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O SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  2/7/2018  •  Relatório de pesquisa  •  773 Palavras (4 Páginas)  •  103 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – REGIONAL GOIÁS

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

RELATO FICA

Ana Maria F. Maia

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GOIÁS, 2018/1

Relato FICA

          Esse trabalho tem como objetivo principal descrever o espaço da Tenda Multiétnica, que é montada/realizada durante os dias do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental – FICA. Trata-se da importância do legado cultural dos mais variados povos que geralmente são considerados como minoria na atual sociedade: ciganos, quilombolas, grupos de sem - terras e indígenas das mais variadas regiões do Brasil. A Tenda Multiétnica é um espaço que tem valorizado muito os costumes e tradições dos camponeses, dos indígenas e dos quilombolas nos últimos três anos nas edições do FICA.

          Na abertura, contou com apresentação cultural dos Karajás, roda de capoeira Quilombola e mostra fotográfica de Douglas Mansun sobre Dom Pedro Casaldáliga e Dom Tomás Balduíno, e ainda a exposição e comercialização de materiais publicitários da Campanha Nacional de Defesa do Cerrado e de materiais dos povos indígenas, quilombolas e ciganos.

          Nas rodas de conversas foram abordados temas como “Campesinato, agroecologia e alimentos saudáveis”, “Impactos e movimentos socioambientais pela água”, “O movimento indígena: dilemas e perspectivas no Brasil e em Goiás”, “Os (de)caminhos do Brasil: uma leitura da realidade nacional a partir dos movimentos populares”, “Sistematização de saberes: experiências Quilombolas” etc. Essas rodas de conversas geralmente tinham representantes dos povos citados acima, mas é bom observar que nem sempre era a própria etnia que fazia as apresentações necessárias. A exemplo disso tivemos um momento em que a coordenadora de um dos eventos foi apresentar um objeto e ela disse em tom crítico: “Gente, isso aqui eu conheci durante a minha vida toda como “bruaca”, mas eles estão dizendo que lá é “buraca”, e dessa forma ela apresentou vários outros utensílios ao público que era formado em sua maioria por estudantes do ensino infantil. Talvez fosse mais interessante se ela permitisse que um dos usuários daquele objeto o apresentasse, falasse sua utilidade da qual a moça não falou ou ainda poderia pegar a questão da linguagem para mostrar a diferença cultural.

          Além das rodas de conversas, a Tenda coordenou várias apresentações de documentários no Cine UEG, Campos Cora Coralina: Água é apenas água, Vivemos com o pouco que temos, A cura vem da terra, Que lugar é esse? A preservação das cachoeiras da comunidade kalunga Engenho II, Meu sustento vem da Terra, Retomada Teykue, Ehengue Reko, Panambizinho, o fogo que nunca apaga e muitos outros.

         Num momento de apresentação da etnia Kariri Xokó, que fica na divisa de Sergipe com Alagoas, eles apresentaram aos espectadores a sua forma de cumprimentar as pessoas no cotidiano e em seguida falaram que o seu tronco linguístico é o amacrogê, citaram um exemplo do momento em que seus antepassados eram perseguidos na época do descobrimento do Brasil e que havia a verificação através da linguagem. E trouxe o exemplo do objeto que conhecemos aqui como chocalho, que para eles é conhecido como baracá. Disseram ainda que às vezes eles passam a noite toda cantando sem repetir nenhum canto porque são muito variados e cada canto tem sua dança diferente. E por fim, fizeram o cântico que, geralmente eles fazem antes de os guerreiros ir à caça, no qual geralmente têm duas mulheres dançando ao lado de cada guerreiro.

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