DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE PEQUENOS MAMÍFEROS NA FAZENDA ÁGUA MILAGROSA

José Tiago Minholi

Ranikelly Vivian dos Santos Francisco

Renata da Silva Seba

3º ano A

Profº Ms. Mahal Massavi Evangelista

IFMT- Campus Cáceres Profº Olegário Baldo

DIVERSIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NO CERRADO

INTRODUÇÃO

Existem em média 40 espécies de marsupiais em nosso país (Delciellos, Ana; Loretto, Diogo e Antunes, Vanina, 2011), sendo elas espécies de gambá de pequeno porte. Os marsupiais estão presentes nos mais variados tipos de habitats, já que algumas espécies são arbóreas, terrestres e fossoriais. Quanto ao comportamento também existem variações podendo ser diurnos, noturnos ou crepusculares.

A dieta é composta por uma ampla gama de itens incluindo invertebrados, frutos, pequenos vertebrados e ocasionalmente carniça, flores, néctar e goma de árvores (Gribel 1988, Santori et al. 1995, 1997, Vieira & Astúa de Moraes 2003, Aléssio et al. 2005). Todavia, a proporção relativa e a importância de cada um destes itens na dieta das espécies podem variar em função da disponibilidade de recursos no ambiente, dos custos de forrageamento, da palatabilidade e do retorno energético obtido com o alimento (Owen 1982, Vieira & Astúa de Moraes 2003, Santori & Astúa de Moraes 2006, Leiner & Silva 2007).

O bioma Cerrado apresenta uma grande variedade de formas fisionômicas variando desde formações abertas de campos até formações fechadas de floresta. Vários estudos observaram que a riqueza de pequenos mamíferos aumenta as formações de campos para as formações florestais (Alho et al. 1986, Mares et al. 1986, Henriques et al. 1997, Lacher Jr. & Alho 2001, Vieira & Palma 2005), sendo que a fisionomia de mata de galeria apresenta uma maior riqueza e uma composição de pequenos mamíferos diferente das outras fisionomias do Cerrado (Fonseca & Redford 1984, Redford & Fonseca 1986, Mares et al. 1986, Mares & Ernest 1995, Bonvicino et al. 2005, Lacher Jr. & Alho 2001).

Além disso, várias espécies de pequenos mamíferos do Cerrado apresentam especialização a um determinado microhabitat, no mesmo tipo fisionômico de vegetação (Lacher Jr. & Alho 1989, Henriques & Alho 1991). Dessa maneira, o alto grau de especificidade das espécies de pequenos mamíferos a um determinado habitat e microhabitat associado à heterogeneidade do bioma Cerrado, pode explicar o aumento da riqueza, assim como a alta diversidade beta entre as comunidades do Cerrado encontrado por Marinho-Filho et al. (1994).

Neste projeto temos a intenção de verificar a riqueza e a abundância de espécies de pequenos mamíferos que habitam em um remanescente, na fazenda Água Milagrosa, visando saber qual a diversidade de espécies em um local de turismo. Esta área é um local afastado de cidades e munícipios, e cercado por uma grande quantidade de fauna. Sendo assim, espera-se que tenha uma grande quantidade de espécies a serem encontradas nessa região.

ÁREA DE ESTUDO

A captura será realizada na Dolina Água Milagrosa localiza-se na região sudoeste de Mato Grosso, no município de Cáceres. Possui uma altitude de 248m e está localizada entre as coordenadas geográficas 16° 02’ 39” S e 57° 31’36” W, na bacia hidrográfica do Córrego Piraputanga.

MATERIAIS E MÉTODOS

Serão utilizadas as armadilhas do tipo Sherman, colocadas no chão ou na copa de árvores em um fragmento de floresta da fazenda Água Milagrosa, de forma alternada, em uma trilha de 100m, sendo que cada armadilha terá 10m de distância uma da outra. Para que a captura desses animais seja realizada é necessário que utilize iscas, que nesse caso serão utilizadas bananas