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TRABALHO EM GRUPO ESTUDOS DISCIPLINARES III

Por:   •  25/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  895 Visualizações

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UNIP

SOCIOLOGIA

YORNEL REYES WANTON

TRABALHO EM GRUPO

ESTUDOS DISCIPLINARES III

POLO

CAMPINAS. SANTA CATARINA

2016

Antes da análise da afirmativa apresentada, considero importante discutir primeiramente as conceições sobre a questão social. Vale a pena ressaltar que para Carvalho e Iamamoto (1983, citado por Machado, 1999):

A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão (p. 77).

Também o expressado por (Benavides, 2006) quando alega:

A questão social insere-se no contexto do empobrecimento da classe trabalhadora com a consolidação e expansão do capitalismo desde o início do século 19, bem como o quadro da luta e do reconhecimento dos direitos sociais e das políticas públicas correspondentes, além do espaço das organizações e movimentos por cidadania social. A primeira e inarredável constatação histórica se impõe: até o século 19 os trabalhadores ligados à terra não podiam ser expulsos; tinham, apesar da pobreza, um mínimo de segurança. O capitalismo (“tudo que é sólido desmancha no ar”) destruiu essa proteção social e provocou as hordas de excluídos de toda sorte. Se o Estado do Bem Estar Social - graças às lutas dos trabalhadores e aos ideais socialistas – conseguiu uma certa estabilidade social, com o reconhecimento dos direitos econômicos e sociais, o neoliberalismo veio provocar o segundo ato dessa tragédia: agora aqueles excluídos da terra, que conseguiram se afirmar como trabalhadores pela garantia das prestações sociais do Estado, tudo perdem, já não têm propriedade e são despojados dos direitos econômicos e sociais. São os novos proletários de terço final do século 20 (p. 2).    

Podemos dizer que a questão social é um termo que expressa a contradição principal do modo capitalista de produção. A mesma, está fundada na produção e apropriação da riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam dela. O trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas. Assim, o capitalismo dá origem a muitas desigualdade sociais.

Neste sentido, Teles (1996, citado por Machado, 1999), refere que

....a questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção, sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética dos direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete igualdade e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de poder e dominação (p. 85).

Tudo campo professional estrutura-se em relação com certos imperativos sociais que sublinham como necessário um tipo de prática determinada. Os imperativos sociais se estruturam a partir dos obstáculos que surgem no processo de produção, reprodução da vida social, derivados das contradições estruturares que caracterizam a cada sociedade y que se expressam como “questão social”.

Por tanto, a questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade.  Isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Em outros termos, nem todos analisam que existe uma contradição entre capital e trabalho. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população – aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las. É entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens.

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