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Resenha Nell

Por:   •  7/6/2018  •  Resenha  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  336 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL

Disciplina: Antropologia Cultural.

Docente: Eliana Teles

Discente: Eliza Ferreira de Carvalho (20161140042)

DATA: 04/06/2018

RESENHA (FILME - NELL)

NELL 1994: Direção APTED. Michael, Produção de Renee Missel e Jodie Foster. Tem como elenco Jodie Foster, Liam Neeson e Natasha Richardson. Produzido pela Fox Vídeo, tem 1h e 52 min de duração.

Nell é um filme dirigido por David Apted, nascido em 10 de fevereiro de 1941 em Aylesbury; Buckinghamshire; Inglaterra. Famoso por dirigir filmes como “007 – O mundo não é o bastante” e “As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada”. Recebeu indicação ao Oscar, na categoria de melhor atriz (Jodie Foster), além de receber três indicações ao Globo de Ouro de melhor filme - drama, melhor atriz - drama (Jodie Foster).

Este trabalho tem como objetivo elaborar uma resenha crítica sobre o filme “Nell”, mostrando os principais pontos do filme associando-o com a cultura voltada para o profissional de Assistente Social.

O filme relata a estória de uma mulher que aparenta ter 30 anos, eremita que em seu conceito remete um indivíduo que vive em lugares desertos e isolados (florestas e montanhas), geralmente por motivo de penitência, religiosidade, ou simples amor à natureza. Nessa trama sobre a vida de Nell, que tem um grande trauma o qual foi repassado através de sua mãe, a senhora Kelty que foi vitima de estupro antes do nascimento de Nell e sua irmã gêmea Mi’i a qual faleceu ainda criança.

A mesma traz consigo grandes lembranças que viveu ainda criança, com sua irmã e outras características as quais herdou da sua mãe, era religiosa e a Bíblia tinha um grande significado para ela. Utilizava-se de uma fala própria, interpretada pelo Dr. Jerry como um “idioma desconhecido”, cujo motivo dessa linguagem “rara” foi um derrame que paralisou um lado do rosto de sua mãe, pois aprendeu a falar ouvindo a mesma, não tinha nenhum contato com outras pessoas a não ser com a natureza durante a noite.

A ideia que o filme nos traz é a de um “Olhar critico sobre a cultura do outro”, nesse caso a de Nell, o modo como eles a enxergam, considerando como “diferente”, “bárbaro” - a não civilizada, por não dispor de meios de telecomunicações, sem eletricidade e sem o conforto de uma “Civilização”. É possível citarmos Laraia, em Cultura um conceito antropológico, quando nos diz que “... a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Homens de culturas diferentes usam lentes diversas, e, portanto tem visões desencontradas das coisas...”.

O entrecho se forma fazendo gerar algumas questões, como: Como ela surgiu neste lugar? (Já que não possuía registros!), será que ela conseguiria sobreviver sozinha na floresta? O que significava as músicas e muitas expressões que ela tinha? Laplantine, em Aprender Antropologia escreve que “O homem nunca parou de interrogar-se sobre si mesmo. Em todas as sociedades existiram homens que observavam homens”. Uma grande realidade, já que o modo utilizado pelos doutores para conhecê-la, era a observação.

Em um conflito entre os personagens Drª. Paula e Dr: Jerry em rumo a melhor “solução” pra vida de Nell, para eles que são “desenvolvidos”, creem que pessoas que vivem de formas diferentes, são pessoas “anormais”. O caso é encaminhado para a justiça. Pois a psicóloga e seu chefe acreditam que ela deve ser internada em uma clinica para pessoas com problemas psicológicos e seja “tratada” (estudada), porém Dr. Jerry Lovell duela para que isso não aconteça, sempre respeitando a vontade de Nell em não lhe retirar de seu lar, o juiz então dá aos profissionais três meses para conseguir algum sucesso neste caso.

Durante esses três meses, tiveram significativos resultados, a exemplo da comunicação reciproca deles com ela e ela com eles, do modo de vida dela e de sua particularidade, podemos perceber que os especialistas não ficaram neutros e inertes, eles envolveram-se em um amor fraterno, como também uma proteção além de seu profissionalismo, já que mesma era inocente e não tinha nenhum tipo de maldade. Como bem nos cita Marcos Lanna, em Nota Sobre Marcel Mauss e o Ensaio sobre a Dádiva, que “... “dar e receber” implica não só uma troca material, mas também uma troca espiritual, uma comunicação entre almas”. 

Essa é a conjuntura que vemos no filme, quando os médicos levam-na para conhecer a cidade ela se depara com a maldade dos homens “civilizados”. Aí Compreendemos nitidamente a fala de Laplatine do “Mau selvagem e do bom civilizado” e do “Bom selvagem e do mau civilizado”, dizendo que na verdade o mau selvagem não era mau, só por possuir uma cultura, hábitos e crenças diversas, muitas vezes o bom civilizado, não é bom, é cheio de maldade e o selvagem é o ingênuo! Quando ela chega à cidade acaba sendo vitima de alguns rapazes que se dizem “civilizados”, querendo abusar de sua ingenuidade. Porem Dr. Jerry chega e consegue retira-la daquele local.

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