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P&D Sólido

Artigo: P&D Sólido. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/7/2014  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  190 Visualizações

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Formas Farmacêuticas Sólidas

Os comprimidos são preparações farmacêuticas de consistência sólida, forma variada, obtidas através da agregação de partículas ou grânulos por meio depressão. Considerando a via oral, comprimidos constituem, juntamente com as cápsulas, a forma farmacêutica de maior aplicação terapêutica atualmente.

Devem apresentar características de tamanho e forma bem definidos, seu teor, a sua friabilidade, a umidade do comprimido, uniformidade de conteúdo, a desintegração e dissolução devem ser compatíveis como método usado para sua fabricação e em acordo com a finalidade a qual se destina sua administração. Sua utilização mais comum e segura dá-se por via oral (Uso interno), porém pode ser utilizados externamente como comprimidos vaginais (aplicação local), podem ser injetados como pellets, ou podem ser utilizados também como antissépticos.

Vantagens dos Comprimidos

 Possuem boa estabilidade físico-química, principalmente quando comparados a formas farmacêuticas líquidas;

 São fáceis de serem preparados, manuseados e transportados;

 Podem ser obtidos em grandes quantidades por sistemas mais robustos de produção;

 Possuem boa apresentação, o que traz mais confiabilidade no produto e mais conforto na administração;

 Possui maior precisão de dosagem por unidade tomada, devido justamente ao modo como é produzido;

 Forma farmacêutica adequada para fármacos com baixa solubilidade e;

 Possuem facilidade em mascarar características organolépticas desagradáveis, tais como sabor e odores.

As Fases de Desenvolvimento

O desenvolvimento de um medicamento é um processo longo, trabalhoso e de custo bastante elevado. Em geral, de cada 10.000 moléculas identificadas com potencial terapêutico, somente 1000 chegam à fase de investigação pré-clínica. Dessas, apenas 10 serão estudadas em seres humanos e só uma delas chegará ao mercado, após aprovação e registro para uso terapêutico.

Os novos medicamentos são desenvolvidos através de vários ensaios controlados que permitem avaliar a sua segurança e eficácia, aplicando os mais altos padrões científicos que norteiam a atividade. Um novo medicamento é testado primeiro em laboratório e em estudos em animais. Após estes testes pré-clínicos, pode avançar para a experimentação clínica.

Os ensaios clínicos envolvem participantes voluntários. Para garantir que estes ensaios são conduzidos de forma ética, há inúmeras regras e critérios que orientam o desenho do estudo, as qualificações e treino dos investigadores, a revisão externa/ parecer por uma Institutional Review Board (IRB) ou por uma comissão de ética, a monitorização constante de todos os centros do ensaio e a obtenção de consentimento informado do potencial participante do ensaio após apresentação dos riscos e potenciais benefícios dessa participação. Todos os participantes em ensaios clínicos são livres de sair do ensaio clínico em qualquer momento.

Descoberta e Pesquisa

O primeiro passo no processo de descoberta do medicamento é identificar um alvo adequado. Este alvo será uma molécula ou receptor de proteína especificamente associado a uma condição patológica ou patologia. Para essa finalidade, é importante compreender como a doença ocorre nos níveis molecular, celular e genético. Uma vez identificado o alvo, o passo seguinte envolve a compreensão de que papel o alvo desempenha no processo patológico. A isso se seguem testes do alvo contra diferentes compostos novos e conhecidos para identificar um ou vários dos ‘compostos-guia’ que interagem com o alvo e apresentam o potencial de neutralizar ou retardar o processo patológico.

Desenvolvimento do Medicamento

A fase de desenvolvimento do medicamento envolve testes rigorosos e otimização dos compostos escolhidos para identificar a “estrutura-guia ou medicamento candidato” que pode ser mais eficaz. Os testes exigidos pelas autoridades sanitárias são realizados em células (in vitro) e em animais (in vivo) para estudar o metabolismo (farmacodinâmica e farmacocinética), a segurança, a toxicidade, a dosagem e a eficácia. A parte do processo de desenvolvimento na qual o medicamento candidato é detalhadamente investigado, otimizado e preparado para testes em seres humanos é denominada ‘fase pré-clínica’. Durante a fase clínica do desenvolvimento, a eficácia e a segurança de um medicamento candidato são investigadas em pacientes.

