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Obvio, Darcy Ribeiro

Por:   •  21/4/2020  •  Resenha  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  96 Visualizações

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Antropólogo, sociólogo, educador, escritor e político brasileiro, se destacou pelo trabalho em defesa da causa indígena e à educação no país, Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, em Minas Gerais, no dia 26 de outubro de 1922. Filho do farmacêutico Reginaldo Ribeiro dos Santos e da professora Josefina Augusta da Silveira. Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros. Mudou-se para São Paulo e ingressou na Escola de Sociologia e Política, graduando-se em 1946, no curso de Ciências Sociais e destinou seus primeiros anos de vida profissional ao estudo dos índios do Pantanal, do Brasil Central e da Amazônia.

Entre 1949 e 1951, trabalhou no Serviço de Proteção ao Índio. Foi professor de Antropologia na Escola de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e de Etnografia Brasileira e Língua Tupi na Faculdade Nacional de Filosofia.

Em 1953, organizou e passou a dirigir (em 1956) o Museu do Índio do Serviço de Proteção aos Índios. Colaborou com a fundação do Parque Nacional Indígena do Xingu, na região do atual Estado de Mato Grosso do Sul. Em 1955, organizou o primeiro curso de Antropologia na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.

A partir de 1957, coordenou a Divisão de Estudos e Pesquisas Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais. Em 1958, ficou responsável pelo setor de Pesquisas Sociais da Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo. Em 1959, tornou-se membro do Conselho Nacional de Proteção ao índio. Realizou pesquisas de campo junto a grupos indígenas dos Estados de Santa Catarina, Maranhão, Mato Grosso e Goiás.

No governo do presidente Jânio Quadros, em 1961, foi nomeado Ministro da Educação. No governo de João Goulart foi Chefe da Casa Civil, onde elaborou as reformas de base. Em 1964, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Chile e no Peru. Foi casado com a etnóloga e antropóloga Berta Gleizer Ribeiro, até 1974. Em 1976, de volta ao Brasil, dedicou-se à educação pública. Durante o governo de Leonel Brizola, como vice-governador, criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral à criança, no Rio de Janeiro.

Escreveu várias obras sobre etnologia, antropologia, educação, além de romances. Seu último trabalho, em 1995, foi "O Povo Brasileiro - a Formação e o Sentido do Brasil", obra em que aborda a formação histórica, étnica e cultural do povo brasileiro, com impressões baseadas nas experiências de sua vida.

Foi eleito para a cadeira nº 11, em 8 de outubro de 1992, da Academia Brasileira de Letras. É patrono da cadeira nº 28 do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.

Darcy Ribeiro faleceu de câncer em Brasília, no dia 17 de fevereiro de 1997.

O texto Sobre o óbvio - ensaios insólitos de 1979, escrito pelo antropólogo Darcy Ribeiro retrata sobre os acontecimentos óbvios e singelos que acontecem no dia a dia e, muitas vezes acontecem sem ninguém advertir ao ocorrido, tudo no modo automático, como por exemplo, o nascer e por do sol; não conseguirmos apreciar a realidade, ou por não entendemos o porquê das coisas funcionam dessa forma em nosso país ou de uma forma diferente.

A primeira obviedade relata pelo mineiro Darcy Ribeiro, a saber, é a educacional, mas antes ressalta o que nos é habitual; a segunda obviedade, a subversiva, é que os pobres vivem dos ricos, explorados e exploradores. Terceira trata de um tema bem atual, o racismo, o determinismo biológico que os negros são uma raça inferiores aos brancos, o volve da vida é, mas complexo e dificultoso pelo fato de ser negro; e por fim, a obviedade mais difícil de tragar, segundo o autor, são que os brasileiros são um povo de segunda classe, um povo inferior; apesar de sermos historicamente mais velhos, parece sabotagem, mas a própria ciência parecia refutar.

A população brasileira são patriota mesmo que camuflado, pois o patriotismo só aparece em eventos mundiais futebolísticos, como exemplo. Com certeza, o Brasil não é uns dos países mais atrasado, desde os tempos que Dom Pedro I declarou a independência do país, a partir dai as dívidas e a desorganização política começou a surgir. Muitos no país não têm a dimensão do que é um país realmente atrasado ou um país onde as populações vivem em estado lamentável.

Além de ser um povo mestiço, e por isso, inferior e inapto ao progresso; nossa posição geográfica não corrobora, somos um povo de clima tropical e para agravar somos de maioria da religião católica.

Apesar da ancestralidade portuguesa aos poucos com o desenvolvimento das ciências foi tornando-se inviável, a partir delas, explicar todo o atraso, atribuindo-o ao povo, tinham que buscar novos culpados ou outros fatores ou culpas que fossem as causas do fraco desempenho neste mundo.

O óbvio é que levamos tempo para aceitar que a causa real do atraso brasileiro, os culpados do subdesenvolvimento somos nós mesmos, ou melhor, a melhor parte de nós, a saber, a classe dominante e seus comparsas.

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