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Portifólio Individual 6 Semestre Unopar

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Por:   •  3/10/2014  •  9.141 Palavras (37 Páginas)  •  904 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Após a revolução industrial o consumo dos recursos naturais aumentou vertiginosamente ao longo dos anos, causando grande impacto no meio ambiente, que não conseguindo gerir tamanho consumo, começou a dar sinais de deficiência. Somado a esse consumo desenfreado, o aumento da poluição também contribuiu significativamente para o agravamento da situação do planeta. Como resultado a natureza começou a dar sinais catastróficos de falência, sinais esse que se tornaram mais evidentes a partir da segunda metade do século XIX.

Os problemas ambientais exigiram respostas rápidas da sociedade, o que levou os dirigentes de diversos países a se reunirem e discutir propostas viáveis que promovesse a continuidade do crescimento econômico humano sem o comprometimento da permanência da vida na terra. Após inúmeros encontros o resultado foi um conhecimento mais crítico da real situação ecológica do planeta e um conjunto de leis e propostas que promoviam um modelo de crescimento econômico harmônico com a capacidade produtiva do planeta, o chamado Desenvolvimento Sustentável.

Esse novo modelo de desenvolvimento serviu de norte para o desenvolvimento da sociedade mundial moderna, orientando as políticas públicas governamentais, limitando o crescimento das indústrias, e orientando o modelo de consumo e desenvolvimento das populações. Nesse novo contexto a busca por sustentabilidade dentro das empresas e por corporações ecológicas se tornou crescente à medida que a sociedade começou a cobrar atitudes mais responsáveis das organizações.

Assim, surge a sustentabilidade empresarial que é o conjunto de medidas tomadas pelas empresas em busca do lucro sem prejudicar o planeta, ou seja, as empresas passam a não se preocupar apenas com os ganhos, mas também com o respeito aos fatores ambientais e sociais envolvidos em todo o processo em que está inserida.

2 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana e se relaciona diretamente com o conceito desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembléia Geral das Nações Unidas, no relatório Our Common Future (Nosso Futuro Comum), conhecido como Relatório Brundtland. O conceito desenvolvimento sustentável foi definido no relatório como aquele que “atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas". Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-sociais, econômicas, culturais e ecológicas ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e redefinir modos de produção e padrões de consumo vigentes de tal modo que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.

A expressão sustentabilidade empresarial pode ser considerada, de maneira abrangente, como sendo sinônima de desenvolvimento empresarial sustentável, o qual permita satisfazer as necessidades presentes sem comprometer possibilidades das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades.

De forma mais específica, a sustentabilidade empresarial também pode ser encarada como uma função estratégica, pois endereça aspectos como busca de longevidade, sucesso de longo prazo e comprometimento com os públicos estratégicos da empresa; adicionalmente o conceito de sustentabilidade empresarial reconhece e abrange variáveis econômicas, sociais e ambientais.

A busca do crescimento econômico baseado em ações mais concretas voltadas ao uso racional de recursos naturais e uma sociedade melhor desenvolvida elevou-se à extrema relevância no mercado competitivo (BASSETO, 2007). Investidores passaram a avaliar melhor as empresas consideradas socialmente responsáveis. Ambientalistas e comunidades também estão mais atentos a ações empresariais que possam prejudicar o meio ambiente e à sociedade.

Dessa forma, as empresas devem prestar contas, não só aos acionistas e a credores, mas também a uma gama bem maior de interessados formando um público amplo identificado como stakeholders. Esse público situa-se em qualquer parte do mundo e faz suas reivindicações não só por meio da imprensa convencional, mas também através desse megafone global chamado Internet (SAVITZ, 2007).

Sabe-se, no entanto, que para a sustentabilidade o resultado financeiro não é o único e nem mesmo o mais importante critério de avaliação do sucesso empresarial. Os impactos econômicos, sociais e ambientais tornam-se informações imperativas ao seu público, os stakeholders.

Assim, sustentabilidade passa a significar gestão esclarecida e disciplinada – que, a propósito, é o fator mais importante que os investidores levam em conta e devem ter em vista nas suas decisões de investimento.

Sumarizando, o desenvolvimento sustentável, com foco na sustentabilidade empresarial, pode oferecer inúmeras oportunidades de novos negócios que conciliam viabilidade econômica e ganhos sócio-ambientais.

2.1 DIMENÇÕES DA SUSTENTABILDIADE

A sustentabilidade nos negócios tem como pilares as pessoas, o planeta e o lucro. As pessoas remetem à dimensão social, o planeta ao ambiente e o lucro à economia. Esses princípios foram desenvolvidos por John Elkington2 e apresentados em 1999 no livro Cannibals with forks – the triple bottom line of 21st century business. Essa denominação, chamada originalmente de Triple Bottom Line tem sido difundida e aceita como os pilares de avaliação da sustentabilidade (ELKINGTON, 2012).

De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009, p. 67), “a sustentabilidade econômica possibilita a alocação e gestão eficiente dos recursos produtivos, bem como um fluxo regular de investimentos públicos e privados”. Elkington (2012) diz que o entendimento do pilar econômico passa pelas pelos conceitos de capital físico, capital financeiro, capital humano e capital intelectual. Elkington (2012) complementa que a longo prazo, outros con¬ceitos, como capital social e capital natural, serão integrados ao capital econômico.

De acordo com Barbieri e Cajazeira (2009, p. 67),

A sustentabilidade social trata da consolidação de processos que promovem a equidade na distribuição dos bens e da renda para melhorar substancialmente os direitos e condições de amplas massas da população

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