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Sociologia do corpo

Por:   •  16/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.424 Palavras (18 Páginas)  •  260 Visualizações

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Universidade Anhanguera-UNIDERP

Serviço Social

Sociologia

Professor: João Valdivino Lima Ferreira

Acadêmicas:

Angela Vanessa Epifânio RA: 9931032601

Lucelia da Rosa Oliveira RA: 2643169190

Sara Cristina Dávalos RA: 3425713362

Vanessa Wolff RA: 9931026466

Sociologia do Corpo: saúde, doença e envelhecimento

 

Anhanguera Educacional

Campo Grande MS

05/10/2015

Sociologia

Professor: João Valdivino Lima Ferreira

 Serviço Social

2ª Série

Sociologia

Sociologia do Corpo: saúde, doença e envelhecimento

Anhanguera Educacional

Campo Grande MS

05/10/2015

INTRODUÇÃO

A análise antropológica atual, os sistemas simbólicos que constituem a cultura de uma sociedade são considerados representações de ordenações existentes na vida social. Além disso, os sistemas simbólicos são modelos para a realidade e organizam, de modo regular e padronizado, a conduta coletiva (Geertz, 1978).        As representações sociais fazem parte de um sistema simbólico que produz um conhecimento sobre o mundo – isto é, atribui significados à realidade. Através dessa rede simbólica de sentidos, é possível pensar o mundo e certas práticas sociais. As representações sociais manifestam-se em palavras, sentimentos, gestos, condutas e se institucionalizam. O problema que se coloca, portanto, é saber em que medida e de que maneira esse sistema simbólico se articula com os conflitos sociais, os exprime e os modifica.

No início do século XX emergiram estudos de sociólogos e antropólogos, com forte base empírica, que demonstravam ser a doença, a saúde e a morte categorias relacionadas com os modos de agir, sentir e pensar da cada sociedade, que não podiam ser reduzidas a evidências orgânicas, naturais e objetivas. Ao considerarmos tais elementos na definição do que seja a saúde, a doença e a morte em cada sociedade nos diversos momentos da história, passamos a compreender que tais categorias são realidades construídas no seio das culturas.

A concepção de saúde-doença se insere no quadro geral dos problemas de vida como um fenômeno que escapa, em última instância, ao controle dos seres humanos (Montero, 1985; Loyola, 1984). A saúde, no processo atual de desenvolvimento do capitalismo, refere-se à capacidade física para trabalhar, mas também ao próprio processo do cotidiano de vida das pessoas e a seu equilíbrio sempre precário e provisório. No que tange ao envelhecimento, Debert (1996) cita três condições inter-relacionadas que dão uma configuração específica à terceira idade e às representações sobre o envelhecimento nas sociedades contemporâneas.


“A concepção de processo saúde-doença tem evoluído, consideravelmente, de maior vinculação com as doenças e a morte, isto é, aproximações negativas, até concepções mais vinculadas à qualidade de vida de uma população, um ponto de encontro, um produto social, ou seja, uma aproximação positiva” (Mendes, 1995, p. 235).

A SOCIOLOGIA DO CORPO

A área conhecida como Sociologia do corpo investiga os modos como nossos corpos são afetados por influencias sociais. Como os seres humanos, somos corpóreos – todos possuímos corpos. Mas o corpo não é só algo que possuímos e não é só algo físico que existe fora da sociedade. Nossos corpos são profundamente afetados por nossas experiências sociais, assim como pelas normas e pelos valores do grupo a que pertencemos.

A Sociologia do corpo faz convergir um número de temas fundamentais; um tema fundamental diz respeito aos efeitos das mudanças social sob o corpo – nosso mundo em rápida transformação apresenta novos riscos e desafios que podem afetar nosso corpo e nossa saúde. Mas ele também nos fornece as possiblidades que nos permitem escolher nosso modo de viver o dia-a-dia e de cuidar da nossa saúde. OS sistemas médicos e de saúde estão sofrendo enormes transformações que permitem aos indivíduos um papel mais relevante no tratamento e cuidado das doenças, as relações entre médicos especialistas e pacientes estão mudando, e as formas “alternativas” de medicina estão se tornando cada vez mais populares.

Finalmente, consideraremos o corpo em seu envelhecimento. Como outros aspectos de nossas vidas nas sociedades modernas, o envelhecimento já não é o que foi. O processo de envelhecimento não é simplesmente físico, e hoje a posição dos idosos na sociedade está mudando de modo fundamental.

A base Social da Saúde

O século XX testemunhou um significante da expectativa de vida para as pessoas que vivem em países industrializados, comparando com outras partes do mundo, os padrões de saúde e de bem-estar estão relativamente alto. Muitos desses avanços na saúde publica foram atribuídos ao poder da medicina moderna. Quanto mais o conhecimento e a especialização crescem, segue o argumento, mais podemos esperar aperfeiçoamentos sólidos e sustentados da saúde publica.

Embora essa abordagem à saúde e à doença seja extremamente influente, é um pouco insatisfatória para os sociólogos. Isso ocorre porque ignora o papel importante das influencias sociais e ambientais         nos padrões de saúde e doença. Os aperfeiçoamentos na saúde publica em geral, durante o século passado, não podem dissimular o fato de que a saúde e a doença não são distribuídas uniformemente por toda a população. Pesquisas mostram que certos grupos de pessoas desfrutam de mais saúde do que outros. Essas desigualdades na saúde parecem estar ligadas à padrões socioeconômicos mais amplos.

Classe e Saúde

As pesquisas sobre saúde e classe revelam uma clara relação entre padrões de mortalidade e morbidade (doença) e uma classe social especifica. Embora, na sociedade em geral, exista uma tendência de melhoria no campo da saúde, há consideráveis disparidades entre as diversas classes, afetando os indicadores de saúde, incluindo peso natal, pressão sanguínea e riscos de doenças crônicas. Indivíduos de altas posições socioeconômicas normalmente são, em media, mais saudáveis, altos e fortes, e vivem mais tempo do que os de baixa escala social.

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