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Serviço social

Por:   •  19/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.004 Palavras (5 Páginas)  •  112 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema o processo de institucionalização do Serviço Social, bem como os desafios para a profissão frente à formulação de políticas públicas sob as questões sociais que se apresentam no cotidiano profissional. Para isso será feito uma breve trajetória histórica do Serviço Social, explanará os avanços da profissão, as demandas atuais e a contribuição para o desenvolvimento da profissão.

Sabemos que a origem do Serviço Social no contexto mundial está imbricada com a eclosão do sistema capitalista na sociedade no século XVI e sua concretização na Europa no século XIX, o qual gerou transformações profundas em todas as esferas da vida. Tal sistema é acompanhado pela instauração de uma sociedade de classes que está em constante luta, caracterizada pelas contradições, antagonismo, dominação, exploração, venda da força de trabalho, dentre outras características.

DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS FRENTE ÀS DEMANDAS DA QUESTÃO SOCIAL

 

As primeiras manifestações do Serviço Social se dão com o aparecimento das questões sociais, que é resultado do sistema capitalista. Onde a classe burguesa (detentora com meios de produção) passa a explorar a força de trabalho da classe proletariado, que começa a reivindicar melhores condições de vida, “ingressando assim no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento enquanto classe, tanto do Estado como da burguesia” (CARVALHO E IAMAMOTO, 2013). Tal situação requer a intervenção do Estado como mediador dos interesses de classe.

No primeiro momento compreende-se o Serviço Social surgiu com a necessidade que o Estado tinha de ter um profissional que trabalhasse na mediação desses conflitos, principalmente para atender os interesses da classe burguesa, como forma de controle social da população. Compreendendo-se por isso que a profissão trabalhava a favor do sistema capitalista e do Estado.

Dentro desse contexto o Estado une-se a Igreja Católica, que também influenciou fortemente o Serviço Social. Essa união juntou o útil com o agradável, pois o ingresso da Igreja âmbito da questão social se deu a partir do século XIX, na Europa, onde nessa época o liberalismo e comunismo estavam expandindo suas ideias, causando certa ameaça à hegemonia da mesma. O intuito dessa atuação na questão social era de recristianizar a sociedade, ou seja, restaurar os costumes cristãos. Assim o Estado e a Igreja Católica a princípio atuavam nas questões sociais com um caráter de caridade, ajuda e filantropia, de forma assistencialismo, porém com o tempo viu-se a necessidade de tecnificar a profissão, fazendo com que surgissem as primeiras escolas de Serviço Social, com posição filosófica ligada ao neotomismo, continuando com a visão de caridade, ajuda e filantropia mas agora com uma roupagem nova.  

Na América-Latina, a primeira Escola de Serviço Social foi fundada por Alejandro Del Río, no Chile, em 1925. Sob a mesma influência surgiu em 1936 a Escola de Serviço Social de São Paulo, no Brasil.                  

Mas sabe-se que a origem do Serviço Social na sociedade brasileira, eclodiu desde os anos 30, com o advento da industrialização no Brasil, e o surgimento das manifestações das questões sociais. No primeiro momento a Igreja Católica influenciou a profissão, mas nos anos 40 e 50 o pensamento norte-americano começou a influenciar a atuação dos assistentes sociais.

Já por volta dos anos 60 na América Latina e nos anos 70 no Brasil, o Serviço Social teve um grande marco, que é conhecido como Movimento de Reconceituação. O qual trouxe muitas mudanças no âmbito da atuação do profissional de Serviço Social, proporcionando ao mesmo uma identidade frente à classe pelo qual passou a atuar, a classe trabalhadora, reconhecendo-se como integrante dessa classe. Passou a ter também uma visão mais crítica da sociedade em todas suas instâncias.

Na década de 80 com a redemocratização do Brasil, novamente todo o contexto e as relações são modificadas, e consequentemente o Serviço Social também acompanha essa dinâmica. Já nos anos 90 com o advento da contemporaneidade novas demandas vão surgindo para a profissão, que requer do desse profissional cada vez mais uma leitura crítica da sociedade, carregando consigo os ideais da reconceituação, pautado com total comprometimento perante a sociedade.

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