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Resenha Relações Sociais e Serviço Social no Brasil

Por:   •  26/4/2017  •  Resenha  •  2.366 Palavras (10 Páginas)  •  5.594 Visualizações

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Fundamento Teórico Metodológico da História do Serviço Social I

Resenha sobre o livro:
Relações Sociais e Serviço Social no Brasil
Esboço de uma interpretação histórico-metodológica

Marilda Villela Iamamoto é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B. Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1971), mestrado em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). É professora Titular (aposentada) da Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora titular da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro atuando no Programa de Pós-graduação em Serviço Social. Selecionada para o Programa Produtividade em Ciência (FAPERJ/UERJ), coordenadora do Programa de Estudos e Pesquisas Pensamento social e realidade brasileira na América Latina e do Centro de Estudos Octávio Ianni. Ex-coordenadora Adjunta da CAPES para a área de Serviço Social (triênio 2008-2010). Tem experiência na área de Serviço Social e Sociologia Rural com ênfase em Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, história do serviço social, serviço social na divisão do trabalho, formação profissional e ensino superior. Autora de livros com várias edições e artigos em revistas nacionais e internacionais.

PARTE I

PROPOSTA DE INTERPRETAÇÃO HISTÓRICO-METODOLÓGICA

CAPÍTULO I

Uma Concepção Teórica da Reprodução das Relações Social

  1. A Produção Capitalista é Produção e Reprodução das Relações Sociais de Produção

Na construção de seu livro Iamamoto baseia-se no Materialismo Dialético de karl Marx, afirmando que a produção social é realizada através da ação transformadora do homem na natureza para que possa ter um objeto como meio de troca. Para poder trocar seu objeto é necessário que outra pessoa produza um objeto com a finalidade de trocá-lo, dessa forma, relações de produção formam as relações sociais pois é necessário uma mobilização da sociedade nas trocas dos objetos produzidos, seja financeiro ( capital ) ou outro objeto. Então, produção social trata-se de produção de relação social entre pessoas.

O Capital inicialmente não é financeiro, é uma relação social. As relações estão invertidas quando alegam ser relações entre mercadorias, e na verdade é relações entre classes sociais antagônicas. Isso porque quem detém os recursos da base material é a burguesia, uma minoria social que explora a necessidade do proletariado em tocar/vender a única coisa que possuem, sua força de trabalho.

  1. O capital como relação social
  1. O capital e a forma mercadoria

O capital é visto na forma de mercadorias, sendo elas objetos úteis atendendo as necessidades sociais, possuem valores de uso que nada mais é do que dar preço a essas mercadorias. No entanto essas mercadorias também são vistas como grandezas, tendo seus valores medidos pelo tempo de trabalho socialmente necessário para ser produzido.

Existe a forma relativa e a forma equivalente. A forma relativa é quando os valores são manifestados na relação de troca, já a forma equivalente é a que se expressa o valor, tendo o ouro seguido do dinheiro como representante dos valores das trocas.

  1. A transformação da mercadoria em capital

O Capital na forma de dinheiro ou mercadorias é apenas capital em potencial, necessita do processo de produção para sair do potencial e ir para o capital real e efetivo Para isso usa-se a exploração da mão-de-obra do proletariado, dessa forma o valor das mercadorias são conservados ingressando no processo produtivo e criando novos valores.

O Capital tem como objetivo cobrar no momento da “troca” um valor maior do produto que aquele dito no início da produção, ou seja, visa o lucro, ganhar mais com a venda do que foi gasto na fabricação, assim surge a mais valia. O valor excedente do produto, um valor que não será pago ao trabalhador, mas retido para o capitalista.

Para a produção da mercadoria o capitalista precisa do trabalhador, e precisa que ele seja livre de qualquer relação que o impeça de vender sua força de trabalho que é paga com dinheiro.

Com as bases materiais monopolizadas pela classe capitalista, o trabalhador sem nenhum meio de produção vende sua única mercadoria (a força de trabalho) para poder adquirir um meio de subsistência para si e sua família, esse meio de subsistência vem na forma de salário.

A força de trabalho sozinha não vale nada, ela precisa dos meios de produção para ser consumida e assim criar algum valor. Como os meios de produção são pertencentes ao capitalista, o trabalhador trabalha sob seu controle. Dessa forma é mais fácil a fiscalização deste trabalhador para a redução de desperdícios das matérias primas ou para a otimização do tempo na produção.

Como o capitalista lucra em cima da mais valia, o interesse dele em acelerar o ritmo da produção ou estender o horário de trabalho é legítimo. Ele teria uma quantidade maior de mercadorias produzidas por apenas um trabalhador, aumentando seu lucro pois esse trabalhador vendeu sua força de trabalho na forma assalariada e não na forma de comissão onde ganharia por produção.

  1. As relações sociais mistificadas e o ciclo do capital

O Capital investido inicialmente pelo capitalista para ser proprietário dos meios de produção (matéria prima) é duplicado na forma de lucro, quando suas mercadorias são produzidas e vendidas por um valor maior do que custaram na produção. Esse excedente como explicado anteriormente é o lucro do capitalista que reiniciará o ciclo da produção: compra de matéria prima + pagamento dos trabalhadores = mercadorias prontas ($$$).

Essas mercadorias vendidas tem que dar lucros suficientes para investir no capital de giro da empresa. Esse capital adicional usa parte da mais valia para ampliar a escala da produção que consequentemente exigirá uma ampliação do proletariado. O trabalho assalariado nesse ciclo é uma engrenagem que serve de enriquecimento para os capitalistas. Tudo que esse trabalhador adquirir é convertido para sua subsistência, não permitindo que ele largue esse sistema explorador, pois os meios de vida estão concentrados em uma classe minoritária.

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