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Resenha: Milk, a voz da igualdade

Por:   •  4/6/2018  •  Resenha  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  355 Visualizações

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PARTE TEÓRICA

O Brasil é considerado o país que mais mata travestis e transexuais no mundo e esses dados são preocupantes, já que em pleno século XXI nos deparamos com um alto índice de violência contra a população LGBTT. De acordo com o grupo gay da Bahia, foram registrados 343 assassinatos de gays, lésbicas e travestis apenas no ano de 2017. O preconceito impede que essa população exerça seu livre arbítrio, pois está sujeita a uma insegurança diária apenas por serem quem são dentro de uma sociedade cruel e doente, que não aceita algo que esteja dentro de seus padrões pré-estabelecidos. A “prática homossexual” é considerada crime em mais de setenta países e em oito deles a punição é a morte, como exemplo a Mauritânia, Nigéria, Sudão, Iêmen, Arábia Saudita, Iraque, Paquistão e Afeganistão. Outra questão que vale a pena discutir é a reivindicação pela igualdade de direitos apesar das lutas muitas vezes sem retorno, uma enorme conquista foi alcançada: a legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo, que significa um avanço importantíssimo na vida de milhares de casais homoafetivos. O casamento homossexual foi reconhecido no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal somente em maio de 2011. É possível perceber a forte influência dos E.U.A. no comportamento e na cultura de vários países. Além disso, a adoção é um ponto importante a ser tratado: o casal homoafetivo pode sim participar do processo de adoção e apesar de muitos afirmarem que todos possuem as mesmas chances dentro do processo, sabemos que a realidade destoa bastante de tal afirmação. Partindo de tais conclusões, é possível analisar que existem sim muitas conquistas, mas que nem de longe chegam a ser suficientes, fazendo com que a luta continue a ser constante.

Milk, a voz da igualdade

O filme, baseado na história real de Harvey Milk, se passa nos anos 70, onde o protagonista Harvey se muda para São Francisco (lugar onde já existia uma comunidade bastante numerosa de homossexuais, mas que mesmo assim sofriam muitas perseguições de grupos mais conservadores) onde abre uma pequena loja que fazia revelações de fotos. Com o tempo, Harvey se torna ativista gay, pois por ser homossexual assumido, se via constantemente responsável pela organização dos outros gays que viviam nas suas proximidades, de forma a buscar mais prestígio para a comunidade LGBT dentro de sua vizinhança, que possuía tanto a lei de deus quanto a lei dos homens, que contribuía nas perseguições que aconteciam pela população conservadora e também pelos policiais, com medidas como impedimento da participação na associação dos comerciantes por serem gays. Tal contexto apresentado no início do filme pode ser relacionado diretamente com o trecho do texto “Direitos, desigualdades e diversidade”, de Silvana Mara De Morais dos Santos, onde se coloca que o período entre as décadas de 1960 e 1980 vários sujeitos coletivos organizaram suas reivindicações e construíram agendas políticas em torno da defesa de direitos e do questionamento aos valores culturais, de ordem conservadora a favor da “política de identidade”. A década de 1980 apesar de ser considerada a década perdida no âmbito econômico, ficou marcada pela ruptura e efervescência dos movimentos sociais. O protagonista do filme, Harvey, não consegue sua carreira política de repente: ele só é eleito depois de tentar três vezes. Sua carreira também não é construída com apoio de outros políticos, já que durante todo o filme é possível ver um certo tipo de antagonismo criado contra outras pessoas, como contra a política Anita Bryant, que pregava constantemente contra todos os ideais defendidos por Harvey, se opondo, em determinado momento do filme, a uma proposta de lei que proibia a discriminação com base na orientação sexual e o com Dan White, que ocupa um cargo público e aparentemente tem algum problema com Harvey, chegando até a não convida-lo para um de seu filho, fazendo com que ele fosse o único da vizinhança deixado

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