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A Realidade Nordestina e Propostas de Convivência Com o Fenômeno das Secas

Por:   •  16/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.118 Palavras (5 Páginas)  •  272 Visualizações

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A Realidade Nordestina e Propostas de Convivência Com o Fenômeno das Secas

A região semiárida do nordeste é caracterizada pelo evento do bioma da caatinga, que forma o sertão, que apresenta clima seco e quente, com chuvas que se concentram nas estações de verão e outono.

A sociedade está debatendo cada vez mais sobre a crise ambiental que incide sobre a Terra. Este assunto é recorrente e vincula inúmeras questões conjuntas como, desenvolvimento sustentável e políticas públicas de impacto socioambiental entrelaçado por outros temas como água, meio ambiente e distribuição de renda.

Dentre o conjunto de elementos que compõem os recursos naturais, a água vem ganhando mais notoriedade frente à sua contaminação e/ou poluição. Este é um recurso de suma importância tanto para a vida dos animais como para o ser humano, afinal, é um elemento essencial à vida.

E um dos estados brasileiros que ganha mais notoriedade, é o nordeste em que a seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região.

Desde o período colonial até hoje, os relatos e imagens sobre o Semiárido brasileiro, em sua maioria, enfatizam paisagens naturais desoladoras e o flagelo social da população sertaneja.

O Nordeste tem sido palco de inúmeras estiagens O relato de períodos de seca no Nordeste do Brasil remonta o século XVI (ALVES, 1953), desde a época do império, a seca já castigava.

 A mais prolongada e abrangente seca nordestina até o momento foi a de 1979-1983 que durou cerca de cinco anos e atingiu até mesmo regiões nunca afetadas anteriormente. Deste período citado até os dias atuais são inúmeras as grandes secas ocorridas, sempre com viés desastroso para com as camadas populacionais menos abastadas.

Devido a escassez dos recursos hídricos, obrigou os sertanejos, a migrarem muitas vezes para o sul e sudeste, com o propósito de melhorar a vida e melhor ascensão social,o que acabou provocando consequentemente o  inchaço das periferias das grandes cidades.

 Vários foram os períodos de estiagem, porém uma das piores nos últimos 30 anos foi a de 2012 que atingiu o Nordeste, onde a região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia, neste estado cerca de 230 municípios foram atingidos, e municípios de alagoas e Piauí também sofreram com a falta de chuvas, trazendo vários prejuízos tanto na pecuária como na agricultura, suas principais fontes de renda.

Estados afetados pela seca no Nordeste em 2012        

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Com isso foram criados programas sociais feitos pelo governo que visam auxiliar no combate a seca, alguns deles são, o Programa Um Milhão de Cisternas Rurais, para o armazenamento de água, a perfuração de poços, a transposição do rio são Francisco, distribuição de cestas básicas, bolsa estiagem,Garantia Safra o uso de carros-pipas,construções de barragens entre outras ações do governo para minimizar os seu efeitos.

De modo geral, as ações governamentais de intervenção nessa realidade foram sendo construídas com base nas seguintes características:

  • o caráter emergencial, fragmentado e descontínuo dos programas desenvolvidos em momentos de calamidade pública;  
  • as ações emergenciais que alimentam a "indústria da seca";  
  • e a solução hidráulica, com a construção de obras hídricas, quase sempre favorecendo empreiteiras e a grande propriedade rural.

Em todas essas características reproduz-se o uso político do discurso da miséria e do subdesenvolvimento como decorrência direta das secas.

Conviver com a seca passava, quase exclusivamente, pela construção de grandes obras de engenharia para represar água. Esta foi vista como o recurso natural mais importante, tornando a sua acumulação condição necessária e suficiente para fixar o homem no Nordeste semi-árido. O resultado foi prioridade para implantar o Programa de Açudes Públicos, que tenham capacidade suficiente para ultrapassar um período de seca sem se esgotarem, embora com suas águas em constante uso.

A exploração dos açudes foi planejada em duas vertentes: uma envolvendo atividades agrícolas e de abastecimento da população e outra abrangendo a atividade pesqueira. A partir dos açudes, foi dado o primeiro passo na definição das áreas a serem irrigadas. Dessa forma, a água represada seria distribuída através da instalação dos perímetros irrigados. Pretendia-se induzir a passagem da agricultura extensiva para a intensiva, diminuindo os seus riscos diante dos efeitos da seca.

Estas atitudes têm sido paliativas, pois movimentam capital, geram sub-empregos e evitam, de certa forma, a migração e o êxodo rural. Porém, a corrupção, o coronelismo e a chamada indústria da seca, têm impossibilitado a resolução definitiva do problema a ser dada não somente com sobreposição de rios e construção de canais para a perenização dos cursos de água, irrigação e fixação do nordestino em seu território, mas também incrementando a democracia, a participação política e a mobilidade social.

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