Artigo Pacto

CIENCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA:

CONSTRUINDO O PLANO DE UNIDADE DE ENSINO

Autores:

Resumo

Palavras chave

Introdução

Nos dias atuais, onde a tecnologia está cada vez mais evoluída, a necessidade de dominar cálculos mentais vem sendo deixada de lado, dentro e fora da escola. O uso de aparelhos – calculadora, celular, tablet, smartphone – tem sido uma constante nas salas de aula, mesmo sendo vetado o mesmo uso em avaliações externas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e os vestibulares. A pesquisa de campo e a investigação também tem dado espaço ao estudo pela internet, inviabilizando o contato direto com a natureza. Relacionar os temas pedagógicos com a realidade, contextualizar conceitos e relacionar tudo com interpretação textual são habilidades a serem desenvolvidas desde a alfabetização, porém os educandos e educandas chegam ao Ensino Médio sem as devidas competências.

Observando o contexto escolar percebe-se o grande medo, o “pavor” que os alunos e alunas apresentam pelos conteúdos de Matemática e Ciências da Natureza e a tudo a eles associado. Tais áreas e seus componentes curriculares, assim como os conteúdos pedagógicos, são vistos como difíceis, impossíveis de entender, antes mesmo do primeiro contato com os mesmos. Um bloqueio surge, impossibilitando o relacionamento com os assuntos e impede o bom desenvolvimento da aprendizagem, amentando, assim, o índice de reprovação; consequentemente, os educandos começam a desistir de estudar por acreditarem não ter mais condição de serem aprovados. Os que já são maiores de idade optam pela Educação de Jovens e Adultos (EJA) e vão trabalhar.

Diante disso, faz-se necessária uma intervenção de forma prazerosa, lúdica, porém que contribua para a construção do conhecimento e desmistifique essa imagem negativa dos componentes curriculares da Matemática e das Ciencias da Natureza. O presente artigo trata deste problema no Colégio Estadual Antônio da Costa Brito - CEACB, situado à rua São Paulo, 145, Centro, Acajutiba, Bahia, que oferta o Ensino Médio Regular, e que convive essa realidade de medo das disciplinas Matemática, Física, Química e Biologia, cujos educandos apresentam sérios problemas de dificuldade de aprendizagem, onde, a maioria, não consegue efetuar sequer as quatro operações matemáticas básicas.

Planejando a Unidade Letiva de Ensino

Analisando a realidade do “pavor” de Matemática e da abstração das Ciencias da Natureza, durante a Jornada Pedagógica e as reuniões do pacto pelo Ensino Médio, as Professoras discutiram propostas de como solucionar o dilema em pauta, ajudando aos educandos a superarem os obstáculos imaginários e conquistando novas aprendizagens.

A necessidade de criar um projetor interdisciplinar envolvendo os conteúdos pedagógicos e acendendo o prazer dos educandos para estudar em os componentes curriculares das áreas de Matemática e de Ciências da Natureza, tão temidos por todos, é palpável e urgente, o que motivou os docentes das áreas do conhecimento citadas a buscarem estratégias que permitam a transformação atitudinal diante dos cálculos e das figuras aparentemente abstratas, oferecendo aos educandos oportunidade de contextualização dos conteúdos pedagógicos com a sua realidade cotidiana, aproximando-os da certeza da sua competência com o raciocínio lógico e com os métodos de investigação e pesquisa.

A Secretaria de Educação do Estado da Bahia – SEC/BA promove a cada ano muitos projetos educacionais, entre eles os Projetos Estruturantes que oportunizam aos estudantes desenvolverem habilidades artísticas e culturais, enriquecendo o conhecimento e socializando talentos.

Os Projetos Estruturantes constituem uma categoria de ação composta por um conjunto de projetos que, além de implementarem políticas educacionais, buscam a reestruturação dos processos e gestão pedagógicos, a diversificação e inovação das práticas curriculares, como consequência e foco principal, a melhoria das aprendizagens, são eles: Programa Mais Educação (PME); Ensino Médio Inovador (ProEMI); Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (PRONATEC); Gestar na Escola; Programa Ciência na Escola (PCE); Artes Visuais Estudantis (AVE); Festival Anual da Canção Estudantil (FACE); Tempos de Artes Literárias (TAL); Educação Patrimonial e Artística (EPA); Encontro de Canto Coral (Encante); Produção de Vídeos Estudantis (PROVE); A Arte de Contar História (s); Mostra de Dança Estudantil (DANCE); Ressignificação da Dependência; Resinificando a Aprendizagem (somente para os NRE 19 – Feira de Santana e 26 – Salvador); Jogos Estudantis da Rede Pública (JERP); Capoeira na Escola – Patrimônio de Todos Nós; Juventude em Ação (JÁ); e Mídias e Tecnologias Educacionais.  (SEC, 2015)

O CEACB aderiu, desde 20010, a quase todos os projetos relacionados à realidade local, sendo destaquem em muitos deles. É possível observar como os educandos participantes se empenham, revelando muito de si mesmo nas suas obras e apresentações.

Também faz parte da proposta da SEC/BA o projeto Revitalização das Escolas, que visa o espaço físico e o conforto da escola durante as atividades pedagógicas.

O projeto Revitalização das Escolas se constitui em uma ação intersetorial da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que mobiliza os gestores das Unidades Escolares Estaduais e as comunidades escolares e locais, com a proposta de fortalecer a relação escola-comunidade e estimular o planejamento pedagógico. A partir da decisão em conjunto do objeto de intervenção a ser revitalizado na unidade escolar, as soluções para a melhoria da qualidade do aprendizado e do ambiente da escola, envolvendo assim “Todos pela Escola”.

        O projeto Revitalização das Escolas se constitui em uma ação intersetorial da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que mobiliza os gestores das Unidades Escolares Estaduais e as comunidades escolares e locais, com a proposta de fortalecer a relação escola-comunidade e estimular o planejamento pedagógico. A partir da decisão em conjunto do objeto de intervenção a ser revitalizado na unidade escolar, seja ele da área pedagógica ou da rede física, as comunidades escolar e local encontram, conjuntamente, as soluções para a melhoria da qualidade do aprendizado e do ambiente da escola, envolvendo assim “Todos pela Escola”. (SEC/BA, 2012).