Doença Chagas

A doença de Chagas é um exemplo de uma patologia resultante das alterações do meio ambiente produzida pelos humanos. Ao invadir o habitat dos insetos, o homem incluiu-se no ciclo da doença ao residir em casas que eram ótimas para o alojamento do vetor. No final dos anos 70, a área endêmica incluía 18 estados com mais de 2200 municípios, sendo que 711 destes possuíam o Triatoma infestans , que é o principal vetor domiciliar no Brasil.

A partir de 1975 foram criadas ações para o controle da doença e desde então ocorreu uma grande redução da presença de T. infestans. Em 2006, o Brasil recebeu a certificação internacional de interrupção da transmissão pelo mesmo, concedida pela Organização Panamericana da Saúde e Organização Mundial da Saúde.

Atualmente, no Brasil, predominam os casos crônicos da doença que provem de infecções adquiridas no passado. Existem aproximadamente 3 milhões de indivíduos infectados. Apesar disso, ainda são identificados casos agudos da doença de Chagas nos estados da Amazônia Legal e casos isolados em outros estados. Predominam a transmissão oral, através da ingestão de alimentos contaminado como o açaí e caldo de cana, e a transmissão vetorial, sendo que no período de 2000 a 2011 70% dos casos da doença aguda aconteceram através da transmissão oral e 7% através da transmissão vetorial. Os casos de doença de Chagas aguda devem ser notificados obrigatoriamente e em até no máximo de 24 horas da suspeita inicial.

Em 2012, no Pará, foram registrados 45 casos de doença de Chagas e uma morte. Só em setembro do mesmo ano, foram registrados 13 casos da doença em Abaetetuba, no nordeste do Pará, que foram provocadas pela ingestão de açaí contaminado em um ponto de venda.

No dia 29 de janeiro de 2013 a presidenta Dilma Roussef comentou a importância da melhora das condições habitacionais para o controle da doença de Chagas. Ela lembrou que o Minha Casa, Minha Vida também atua nas áreas rurais, onde já investiu R$ 1,4 bilhao desde 2009.

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