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PRECONCEITO RACIAL NO BRASIL

Por:   •  16/8/2018  •  Resenha  •  1.011 Palavras (5 Páginas)  •  216 Visualizações

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Nos últimos anos, as organizações da sociedade civil que lutam pelos direitos de grupos minoritários têm obtido diversos avanços no que diz respeito a mudanças na legislação que coíbe manifestações de comportamentos e atitudes discriminatórios. Exemplo disso é o debate recente sobre a possibilidade de quotas nas universidades públicas para negros, para estudantes oriundos de escolas sociais como um todo e a psicologia social em particular responder refere - se à possibilidade de que essas ações não estejam, de fato, contribuindo para a diminuição do a expressão de formas clássicas de discriminação racial tem diminuído em várias partes do mundo ( Phillips & existência de dois tipos de preconceito : o clássico, caracterizado pela expressão de atitudes e comportamentos A expressão encoberta do preconceito explicaria a diminuição de manifestações clássicas de discriminação ( Vala, Brito & Lopes, 1998, 1999 ). Essas formas de expressão do preconceito surgiram após a institucionalização das normas que proíbem a de expressão que não ferem abertamente essas normas Endereço para correspondência : Grupo de Pesquisa em Processos. Nesse sentido, o racismo expressa - se através das estratégias que os grupos dominantes encontraram para driblar as normas anti - racistas. Assim, o preconceito atualmente é constituído por vários discursos que pregam a defesa irrestrita dos valores igualitários do pós - modernismo e, ao mesmo tempo, opõese às políticas sociais coerentes com esses valores. Esses significados referidas como teorias de senso comum ( Moscovici & Doise ( 1989 ) critica as definições de representação social que destacam apenas a dimensão hegemônica dessas Para Doise ( 1986 ), representações sociais, defendidos pelo próprio Moscovici da Psicologia Social ( Pereira & Camino, 2002 ; Vala, 1993 ). sido criticada, seja com relação à falta de precisão conceitual solução à imprecisão conceitual da abordagem, Camino ( 1996 ) e Vala ( 1993 ) defendem a articulação das teorias das representações sociais, das minorias ativas ( Moscovici & consensos e dissensos que dão dinamismo às representações. no quadro das relações intergrupais e oferece as bases da formação simbólica dos grupos sociais, auxilia a análise da ancoragem social das representações sociais ( Lacerda, Pereira & Camino, 2002 ; Pereira & Camino, 2002 ). Doise, Clémence e Lorenzi - Cioldi ( 1993 ) propõem o integrando, como defendem Vala ( 1993 ) e Camino ( 1996 ), indivíduos no campo representacional e a ancoragem social objetivação ( Doise, 1998 ; Moscovici, 1976 ), pressupõese da perspectiva da cognição social ( Augoustinos & Innes, A análise psicológica estuda a ancoragem nas atitudes individuais. Na análise psicossociológica a ancoragem gira em torno dos discursos ideológicos sobre a natureza das relações sociais. A partir da obra de Allport ( 1954 ), várias teorias foram desenvolvidas para explicar o preconceito ( Monteiro, 2000 ). Com a emergência da perspectiva da cognição social ( Fiske & Taylor, 1991 ), o preconceito passou a ser explicado através dos vieses psicológicos responsáveis pelos erros no Aqui, a estereotipagem seria o viés central na formação do preconceito ( Dorai & Hewstone, 1990 ; Lepore & Brown, 1997 ; Yzerbyt, Rocher de um grupo ou de uma categoria social ( Oakes, Haslam & Na perspectiva das relações intergrupais, Tajfel ( endogrupos ) e tendem a menosprezar os membros dos outros grupos ( exogrupos ). partilhados por um grupo sobre a natureza do endogrupo a formação do preconceito envolva processos cognitivos como a estereotipagem ( Haslam & Turner, 1992 ), o viés tendência do indivíduo de diferenciar entre o endogrupo e os viés intergrupal como sendo resultado da necessidade do Tajfel ( 1982 ) comete o mesmo tipo de reducionismo da personalidade autoritária ( Adorno & cols. teoria da frustração e agressão ( Dollard & cols. Em outra perspectiva, Doise ( 1982 ) e Camino ( 1996 ) relações intergrupais que situa o viés endogrupal no quadro. Nesse sentido, os discursos Um Estudo do Preconceito na Perspectiva das Representações Sociais : Análise da Influência de um Discurso Justificador da Discriminação no Preconceito Racial 98 ideológicos, ao apresentarem as características psicossociais que organizam os processos afetivos e cognitivos, justificam as diferenças sociais existentes ( Billig, 1985, 1991 ; van Dijk, 1988 ) e dão suporte aos processos de exclusão social ( Camino, 1998 ). Assim, a compreensão dos preconceitos sociais passa pela análise de como as Especificamente, considerando as representações sociais científicos e filosóficos em saber de senso comum Os estudos clássicos sobre o racismo submeteram à de categorização, as pessoas utilizam teorias de senso comum entre os estudos sobre o preconceito racial e a abordagem das representações sociais, dado que estas teorias de senso racismo moderno ( McConahay, 1986 ), a do racismo simbólico ( Kinder & Sears, 1981 ), a do racismo ambivalente ( Katz & Hass, 1988 ) e a do racismo sutil ( Meertens & na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália à luz dessas teorias mostram o viés endogrupal atuando no favoritismo pelo próprio grupo, mas não na derrogação do grupo externo ( Vala & cols. inibindo a derrogação do outro grupo ( Moscovici & Péres, 1999 ; Pedersen & Walker, 1997 ; Vala & cols. as primeiras Fteorias sobre o preconceito ( Adorno & cols. Além disso, defende a crença de que as culturas subdesenvolvidas deveriam mudar seus valores, e em conseqüência sua cultura, para alcançarem o o preconceito não estejam orientadas pela perspectiva das revelam que atualmente o campo representacional das relações raciais é constituído mais pela crença numa hierarquia cultural do que numa hierarquia genética entre raças ( Biernat, Nesse sentido, Pettigrew e Meertens ( 1995 ) constatam que atualmente o preconceito apresenta - se composto pela do preconceito e, principalmente, pela acentuação das em outras investigações ( Dijker, 1987 ; Dovidio, Mann & Gaertner, 1989 ; Leyens & cols. das diferenças culturais, reflete a ambigüidade da que viabiliza o desenvolvimento econômico e tecnológico ( Camino & cols. continuam mostrando o aumento mundial da pobreza A ambigüidade da globalização também afeta o racismo nas relações no Brasil ? Com relação às características do discurso, Venturi e Paulino ( 1995 ) verificaram que apenas 10% dos brasileiros.

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