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O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DA PROFISSÃO

Por:   •  18/5/2017  •  Resenha  •  1.707 Palavras (7 Páginas)  •  346 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E SERVIÇO Social

  1. RESENHA O PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DA PROFISSÃO

A finalidade do texto abordado é trazer um estudo sobre o Projeto Profissional do Serviço Social brasileiro, de autoria de Joaquina Barata Teixeira, Professora Adjunta da Universidade Federal do Pará  UFPA, Mestre em planejamento do desenvolvimento (NAEA/UFPA), Especialista em Administração Universitária pelo Instituto de Gestão e Liderança Universitária (IGLU), membro do Comitê Executivo da Internacional Federationof Social Workers (IFSW), coordenadora do Comitê Mercosul de Organizações Profissionais de Serviço Social e Professora Adjunta da UFPA . Ela foi vice-presidente do CFESS na gestão 2002-2005 e fez parte do Conselho Fiscal na gestão 2005-2008.

De Autoria também de Marcelo Braz Professor Adjunto da Escola de Serviço Social  UFRJ, Pós Doutorando em Economia ISEG/Universidade de Lisboa. Doutor em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Fundamentos da vida social, atuando principalmente nos seguintes temas: Fundamentos da Crítica da Economia Política; Capitalismo contemporâneo; Marxismo e Socialismo; Partido e Movimentos Sociais; Questão Social e Serviço Social - Serviço Social e projeto ético-político, Questão Social e Questão Cultural no Brasil.

Os autores do apresentam no texto uma divisão do projeto profissional do serviço social brasileiro;

1) a natureza dos projetos como finalidade(teológica) concebida e votadas para algumas determinadas atividades;

 2) o projeto ético-político como expressão das mediações existentes entre projeto societário e projeto profissional;

3) o projeto ético-político do Serviço Social brasileiro, sua constituição histórica, seu estado atual e seus desafios futuros.

O primeiro tópico destaca que ao pensar em projetos (individuais ou coletivos) em uma sociedade de classes, a primeira coisa a ser observada é o caráter político de qualquer prática. Todas as formas de prática envolvem interesses sociais dos mais diversos que se originam, através de múltiplas mediações, e das contradições das classes sociais em conflito na sociedade. Causado na verdade pelas necessidades sociais reais que envolvem os homens em atividades criadoras (trabalho: ato fundante das relações sociais).

As necessidades humanas que se desenvolveram ao longo da história da formação do ser social, levam a humanidade a um processo interminável de busca de sua auto reprodução, estabelecendo, assim, um mundo prático-material composto de várias atividades práticas distintas, em conseqüência disso surge um necessário mundo prá tico reproduz primeiro no campo das idéias. Dentro deste universo sócio humano, onde o trabalho é a atividade fundaste, um conjunto de práticas (ou atividades) desencadeadas historicamente compondo assim um mundo cada vez mais complexo e mediado, formado por diversas modalidades de práticas/atividades que surgem tanto do mundo prático-material quanto do mundo prático-ideal, o que corresponde a dizer que quanto mais se desenvolve o ser social, mais suas objetivações transcende o espaço ligado ao trabalho diretamente, no ser social desenvolvido verifica-se que esferas de objetivações se autonomearam das exigências diretas do trabalho (ciência, arte, filosofia, etc.).        

Desta forma temos diversas formas de prática: prática política, prática artística, produtiva e as diversas formas de prática profissional. Todas elas relacionadas a prática produtiva, ao mundo prático material, onde o homem transforma a natureza obtendo dela os meios necessários para sua vida material, essa transformação se opera no mundo da produção social a partir da qual os homens reproduzem relações sociais mais ou menos complexas dependendo das condições históricas nas quais se desenvolvem.

Tal identidade coletiva que o projeto profissional suscita surge em meio   contraditórios interesses de classe que determinam o Serviço Social. Por isso, ele só pode ser pensado em relação a um projeto de maior envergadura: o projeto societário.

O estudo destaca que todo projeto, e logo toda prática numa sociedade classista, têm uma dimensão política. Que se desenvolvem em meio às contradições econômicas e políticas engendradas na dinâmica das classes sociais antagônicas, numa sociedade capitalista são elas a burguesia e o proletariado. Como dissera Iamamoto (1992) ao tratar da prática profissional, o serviço social detém uma dimensão política, definida pela inserção entre os distintos e contraditórios interesses de classes.

Ainda que a prática profissional do (a) assistente social não se constitua numas práxis produtivas, efetivando-se no conjunto de relações sociais, nela se imprime uma determinada direção social por meio de diversas ações profissionais, através dos quais, incide-se sobre o comportamento e ação dos homens, direcionada pelo projeto profissional que a norteia. Esse projeto profissional por sua vez conecta-se a um determinado projeto societário cujo eixo central vincula-se aos rumos da sociedade como um todo.

Os projetos societários podem ser transformadores ou conservadores, entre os transformadores, há várias posições que têm a ver com as formas de transformação social, assim temos um pressuposto fundaste do projeto ético-político: a sua relação fundamental com os projetos de transformação ou de conservação da ordem social.  Não há dúvida de que o projeto ético-político do serviço social brasileiro esta vinculado a um projeto de transformação da sociedade, isso ocorre pela exigência que a dimensão política profissional, ao atuarmos no movimento contraditório das classes acabou por imprimir uma direção social ás nossas ações profissionais que favorecem a um ou a outros projetos societários.

“Nosso projeto ético-político é bem claro e explícito quanto aos seus compromissos, ele tem em seu núcleo o reconhecimento a liberdade como valor ético central, a liberdade concebida historicamente, como possibilidade de escolher entre alternativas concretas; daí um compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais. Consequentemente, o projeto profissional vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação e/ou exploração de classe, etnia e gênero. “(NETTO, 1999, p.  1045).  

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