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Doença Celiaca

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Por:   •  23/10/2014  •  2.908 Palavras (12 Páginas)  •  269 Visualizações

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Doença Celíaca

Terapia Nutricional Na Doença Celíaca

são paulo

2014

Doença Celíaca

Terapia Nutricional Na Doença Celíaca

Trabalho de pesquisa apresentado a Disciplina de Nutrição – Campus Tatuapé – Orientadora Professora Risimeire Barbosa Fonseca Guastaldi.

são paulo

2014

INTRODUÇÃO

A doença celíaca (DC) originou-se da época em que os seres humanos primitivos passaram de seres caçador-coletores para adotar um estilo de vida mais sedentário e basicamente agrícola. Tal fato histórico ocorreu por volta de 10.000 a.C. e envolveu o cultivo de cereais como o trigo, cevada, centeio, aveia através das gramíneas silvestres.

A doença celíaca é caracterizada como uma doença autoimune do intestino delgado com importante associação com os antígenos HLA-DQ2 (DQA1*05 e DQB1*02) e HLA-DQ8 (DQA1*03 e DQB1*0302). A doença celíaca tem o glúten como fator responsável pela patogênese e a enzima transglutaminase tecidual como autoantígeno. O autor segue dizendo que a referida patologia está associada a outras doenças autoimunes como o diabetes mellitus tipo 1 (DM-1), lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren e doenças autoimunes da tireoide.

A DC caracteriza-se pela intolerância permanente ao consumo de glúten na alimentação, que está presente em cereais, entre eles a cevada, o centeio, aveia, trigo e malte, ocorrendo em indivíduos que apresentam pré-disposição genética a este quadro clínico. Relatam ainda que a principal manifestação que ocorre devido à ingestão de glúten em pacientes intolerantes é o desenvolvimento de um processo inflamatório que acomete a mucosa do intestino delgado proximal, desencadeando a atrofia total ou subtotal das vilosidades intestinais, com consequente dificuldade para absorção dos nutrientes, entre outros quadros sintomatológicos.

O glúten é o componente proteico das espécies de trigo, aveia, cevada e centeio, responsável pela estrutura do alimento. É constituído por frações de gliadina e de glutenina, que, na farinha de trigo, totalizam 85% da fração protéica. Este autor enfatiza que segundo o Codex Alimentarius (1995, 1997), o limite máximo de ingestão permitido aos celíacos é 10mg de gliadina ao dia.

O presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica referente à doença celíaca, incluindo os aspectos: prevalência atual da doença, sinais sintomas e diagnósticos junto com as manifestações clínicas da DC, bem como a abordagem da terapia nutricional e a adesão à dieta restrita em glúten.

O QUE É A DOENÇA CELÍACA?

A Doença Celíaca também conhecida como espru celíaco ou enteroptia sensível ao glúten. É uma doença autoimune, desencadeada pela ingestão de glúten, contido em cereais como aveia, centeio, cevada, trigo e malte, em indivíduos geneticamente predispostos.

O glúten é uma substância elástica, aderente, insolúvel em água, responsável pela estrutura das massas alimentícias. É constituído por frações de gliadina e de glutenina, que, na farinha de trigo, totalizam 85% da fração proteica. Forma - se pela hidratação dessas proteínas, que se ligam entre si e a outros componentes macromoleculares por meio de diferentes tipos de ligações químicas.

A principal manifestação que ocorre devido à ingestão de glúten em pacientes intolerantes é o desenvolvimento de um processo inflamatório que acomete a mucosa do intestino delgado proximal, desencadeando a atrofia total ou subtotal das vilosidades intestinais, com consequente dificuldade para absorção dos nutrientes, entre outros quadros sintomatológicos.

É uma doença crônica que exige a eliminação total do glúten na dieta por toda a vida. Acredita-se que a doença celíaca seja desenvolvida por pessoas geneticamente suscetíveis, sendo mais comum em mulheres e aparecendo geralmente na infância, embora possa surgir em qualquer idade.

Muitas pessoas são intolerantes ao glúten e por esse motivo, o mercado de produtos alimentares sem glúten tem crescido bastante, para suprir a necessidade de pessoas que não podem ingerir alimentos com glúten.

A doença celíaca pode manifestar-se em crianças, adultos e idosos. Estudos internacionais apontam que 1% da população mundial é celíaca. Na última década aumentou no Brasil a consciência sobre a doença celíaca, afetando em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria dessas pessoas estão sem diagnóstico.

Sinais e Sintomas

Os sintomas da doença celíaca podem surgir em qualquer idade. Os alimentos com glúten, em geral, são introduzidos na dieta da criança a partir dos seis meses de idade. Depois de meses ou anos após esta introdução, os sintomas da doença se iniciam e podem variar de pessoa para pessoa. Assim, a DC pode se apresentar sob as seguintes formas: clássica, não clássica e assintomática.

A mais frequente é a forma clássica que se inicia nos primeiros anos de vida, manifestando - se com quadro de diarreia crônica, vômitos, irritabilidade, falta de apetite, déficit de crescimento, distensão abdominal, diminuição do tecido celular subcutâneo e atrofia da musculatura glútea.

Na doença com sintomas não clássicos as manifestações digestivas são ausentes ou pouco frequentes. Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como por exemplo: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro, artrite, constipação intestinal, hipoplasia do esmalte dentário, osteoporose e esterilidade.

Já, a forma assintomática é encontrada em indivíduos que apresentam sorologia positiva e padrão histológico idêntico à forma clássica,

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