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Resumo da teoria dos sentimentos Morais

Por:   •  22/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.668 Palavras (27 Páginas)  •  2.938 Visualizações

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Disciplina[pic 1]

                                                         Resumo:

Teoria dos sentimentos Morais Adam Smith

Parte 1 e 2

   Para Smith, existe um grupo de qualidades atribuídas ás ações e condutas dos homens, algumas ações que podem ser dignas de mérito e demérito, ou qualidades de recompensa adquirida ou merecida punição. Isso fundamenta sua concepção de controle social num mundo de Homens livres. Para o julgamento das Ações Smith as considera sobre dois aspectos: Primeiro em relação com a sua causa ou objeto que o suscita; segundo, em relação ao fim que se propõe, ou efeito que tende a produzir: da adequação ou inadequação, da proporção ou desproporção que o afeto, parece guardar com à causa ou objeto que desperta pende da convivência ou inconveniência, a decência ou deselegância da ação consequente. Dos efeitos benéficos ou dolorosos que o afeto propõe ou tende a produzir consiste o mérito ou demérito da ação, qualidades pela qual ela merece recompensa ou castigo.

    Existe muitos sentimentos que podem nos levar a cometer atitudes que causam bem ou mal ao próximo; entre eles, a gratidão e o ressentimento são os mais importantes: O sentimento que mais imediata e indiretamente nos incita à recompensa é a gratidão; o que mais e indiretamente nos incita ao castigo é o ressentimento. A nós parecerá pois merecedora de recompensa a ação que se ofereça como objeto próprio e aprovado de ressentimento.

   Recompensar é remunerar, devolver o bem pelo bem que se recebeu. Castigar é também, recompensar, remunerar, ainda que de maneira diversa: é devolver o mal pelo mal que se fez. Remunerar é causar o bem aquele que nos faz o bem, ou causar o mal aquele nos faz o mal, ou seja como na expressão devolver na mesma moeda.

  Há outras paixões, além de gratidão e ressentimento que nos fazem interessar pela felicidade ou miséria dos outros. Mas nenhuma que de um modo tão distinto nos leva a convertermos de uma ou da outra. A gratidão e a ressentimento são, portanto os sentimentos que mais imediata e diretamente nos incitam a recompensar e a punir. A nós parece ser merecedor de recompensa quem apareça objeto próprio e aprovado de gratidão; e merecedor de castigo quem o seja de ressentimento.

   Uma ação merecedora de todo o mérito segundo Smith, é quando nos é propícia a recompensar o próximo com o bem, e assim da mesma forma, será merecedor de demérito aquela ação que não nos agrada, e  nos faz pensar em fazer o mal ao outro ou nos incita ao castigo. Segundo Smith Existem muitos outros sentimentos que podem nos fazer a cometer atitudes que causam bem ou mal ao próximo e nossa ação irá quase sempre depender daquilo que o outro faz por nós. Porém para ele gratidão e ressentimento são os mais importantes.

   Como todas as paixões da natureza humana a gratidão e o ressentimento serão apropriados e aprovados quando o espectador imparcial se simpatizar com esses sentimentos. Portanto para nós parecerá merecedor de recompensa a ação que todos aqueles desejariam recompensar e merecedora de punição a ação que todos se sentiriam aliviados de punir.

   O autor durante o texto nos dá exemplos de ações de gratidão e ressentimento que podem nos simpatizar: Quando vemos que um homem é socorrido, protegido, tranquilizado por outro, nossa simpatia com a felicidade da pessoa assim beneficiada serve unicamente para animar nossa solidariedade para com a gratidão que experimenta pelo benfeitor. Portanto simpatizamos prontamente com o afeto grato que concebe por essa pessoa à qual tanto deve, e, em consequência, aplaudimos as retribuições que está disposto a conceder pelos bons serviços que lhes foram prestados. Quando não compartilhamos dos afetos que influenciaram sua conduta, teremos pouca simpatia com a gratidão da pessoa que recebe o benefício ou não teremos nenhuma simpatia com o ressentimento do sofredor. Sempre que não pudermos simpatizar com os afetos do agente, sempre que parece não haver propriedade nos motivos que influenciaram sua conduta, ficamos menos dispostos a partilhar da gratidão da pessoa que recebeu o benefício de suas ações.

   Nosso desprezo pela insensatez do agente impede-nos de partilhar realmente da gratidão da pessoa que recebeu o bom oficio. A conduta do agente parece obedecer inteiramente a motivos e afetos que compreendemos e aprovamos de todo, não temos nenhuma espécie de simpatia com ressentimento do sofredor, por mais que possa ter sido o dano a ele feito. Antes de nos simpatizarmos com a conduta de uma pessoa, nós temos que concordar com todos os afetos que influenciaram sua conduta e pegarmos para sí todos os afetos aos quais levaram ele aquele conduta, e acompanhar a gratidão da pessoa beneficiada por suas ações. Assim ao simpatizarmos com o sentimento que promove a recompensa, ao provarmo-lo, o benfeitor nos parece apropriado de recompensa. Ao aprovarmos e compartilharmos o afeto do qual procede a ação, necessariamente aprovamos a ação e consideramos a pessoa para quem tal ação se dirige como seu objeto próprio e adequado.

   Para Smith qualquer recompensa ou punição não será aceita se o agente não tiver o motivo ou propriedades de tal forma que não possamos compartilhar tais sentimentos. Como já foi visto a incapacidade de acompanhar tais sentimentos, por serem causa, nos incita a não sermos de acordo com qualquer recompensa ou castigo.Pra que nos simpatizemos com a conduta alheia é preciso que “nosso coração dote os princípios do agente, e concordam com todos os afetos que influenciaram sua conduta.”

   Todo o nosso senso de mérito e bom merecimento de tais ações, da convivência e justiça de as recompensar e de fazer alegrar-se, por sua vez, a pessoa que as executou, surge das emoções solidárias de gratidão e amor com que, quando adotamos em nosso peito a situação das pessoas principalmente afetadas, sentimo-nos naturalmente transportados para o homem que por agir com tão pertinente e nobre benemerência. Assim da mesma forma que o sentimento de aprovação do comportamento alheio de pende de nossa aprovação, o senso de mérito irá depender de nossa simpatia, mas dessa vez irá depender de nossa simpatia e da aprovação em relação a pessoa que recebeu a recompensa: “ como certamente não podemos partilhar do ressentimento do sofredor, a não ser que nosso coração de antemão desaprove os motivos do agente e renuncie a toda a solidariedade com ele, o senso de demérito, bem como o de mérito , parecem ser um sentimento composto, constituído de duas emoções distintas: uma antipatia direta com os sentimentos do agente e uma simpatia indireta com  o ressentimento do sofredor.

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