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O Artigo Espinheira

Por:   •  5/4/2021  •  Artigo  •  1.072 Palavras (5 Páginas)  •  190 Visualizações

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A Maytenus ilicifolia é uma planta conhecida popularmente como “espinheira-santa” e é predominante da região sul do Brasil, em matas nativas e ciliares. O uso popular acredita que essa planta pode ser utilizada no tratamento de várias doenças, como gastrites, úlceras e dispepsias.

A espinheira-santa apresenta propriedades analgésicas, antissépticas, ação tônica, cicatrizantes, diuréticas e laxativas. Estudos atuais indicam que a erva também apresenta efeitos antineoplásicos, antimicrobianos e imunológicos.

No tratamento de úlceras e gastrite, a planta pode ser preparada na forma de emplastros de suas folhas, decocto e infusão, como chás e extratos.

De acordo com estudos fitoquímicos, a Maytenus ilicifolia apresenta compostos químicos como terpenos, taninos, alcaloides, macrólideos, flavonoides, entre outros. O potencial farmacológico destas substâncias é bastante conhecido.

Dentre as substâncias estudadas e classificadas, estão os terpenos (maitenina, tringenona, isotenginona II,congorosinas A e B, ácido maitenóico), os triterpenos (friedelanol e friedelina), óleos essenciais (friedenelol), taninos, principalmente os gálicos (epicatequina, epigalocatequina e galato de epigalocatequina), glicolipídeos (monogalactosildiacilglicerol, digalactosildiacilglicerol, trigalactosildiacilglicerol, tetragalactosildiacilglicerol e sulfoquinovosildiacilglicerol) e, por último, os alcalóides(maiteina, maitanprina e maitensina). Novos estudos também demonstraram a presença de novos triterpenóides: as maytefolinas A, B e C e uvaol-3-cafeato.

PROPRIEDADES

  • Gástricas:

De acordo com estudos, a espinheira-santa apresenta ação contra úlcera péptica e gastrite. A ação da planta no tratamento dessas doenças envolve mais de um mecanismo de ação que ainda não foram completamente elucidados. Não se trata da ação de um único princípio ativo, mas sim de fitocomplexos diferentes.

Foi demonstrado em estudos que os taninos, principalmente a epigalocatequina, quanto os óleos essenciais, em especial o fridenelol, são responsáveis por parte dos efeitos gastroprotetores.

Estudos realizados com o abafado da plana demonstraram que quanto maior o tempo do tratamento, maior será a gastroproteção, sem que haja alterações no pH.

Em estudos realizados com extrato aquoso liofilizado das folhas da Maytenus ilicifolia em sapos, comprovou que esse possui efeito inibitório sobre os mediadores H2 da histamina nas células parietais. quando estimulados, causam a ativação da adenililciclase, iniciando uma série de alterações morfológicas e bioquímicas complexas, que leva ao aumento da secreção gástrica, funcionando como um antagonista H2, além de inibir o efeito da gastrina.

Foi demonstrado também que tanto a epigalocatequina (tanino) quanto o fridenelol (óleo essencial) são responsáveis por parte do efeito protetor da mucosa gástrica

A ação antiulcerogênica da planta foi demonstrada inicialmente por modelos experimentais como a aspirina, indometacina-padrão, reserpina e imobilização em baixas temperaturas. Os estudos por esses modelos comprovaram um marcante efeito gastroprotetor, sendo o extrato liofilizado mais potente que o abafado da erva.

Estudos realizados com a infusão das folhas mostraram que a M. ilicifolia tem atividade comparável, superior em algunscasos, com as atividades dos medicamentos-controle.

A atividade antiulcerogênica deve-se, primordialmente, aos taninos e derivados da catequina. Estudos posteriores comprovaram que as ações antiulcerogênica do tanino e dos derivados da catequina são potencializadas pela presença dos componentes dos óleos essenciais, friedelina e fridelol, o que sugere que mais de um componente tem efeito gastroprotetor.

A espinheira-santa é uma planta rica em taninos, vários taninos gálicos, dentre eles a epigalocatequina, inibem a ATPase de membrana potássio-dependente das células da mucosa gástrica responsáveis pela secreção de ácido clorídrico no estômago.

Estudos mostraram a ação bacteriostática contra a H. pylori in vitro, uma bactéria frequentemente ligada a casos de inflamação e úlceras, interferindo na permeabilidade da membrana plasmática e na adesão do microrganismo à mucosa gástrica, impedindo sua ação patógena.

O extrato etanólico da planta exibe atividade semelhante aos bloqueadores H2 como a cimetidina, inibindo o aumento da produção de HCl pelas células oxínticas do fundo gástrico, induzido pela histamina.

  • Antineoplásica:

Os primeiros estudos se basearam em isolar compostos triterpenoídicos com atividade

citotóxica, in vitro, contra células tumorais.  Outros estudos mostraram que a espinheira-santa ainda apresenta propriedades antioxidantes, com ação quelante para metais pesados e age sobre diferentes radicais livres.

Sobre tumores experimentais, o extrato da planta apresentou ações inibitórias, inibindo a formação de microtúbulos, o que interfere diretamente na atividade de centrômeros, com isso, a célula cancerosa não consegue se multiplicar, neste caso, a substância utilizada foi a maitensina, mas de acordo com estudiosos, triterpenos como friedelina e o friedelol também são eficazes.

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