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O Max Weber No Serviço Social

Por:   •  20/2/2023  •  Resenha  •  1.296 Palavras (6 Páginas)  •  51 Visualizações

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        MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: SEMINÁRIO III

PROF.: DRª MAURICÉIA LÍGIA NEVES DA COSTA CARNEIRO

MARILDA MARIA PEREIRA DA SILVA

RESENHA DO FILME UM DIA DE FÚRIA

REFLEXÕES SOBRE AS CATEGORIAS DE MAX WEBER

Teresina

11 de janeiro de 2023

UM DIA DE FÚRIA. Direção: Joel Schumacher. Produção: Timothy Harris, Arnold Kopelson e Herschel Weingrod. Estados Unidos: Warner Bros, 1993. Online (112 min). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=QSUEqt1fsfk. Acesso em: 03 jan. 2023.

WEBER, Max. O Estado nacional e a política econômica [1895]. In: WEBER, Max. Max Weber: sociologia (Gabriel Cohn org.). São Paulo, Ática, 1982. (Grandes Cientistas Sociais; 13) p.7-31

              Um Dia de Fúria é um filme lançado em 1993, dirigido por Joel Schumacher, estrelado por Michael Douglas no papel principal de William Foster, um divorciado e desempregado de uma firma de defesa e Robert Duvall, como Martin Prendergast, um policial no seu último dia de trabalho, que vai se aposentar e arrisca sua vida para tentar deter o personagem principal, William.

             O filme gira em torno de William, um homem desiludido com a forma como sua vida estava sendo conduzida, o inconformismo toma conta do personagem, ele esgota-se e decide sair pela cidade de Los Angeles, agindo de forma violenta, obcecado para chegar ao aniversário da filha. Quando o personagem começa a sentir e perceber que tudo não está de acordo com o seu modo de pensar, várias atitudes cheias de impulsos e violência vão mostrando uma personalidade sem senso do limite e assim começa uma jornada apreensiva de um homem indiferente a tudo à sua volta. Nessa história há também o compreensivo policial Prendergast, que está deslocado em meio ao ambiente policial, o qual decide ir atrás das pistas que surgem pela cidade sobre William.

             Ao longo do filme,  nos diversos encontros do personagem William com as pessoas: um  comerciante estrangeiro, os membros de uma gangue, trabalhadores que fecham uma rua e um neonazista dono de uma loja que oferece artigos bélicos, o que chama atenção é o individualismo, pois praticamente todas as pessoas com as quais ele se encontrava viam apenas o próprio lado e tentavam se impor diante dele. O que resulta dessas interações não é uma conversa, mas uma disputa de satisfação do próprio ego e no qual o mais agressivo sai vitorioso, observamos uma sociedade em que as pessoas só se preocupam consigo mesmas.

             O filme destaca a relação entre William e Elizabeth, o protagonista liga várias vezes para ela, dizendo que está a caminho de casa para o aniversário da filha, porém sua relação com ex-esposa já foi totalmente rompida, o que impossibilita qualquer ação mutuamente coordenada.

             De acordo com Weber, na ação social a conduta do agente também está orientada pela conduta do outro e na relação social a conduta de cada qual, entre vários agentes envolvidos, é orientada por um conteúdo de sentido reciprocamente compartilhado, o que não acontece com William e Elizabeth. Do ponto de vista das ações de William, principalmente com a ex-esposa, as atitudes dele estão de acordo com a ação social afetiva, pois tem um sentido subjetivo racional que se mistura a uma forte carga emocional, comprometendo a própria razão.

              No caminho que William percorre, há uma série de encontros, que o levam a reagir com violência, agredindo ou matando a todos os que forem aparecendo na sua frente, assim a polícia é acionada para que o personagem seja preso e não cause mais danos para a sociedade. Nesse sentido Max Weber, identifica que o Estado é uma instituição que detém o monopólio da força e da violência mediante a legalidade, ou seja, usa a polícia para evitar que aquele indivíduo exerça força e violência e que o problema seja resolvido imediatamente. Contudo, quando um homem negro que dizia não ser economicamente viável, foi preso pelo simples ato de protestar, inconformado com as práticas excludentes, o Estado não teria usado a polícia de forma coerente.

              O filme revela o entendimento do personagem com sua posição social, sendo um dos desempregados no país.  Percebemos que William demonstra a falta de laços humanos mais consistentes e de uma harmonia social, causada por um individualismo, onde um dos culpados pode ser o Estado, cuja ordem econômica e social, produz o desemprego, as dúvidas, a liquidez das relações e o descaso pelo coletivo, demonstrando que os fenômenos sociais estão pautados a partir das ações dos indivíduos, porém não significa exatamente que o protagonista seja uma vítima, pois segundo Weber, esse tipo de ação social é orientada por sentidos particulares.

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