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Dislexia,Deficiência Visual E Deficiência Auditiva

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Por:   •  8/4/2013  •  4.486 Palavras (18 Páginas)  •  1.385 Visualizações

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“Quando leio , somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita”(Albert Einstein)

Cego não é o deficiente visual;

Mas, sim:

- Aquele que a plena luz do dia

anda na escuridão de suas inde-

cisões e objetivos.

Mateus Neto

A Língua de Sinais é, nas mãos de seus mestres, uma linguagem das mais belas e expressivas, para a qual, no contato entre si é como um meio de alcançar de forma fácil e rápida a mente do surdo, nem a natureza nem a arte proporcionaram um substituto satisfatório." J. Schuyler Long

DISLEXIA

A dislexia é uma desordem definida como uma dificuldade de realizar a leitura, mesmo com inteligência dentro dos padrões da normalidade, motivação e educação adequadas. Estima-se que a prevalência da dislexia está entre 5 a 17% da população escolar, sendo a mesma caracterizada pela dificuldade no processamento da linguagem, primeiramente no processamento fonológico da fala e posteriormente no processamento fonológico envolvido na leitura1.

Os sinais da dislexia podem ser evidenciados durante o período escolar e, segundo autores2-5, estes sinais se referem à: fala ininteligível; imaturi¬dade fonológica; redução de léxico; dificuldade em aprender o nome das letras ou os sons do alfabeto; dificuldade para entender instruções, compreender a fala ou material lido; dificuldade para lembrar números e palavras em sequência; dificuldade para lembrar sentenças ou estórias; ao atraso de fala; confusão direito-esquerda, embaixo, em cima, frente-atrás (palavras-conceitos); dificuldade em processar sons das palavras e história familial posi¬tiva de problemas de fala, linguagem e desenvolvi¬mento da leitura.

Assim, é preciso que tanto professores como fonoaudiólogos estejam atentos ao desenvolvi¬mento da linguagem expressiva e receptiva das crianças no início da alfabetização para que a iden¬tificação e a detecção dos sinais da dislexia possam ocorrer precocemente e os problemas acadêmicos decorrentes de alterações cognitivo-linguísticas minimizadas por meio da realização de programas de treinamento fonológico.

Estudos internacionais apontam para a necessi¬dade de realização de identificação dos problemas de aprendizagem em início da escolarização e consequente intervenção precoce em crianças que em séries iniciais apresentem desempenho abaixo do esperado se comparado ao seu grupo-classe nos fatores preditivos para o bom desempenho em leitura como: conhecimento do alfabeto, nome¬ação automática rápida, repetição de não palavras e habilidades de consciência fonológica. Estas crianças são denominadas na literatura interna¬cional como crianças de risco para a dislexia.

O trabalho precoce com crianças em início da alfabetização passa a ser um importante meca¬nismo de auxílio para a identificação e o diag¬nóstico da dislexia, pois a existência do risco não necessariamente significa a presença de um quadro de dislexia que significa necessariamente a presença de uma condição determinada genética e neurologicamente.

Desse modo, os programas de treinamento com a base fonológica têm por objetivo verificar se depois da realização de programas específicos enfocando as habilidades fonológicas e cognitivas alteradas, as crianças apresentam melhora na aprendizagem da leitura ou se permanecem com as defasagens.

Nessas habilidades, o que significa que as crianças apresentam realmente uma desordem de origem genético-neurológica que compromete a aquisição e desenvolvimento de habilidades perceptivas e linguísticas e que por isso devem ser submetidas a avaliações interdisciplinares para a investigação do quadro de dislexia.

Assim, a importância para a prática clínica e educacional desses estudos consiste em que a falta de resposta ao treinamento fonológico precoce com os sinais da dislexia pode ser considerada um critério para o diagnóstico da dislexia do desenvol¬vimento.

Diagnóstico e intervenção

Os pesquisadores que se propõem a estudar a dislexia e suas formas de intervir nas dificuldades que ela acarreta na vida dos aprendizes não são unânimes quanto ao método mais eficiente de avaliar e intervir, porém a maioria apresenta alguns pontos em comum.

A dislexia é um distúrbio específico de leitura e escrita que tem sua origem durante o desenvolvimento do cérebro antes mesmo do nascimento. As mal-formações cerebrais se encontram em áreas vinculadas ao processamento fonológico, incluindo a área tem poro occipital, conhecida como área visual da forma da palavra falada, e no corpo geniculado medial. Em alguns casos o problema se manifesta entre os dois e três anos de idade quando a criança disléxica pode apresentar uma lentidão ou anormalidade no desenvolvimento da linguagem oral. Tais dificuldades consistem em retardos de linguagem ou em dificuldades de articulação. Na maioria dos casos, não há sintoma que possa identificar a dislexia precocemente, o único fator de risco é a existência de membros da família diagnosticados como disléxicos.

Por esses fatores, aumentam as possibilidades de que a criança disléxica seja diagnosticada apenas mais tarde. Na realização do diagnóstico devem-se utilizar procedimentos que possibilitem determinar o nível funcional da leitura, seu potencial e capacidade, a extensão da deficiência, as deficiências específicas na capacidade de leitura, a disfunção neuropsicológica,

Os fatores associados e as estratégias de desenvolvimento e recuperação para a melhoria

Do processamento neuropsicológico e para a integração das capacidades perceptivo-linguísticas.

O fonoaudiólogo deve conhecer as habilidades e as dificuldades apresentadas pela criança no processo diagnóstico, com o objetivo de orientar a si mesmo ou aos professores para o tratamento adequado, visando ao desenvolvimento de estratégias que possibilitem a melhora no uso das habilidades e funções da linguagem e no desempenho dessa criança nas tarefas escolares que exigem leitura e escrita, pois, somente por meio do trabalho com abordagem multiprofissional, que envolva a família, a escola e a criança, as dificuldades cognitivo-linguísticas da criança poderão ser superadas. A partir do reconhecimento do problema, o diagnóstico fonoaudiológico deve ser realizado

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