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ARARUTA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA CELÍACA

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Por:   •  20/10/2014  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  705 Visualizações

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ARARUTA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA CELÍACA

1. ARARUTA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A araruta (Maranta arundinacea) produz um tubérculo rico em amido de boa digestibilidade, que não contém glúten e se encontra quase extinto no Brasil. é uma planta nativa das regiões tropicais das Américas, pertence à família Marantácea (Calanthea e Maranta), grupo das Zingiberales, que produz um tubérculo rico em amido (fécula ou goma) de boa qualidade. fécula é recomendada para pessoas, sobretudo, convalescentes ou com debilidade orgânica e crianças de 6 a 8 meses, por ser um alimento de boa digestibilidade, restaurador de energia e não conter glúten, sendo uma excelente alternativa para os consumidores alérgicos ao glúten (celíacos). Pode ser usada pelas indústrias alimentícias e no preparo de vários pratos como biscoitos, bolos, cremes, doces, mingaus, manjá, sopas, como constituinte de chocolate e outros confeitos finos. (SILVEIRA et al, 2013)

Segundo os mesmos autores o glúten é uma proteína comum em cereais como trigo, cevada e centeio, que causa alergia em pessoas portadoras da doença celíaca (são cerca de 500.000 somente no Brasil). Esse nicho de mercado é composto por consumidores que, por questão de saúde, não podem ingerir alimentos que contenham glúten. Em estudo realizado por uma empresa que fornece amido para a indústria, foi descoberto que o amido da araruta é naturalmente modificado, e serve à indústria, sem necessidade de mais máquinas poluentes para a modificação, como é feito em outros amidos como o da mandioca, fortalecendo as possibilidades de mercado.

A araruta é uma planta originária das regiões tropicais da América do Sul. Estudos arqueológicos mostram evidências do cultivo de araruta nas Américas há, pelo menos, 7 000 anos. Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo daquela planta. (WIKIPÉDIA, 2013)

As cultivares de araruta de maior importância econômica no Brasil são a comum, a creoula e a banana, sendo que a do primeiro tipo é a mais comercializada, caracterizando-se por puco ou nenhum florescimento nas condições tropicais. A creoula produz rizoma na superfície da terra, em touceiras, que precisam ser lavados várias vezes para perder a camada escura para que possam produzir amido de alta qualidade, sendo seu florescimento abundante nas condições tropicais. A espécime banana possui porte pequeno, com rizomas grossos e cônicos e crescem em cachos fechados. A colheita dos rizomas pode ser feita de 9 a 12 meses após o palntio, quando suas flores murcham e com coloração parda, que depois se tornam amarelo-palha e esbranquiçadas (MONTEIRO & PERESSIN, 2002).

A adubação deve ser baseada nos níveis de nutrientes observados na análise de solo, utilizando-se no plantio adubo fosfatado e parte do adubo nitrogenado e potássico, além da adubação orgânica. A adubação de cobertura aos 25-30 dias deve ser feita com fontes nitrogenadas na dosagem de 40 kg de N/ha e, conforme o manejo, potássicas e com matéria orgânica (BRASIL, 2010).

Em regiões tropicais e equatoriais, o cultivo pode ser realizado o ano inteiro, desde que haja umidade para seu desenvolvimento. Já em regiões sub-tropicais ou tropicais de altitude, o cultivo é restrito à época mais quente do ano (setembro-outubro a março-abril), permanecendo a cultura em dormência durante o período frio e/ou seco do ano (BRASIL, 2010).

O plantio é feito por propágulos (porções dos caules rizomatosos) diretamente no local definitivo. O espaçamento deve ser de 0,8-1,00 m entre as leiras e de 0,4-0,5 m entre plantas nas leiras. Pode-se plantar em linhas duplas, distantes 0,5 m, tendo 0,8-1,0 m nas ruas (corredores entre-linhas). É prática o cultivo consorciado a com milho ou feijão, pois é comum sobrarem alguns propágulos no solo após a colheita e com o revolvimento e plantio, estes brotam em meio a cultura principal desenvolvendo-se em consórcio com esta (BRASIL, 2010).

A cultura deve ser mantida no limpo, por meio de capinas manuais. Deve-se irrigar conforme a necessidade, não havendo recomendações específicas para araruta. Em geral é cultivada e utilizada no período chuvoso, dispensando a irrigação. É bastante tolerante a pragas e doenças. Os nematóides do gênero Meloidogyne podem causar pequenos danos aos rizomas (BRASIL, 2010).

A colheita é feita a partir de 6 a 7 meses após o plantio, com auxílio de enxadão ou aiveca. Após colhidos, os rizomas devem ser lavados e preparados para o processamento. A produtividade pode superar 30 ton/ha (BRASIL, 2010).

2. A DOENÇA CELÍACA E SUA RELAÇÃO COM O CONSUMO DE TUBÉRCULOS

A doença celíaca (DC) é uma forma crônica de enteropatia de mecanismo imunológico que afeta o intestino delgado de crianças e adultos geneticamente predispostos, ocasionada pela ingestão de alimentos contendo glúten (BAI et al, 2012). Segundo os autores, os principais sintomas são:

• Anafilaxia induzida pelo exercício

• Rinite e asma ocupacionais (asma do padeiro)

• Urticária de contato

Supõe-se que a DC tenha se originado após a transformação causada no modo de vida e na alimentação introduzidas pela revolução da agricultura, há cerca de 10 mil anos. Na antiguidade o homem era basicamente caçador de animais e coletor de frutos, grãos e sementes, apresentando uma alimentação diversificada (OLIVEIRA, 2013).

Segundo CORDAIN et al (2005) com a mudança no perfil alimentar, seis características nutricionais da dieta do homem ancestral foram alteradas: carga glicêmica, composição

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