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Por:   •  29/10/2013  •  3.226 Palavras (13 Páginas)  •  228 Visualizações

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Língua Brasileira de Sinais

Lilian Cristine Ribeiro nascimento

ARAÇOIABA DA SERRA – SP

Aspecto médico cultural e social

Entendemos que deficiente auditivo é o que ouve um pouco chama se de D.A deficiente auditivo, faz o uso da oralidade.

E o surdo é o que não tem audição nenhuma a surdez é uma patologia e a mudez é outra. Pensar a educação dos surdos dentro de uma lógica cultural e linguística, em que se produzem identidades surdas, parece estar fora do campo dos entendimentos políticos da educação inclusiva.

Para problematizar essas questões e denominar novas discussões sobre o “lugar” educacional do aluno surdo foi proposta discutir a cultura surda faltada na perspectiva teórica dos estudos surdos, permitindo lançar um olhar sobre a educação sobre desses sujeitos. Tais direcionamentos apontam para atravessamentos culturais e políticos que permeiam o cenário inclusivo nacional, ao quais os alunos surdos estão sendo submetidos.

Entender a condição surda dentro da lógica patológica, do deficiente anormal, remete a concepção clínico-terapêutica que permeou e ainda permeia a educação desses sujeitos.

Medicalizar a surdez significa orientar toda a atenção a cura do problema auditivo, a correção dos defeitos da fala, ao treinamento de certas habilidades menores, e como a leitura labial e a articulação, mas que a interiorização de instrumentos culturais significativos, como a linguagem de sinais. E significa também opor e dar prioridade ao poderoso discurso da medicina frente à débil mensagem da pedagogia, explicitando que a mais importante esperar a cura medicinal encarnada nos implantes cocleares, que compensam o déficit de audição através de mecanismos psicológicos funcionalmente equivalentes.

Tornar o surdo normal estava e ainda permanece na ordem das representações educacionais publicas. O processo de normalização desses sujeitos tinha como estratégias a oralização, como forma de aproximação ao sujeito normal, ouvinte. Em um contramovimento ao processo educacional inclusivo e o recolhimento pela escala de surdos como espaço cultural de encontros, aprendizagem de produções a comunidade surda de introduzir em sua cultura em diferentes espaços como estratégias de legitimação cultural e política.

A inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho se constitui em um dos meios de viabilizar o processo de integração desses sujeitos com “limitações”: física, mental, auditivo e visual, na sociedade

.

Em relação à pessoa surda, alem 10.436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão, determinando que sejam garantidas formas institucionalizadas de apoiar seu uso e difusão vem como a inclusão da disciplina de libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores e de fone audiologia.

No mesmo decreto, o art.3° aponta que as libras devem ser inseridas como disciplina curricular obrigatório nos cursos de formação de professores para o exercício de magistério em nível medica e superior e nos cursos de fonoaudiologia, de instituições de ensino, publicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. É comum as pessoas enxergarem a surdes como uma condição audiológica (medicalização) como um individuo que não decodifica a fala humana, como também um grande numero que não compreende as implicações que a surdez trás a uma pessoa. Que possuem uma comunidade, a comunidade surda, produtora de uma cultura de saberes.

Que a língua não é apenas gestos. Os surdos, por outro lado tem uma perspectiva muito diferente e que foge do senso comum das pessoas ouvintes. Os surdos se compreendem como um grupo, que possui uma língua. A partir do momento em que a sociedade enxerga a surdez no ponto de vista socioantropológico, rompendo contraste binário, como normalidade e anormalidade, surdo e ouvinte, maioria ouvinte e minoria (surda)¸oralidade e gestualidade seria então um ponto de partida para uma reconstrução política significativa e para que os surdos e as surdas possam participar com consciência e imaginem outras representações para narrarem a própria historia do que significa ser surdo.

No que tange a inclusão dos surdos na escola comum, os percentuais estatístico constituem um conjunto de conhecimentos técnicos que possibilitam o governo efetivo desses sujeitos.

Nas praticas que se voltam à condução das condutas surdas na e para inclusão escolar vemos sendo operadas diferentes estratégias de governo desses sujeitos. Dentre elas, destacamos neste artigo as estratégias de acessibilidade para a constituição de condutas surdas participativas e as estratégias de governamento e gerenciamento do risco da exclusão, bem como as possibilidades de empregabilidade dos surdos pela certificação e difusão do uso das libras. A partir dessa configuração, entendemos que no processo de inclusão escolar dos sujeitos surdos são colocadas em funcionamento as proposições da lógica econômica (neo) liberal, qual seja: a participação de todos na rede de consumo instituída pelo mercado.

Considerando que surdos não apresentam as mesmas características de produção textual de um ouvinte, este trabalho se propõe a discutir a importância do uso da escrita para esses sujeitos, não somente como instrumento de comunicação, mas como modalidade indispensável no amplo acessa a informação e ao convívio social. Nesse sentido, analisa se o aspecto coesivo nas produções escritas desses sujeitos, no intuito de se investigar a maneira pela qual os surdos entendem a estabelecer coesão e referencialidade em suas composições. Verifica se que, embora as produções textuais os surdos apresentem limitações na estrutura, existe a presença de elementos coesivos em grande numero, o qual mantém a referencialidade e a progressão dos tópicos ativados no discurso.

O presente trabalho visa refletir sobre a relação entre a surdez, linguagem e cognição, tema que interessa a educadores, psicólogos, psicopedagogos e pesquisadores das neurociências. Embora tenha aumentado o numero de trabalhos que se dedicam aos aspectos neurológicos da surdez, estes geralmente limitam se a comprovar o papel de certas áreas do córtex cerebral no funcionamento da linguagem, como,

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