal. O tempo que leva para um cão com Leishmaniose morrer em decorrência da doença varia muito, mas geralmente é um processo longo e extremamente doloroso.

Tanto o protocolo de tratamento quanto o medicamento utilizado dependem muito da saúde geral do animal e do quão avançada está a doença. A medicação usada em humanos, que agora é permitida para os animais, consiste em injeções intramusculares e intravenosas de antimoniais pentavalentes por pelo menos 20 dias. Essas injeções devem acontecer concomitantemente ao tratamento para os danos específicos, isto é: remédios para os órgãos afetados. Após os 20 dias iniciais de tratamento, o veterinário vai decidir o curso a seguir, podendo optar por remédios manipulados, fitoterápicos e a manutenção dessas injeções no mínimo a cada três meses. O ideal ainda é a prevenção.

PREVENÇÃO

Existem duas vacinas capazes de reduzir em 92% a doença. O uso de repelentes

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