As Fases de Desenvolvimento Clínico

 Fase I: Um medicamento experimental é administrado pela primeira vez em seres humanos. Os ensaios clínicos da fase 1 focam-se principalmente na segurança e tolerância ao medicamento. Durante esta fase, são administradas baixas doses de um medicamento experimental num pequeno número de participantes sob observação constante de um investigador. Os participantes destes ensaios são, normalmente, indivíduos saudáveis, apesar de, para alguns medicamentos, as primeiras experiências em seres humanos serem feitas em doentes com a doença que o medicamento pretende tratar. A dose do novo medicamento é aumentada gradualmente durante a fase 1 para permitir ao investigador medir a resposta clínica do participante ao medicamento, se o medicamento é suficientemente absorvido, quanto tempo o medicamento permanece na corrente sanguínea depois de administrado e quais os níveis de dosagem seguros e toleráveis.

 Fase II: O ensaio clínico foca-se na eficácia do medicamento experimental no tratamento de uma doença ou condição médica. Também é recolhida informação sobre a segurança do medicamento experimental, efeitos secundários e potenciais riscos. Nesta fase, os investigadores trabalham para determinar as dosagens mais eficazes para o medicamento e o método mais apropriado de administração (ex.: comprimidos, cápsulas, infusões, injeções, etc.). Os ensaios clínicos da fase 2 envolvem um maior número de participantes, normalmente mais de 100 (apesar de em alguns casos haver menos de 100 participantes). Os participantes estudados nos ensaios clínicos de fase 2 são normalmente doentes com a doença que o medicamento experimental pretende tratar, sendo identificados por médicos em centros de investigação, clínicas e hospitais em vários sítios por todo o mundo.

 Fase II: Os ensaios clínicos da fase 3 testam os resultados dos ensaios clínicos anteriores mas em populações maiores e recolhem informação adicional acerca da eficácia e segurança do medicamento experimental. Esta fase envolve normalmente entre várias centenas a vários milhares de participantes de vários sítios assim como muitos médicos investigadores. Estes ensaios são frequentemente aleatórios e em dupla ocultação. A dupla ocultação significa que durante o ensaio, nem o investigador nem o participante sabem quem no ensaio está a tomar o medicamento experimental, um placebo ou um outro medicamento comparativo. Os ensaios da fase 3 dão-nos as bases primárias para avaliação do binómio risco-benefício do novo medicamento e grande parte da informação essencial acerca do medicamento que será descrita na bula.

 Fase IV: Também denominada Farmacovigilância ou Pesquisa Pós-Comercialização, essa fase é posterior ao registro e ao lançamento do novo medicamento. Os ensaios clínicos apresentam, quanto à segurança, determinadas limitações inerentes ao seu desenho experimental. Assim é que, devido ao número de indivíduos estudados, novas indicações e efeitos raros podem não ser detectados e, em função do tempo de duração do ensaio, efeitos decorrentes do uso prolongado do medicamento podem não ser revelados. Além do que, por força do próprio controle experimental a que são submetidas as populações participantes da investigação, não devem acontecer impropriedades nem por parte dos prescritores ao receitarem o medicamento, nem por parte dos usuários no cumprimento das prescrições.

Como também, ainda em razão do controle experimental, não deverão estar entre os pacientes participantes aqueles que possam representar riscos para o estudo por apresentarem problemas clínicos ou situações outras que venham a comprometer o pretendido tratamento, pelo organismo humano, do medicamento testado. Entre estes riscos estão, por exemplo, patologias que não sejam alvo direto dos testes, uso concomitante de outras drogas, ou pertencimento a grupos populacionais específicos como grávidas, crianças e idosos.

Assume-se aqui, portanto, que os Estudos de Fase IV, são sinônimos referentes ao mesmo processo de detecção, acompanhamento e controle de problemas decorrentes do uso já legalmente autorizado e generalizado de medicamentos. Estes estudos são vistos como essenciais em relação aos medicamentos novos, pois proporcionam a avaliação do seu uso em grandes populações. E devem ser desenvolvidos de forma a evitar o domínio de interesses outros que não o público e assegurar, assim, a isenção do processo.

Revisão e Aprovação Regulatória

Os resultados obtidos em um estudo clínico estabelecem se existe evidência para confirmar a segurança e a eficácia do medicamento candidato no tratamento da condição patológica. Nesse estágio, pedidos de registro com todas as informações necessárias, incluindo dados da qualidade, pré-clínicos e clínicos coletados durante o desenvolvimento do produto, são submetidos às autoridades regulatórias responsáveis para a obtenção da aprovação de comercialização do medicamento em suas jurisdições. As agências regulatórias existem para supervisionar o desenvolvimento, a aprovação e a comercialização de medicamentos.

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