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O Serviço Social

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.512 Palavras (7 Páginas)  •  110 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente texto a ser apresentado descreverá sobre o memorial do processo de institucionalização do serviço social, conheceremos a importância da história do Serviço Social para ajudar na profissão. Conhecer o caminho percorrido pelo Serviço Social, as lutas e conquista, até o presente momento. No qual apresentaremos os conhecimentos adquiridos no processo de formação do curso, e as transformações.                                                         Refleti sobre a origem histórica do mesmo, observa quais habilidades profissionais são exigidas na práxis do assistente social nos diversos espaços ocupacionais. O memorial será abordado o que é o serviço social? Como surgiu? A quem serve? Que forças ocorreram no seu surgimento e qual a sua função na contemporaneidade. Um trabalho voltado para qualidade dos serviços prestados, na defesa da universalidade dos serviços públicos na atualização dos compromissos ética - políticos com os interesses coletivos da população usuária.

O Serviço Social contemporâneo ajudar o profissional a ser proativo e executor de ações voltado para população excluída. O maior desafio dos assistentes sociais no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas, capazes de efetivar e garantir direitos, a partir das demandas emergentes no cotidiano.

2 DESENVOLVIMENTO

O serviço social é uma profissão de caráter sócio- político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das ciências humanas e sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”, isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do Trabalho. É uma profissão de curso superior, que foi regulada, no Brasil, em 1957, mas o surgimento das primeiras escolas de formação profissional se deu em 1936.

Para exercê-la, é necessária a graduação em Serviço Social e o seu registro no Conselho Regional de Serviço Social (CFESS), que é um órgão de fiscalização no país, o objeto de intervenção são as expressões multifacetadas da questão social, profissão que vem se construindo no Brasil desde 1930, surgiu em meio a um contexto histórico de uma sociedade capitalista, urbano-industrializada, marcada por lutas sociais resultantes dos conflitos de classes.

Iniciou como uma profissão articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês na “divisão social e técnica do trabalho” (Iamamoto, 1998), “como uma prática humanitária, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de servir.” (Martinelli 2001). Vasconcelos descreve o contexto histórico:

“... O contexto histórico e político brasileiro de desenvolvimento dos serviços sociais como iniciativa de Estado e da emergência das primeiras escolas de Serviço Social, na década de 30, foi fortemente marcado pelas abordagens e pela ação política do movimento de higiene mental, em relação ao qual o Serviço Social católico se aliou, numa relação de complementaridade e de demarcação de áreas de competência.” (VASCONCELOS, 2002, p.129)

Em seu processo de institucionalização, o Serviço Social, relaciona-se aos efeitos políticos, sociais e populistas do governo Vargas que adotava, ao mesmo tempo, mecanismos de centralização política e administrativa, que favoreciam o aumento da produção, ainda, segundo (Castro 2000, p. 17), surgiu como “uma resposta particular do Capitalismo nos países da América Latina, a partir do desenvolvimento das forças produtivas e das lutas de classes pelo controle do poder político”.

Portanto, a sua relação com as com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil estiveram intrinsecamente relacionadas nas décadas de 1930 e 1940. O Serviço Social nesse período manteve sua relação com a doutrina social da Igreja Católica, na concepção franco-belga de ação social que trouxe uma herança cultural com “fortes marcas confessionais”, como destaca (Iamamoto 1998, p. 105) suas práticas refletiam os traços de sua origem, que trazia um discurso humanitário, de valorização das qualidades pessoais e morais.

As instituições católicas: assistenciais e educativas, essas por sua vez, requeriam pessoas com formação para desenvolver o trabalho social. Houve, portanto a necessidade da elaboração de um conjunto de conhecimentos próprios bem como a formação de profissionais competentes para que essa nova atividade se afirmasse como profissão e recebesse o reconhecimento da sociedade. Para conseguir alcançar esses objetivos foram organizados os cursos de Serviço Social, que teve a sua primeira escola de         Serviço Social, no Brasil, fundada em 15 de fevereiro de 1936, em São Paulo, posteriormente se estendeu para outas cidades. A demanda por profissionais do Serviço Social foi intensa e logo foi absorvido pelas instituições do Estado, que se organizava para enfrentar a questão social. O Estado passou a ser então o grande empregador desse profissional. O governo criou instituições sociais como instrumentos de controle social e político, para controlar os serviços assistenciais.

Em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial, cria-se a LBA (Legião Brasileira de Assistência) com o objetivo de prover as necessidades das famílias, cujos chefes haviam sido mobilizados para a II Guerra Mundial, vale destacar que as funções da LBA estiveram regidas pelas Primeiras Damas, que atuavam com a filantropia, e ações clientelistas, conforme os interesses dos governos vigentes.

O Serviço Social entre 1986 a 1990 teve uma ampla participação nas mobilizações da sociedade no período posterior à ditadura, conhecido como Nova República. O Serviço Social marcou esse momento por meio de sua participação e mobilização junto a sociedade, ao mesmo tempo em que atuava na aprovação de algumas leis da Constituinte de 1988, como foi o exemplo, da Lei Orgânica de Assistência Social.  Abreu (2002) ressalta que o  protagonismo  político  dos assistentes  sociais  brasileiros  na  Constituinte  de  1988,  foi  fundamental,  sobretudo,  para  a incorporação  da  Política  de  Assistência  Social  ao  campo  dos  Direitos  Sociais,  mas  isso  não significou  a  superação  das  práticas  assistencialistas  e  filantrópicas

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