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O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO COM A FAMILIA NA ASSISTENCIA PRESTADA AOS USUARIOS COM TRANSTORNO MENTAL

Por:   •  9/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  1.027 Visualizações

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O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO COM A FAMILIA NA ASSISTENCIA PRESTADA AOS USUARIOS COM TRANSTORNO MENTAL

RESUMO

As principais mudanças geradas pela implantação dos novos serviços de atenção à saúde mental estão relacionadas com a cidadania dos usuários, a valorização da inserção dos familiares no tratamento e o processo de desmistificação da loucura junto á comunidade.O objetivo foi observar o papel fundamental da ação profissional do assistente social junto com a família do usuário de com transtorno mental na integração deste na sociedade. As fontes utilizadas na coleta de dados foram artigos científicos indexados, livros didáticos, dissertações e teses sobre o tema nas bases de dados Bireme, Scielo,Lilacs,buscando estabelecer informações relevantes sobre o assunto proposto.Em contato com os familiares, o profissional de Serviço Social toma conhecimento das suas inquietações e receios em relação à saúde do paciente. Os familiares trazem para o profissional suas dores, queixas e decepções e este por sua vez tem que adquirir subsídios para, a partir daí, mediar a relação paciente e família, a fim de evitar a rejeição familiar.

Palavras-chave: Politicas Sociais. Transtorno Mental. Família.

1-INTRODUÇÃO

A profissão do Serviço Social irá se inserir no processo das relações sociais,como auxiliar e subsidiária no controle social e na difusão da ideologia dominante entre a classe trabalhadora. Ele irá intervir através de serviços sociais, na criação das condições favoráveis a reprodução da força de trabalho.

O Serviço Social se sobressai no endosso ao reconhecimento dos fatores determinantes e condicionantes das condições de saúde, para o enfrentamento das expressões da questão social. A profissão vem produzindo conhecimentos e alternativas para enfrentar as dificuldades vivenciadas no cotidiano, provocando o alargamento do trabalho profissional, que, associada à produção de conhecimentos e constante qualificação, tem ampliado a inserção do profissional na área da saúde.

O Serviço Social possui importante papel na proposta de ressocialização dos portadores de transtornos mentais nos serviços que superam a perspectiva hospitalocêntrica.

A aprovação da Lei nº 10.216/01 deu origem à Portaria nº 336/GM, de 19 de fevereiro de 2002, que regulamenta os serviços substitutivos ao modelo hospitalocêntrico, desta forma, buscaram-se novas alternativas de atenção à saúde mental que originam a criação dos Centros de Atenção Psicossociais (CAPS), dos Núcleos de Atenção Psicossociais (NAPS). Além das mudanças na forma de tratamento, o “doente” mental/paciente, como era até então chamado, passa a ser considerado como um usuário sujeito de direitos, e de seu tratamento.

A preocupação da psiquiatria com o ajustamento do indivíduo a si mesmo e ao meio ambiente desenvolveu-se de forma relativamente vagarosa, cujos avanços mais significativos remontam à segunda década do século XX. Os assistentes sociais já estavam familiarizados com o problema de reajustamento enfrentado pelo doente mental após a alta, pois além dos fatores ambientais que contribuíram adversamente para o desencadear da doença, ele tinha que encarar as dificuldades que o estigma da loucura acarreta para as pessoas. Afinal de contas, desde a época de seus predecessores, os assistentes sociais entraram em contato com o problema da doença mental, pois tradicionalmente a assistência ao louco indigente, antes de ser uma incumbência médica, foi prestada pelas instituições de caridade. É evidente que o trabalho com o usuário tinha que continuar após a alta, pois ele precisava de ajuda para realizar um reajustamento satisfatório. Muitas vezes, não conseguia suportar as pressões decorrentes do estigma e do ambiente pouco sadio para o qual retornava, entrando novamente em crise e sendo reinternado (SILVA, 1993).

Atualmente, passamos por uma mudança no campo da saúde mental, em que se busca um aprofundamento dos aspectos sociais na desinstitucionalização, enfatizando a cidadania e inclusão social dos portadores de transtornos mentais. Este aspecto tem repercussões sobre os demais profissionais que compõem esse campo, pois, transforma os capitais culturais, econômicos e simbólicos, resultando em transformações profundas nas relações e posições dos vários profissionais.

O compromisso crítico com a contínua reformulação dessa política pública de Estado, que é o SUS, pode levar o assistente social a pensar a maneira que trabalha com os direitos sociais, visando transformar a sociedade de assistidos em uma sociedade emancipatória, que reduz as desigualdades pela via da inclusão, de empregos, de renda digna, que transforma as condições de vida e a própria condição dos sujeitos sociais.

O assistente tem que se tornar um instrumento que capacite os usuário a tomarem posturas diante das queixas e questões que levam, que seja um espaço de criação de formas de participação no cotidiano da unidade, de discussão da política de saúde mental, de questões que digam respeito, não só ao seu transtorno mental, mas á sua vida como um todo. Nisto o assistente social tem grande participação, no fortalecimento dos usuários.

Franco Basaglia em um movimento na Itália apoiou a desconstrução do até então modelo de atenção,defendendo a ideia da necessidade de tratamento aos chamados “doentes mentais”, mas um tratamento humanizado, que tivesse como foco o indivíduo, e não a doença.Criou-se a possibilidade de um tratamento humanizado, sem a necessidade do isolamento e distanciamento da família ao qual eram submetidos os usuários até este período.

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