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Embriologia do trato respiratório superior, nervos cranianos e sua relação com a fisiologia do trato respiratório (fonética, deglutição e respiração)

Por:   •  6/3/2018  •  Artigo  •  1.467 Palavras (6 Páginas)  •  506 Visualizações

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A vias áreas superiores são divididas em segmentos anatômicos: cavidade nasal, faringe e laringe. O sistema respiratório começa a ser formado na quarta semana do desenvolvimento, na extremidade caudal da faringe primitiva, que foi originada do intestino anterior a partir do sulco laringotraqueal, que ao sofrer uma evaginação forma o divertículo respiratório (broto do pulmão). (Fig 1).

Os arcos faríngeos ou branquiais, aparecem na 4 ou 5 semana do desenvolvimento e contribuem para o aspecto externo característico do embrião, delimita a faringe e originam as estruturas da cabeça e do pescoço. Eles constituem inicialmente em barras de tecido mesenquimatoso separadas por fendas profundas denominadas fendas faríngeas/branquiais, ao mesmo tempo, desenvolvem arcos e bolsas faríngeas, ao longo das paredes laterais do intestino faríngeo, a parte mais cefálica do intestino anterior. Em mamíferos, há cinco arcos faríngeos, sendo o quinto ausente e o sexto rudimentar, eles são revestidos externamente pelo ectoderma e internamente pelo endoderma e são preenchidos pelo mesoderma. O tecido muscular do quarto e sexto arcos originam os músculos da faringe e laringe. Os componentes musculares de cada arco tem seu próprio nervo craniano, e para onde quer que migrem as células musculares levam consigo seu componente nervoso, além disso cada arco tem seu componente arterial. A faringe é um canal comum aos sistemas respiratório e digestório, permitindo a circulação do ar e a passagem dos alimentos, além de ajudar na deglutição onde as paredes da faringe contraem-se de cima para baixo impulsionando o bolo alimentar nessa direção.

A formação da laringe: O epitélio de revestimento interno da laringe se origina do endoderma, mas as cartilagens e os músculos se originam do mesênquima do quarto e sexto arcos faríngeos. Em consequência da rápida proliferação desse mesênquima o orifício laríngeo muda de aparência, de uma fenda sagital para uma abertura em forma de “T”. (Fig. 2), logo em seguida o mesênquima dos dois arcos se transforma nas cartilagens tireóide, cricóide e aritenóide. A epiglote possui origem diferente sendo formada pela proliferação do mesênquima nas extremidades ventrais do terceiro e do quarto arco faríngeo, da parte caudal da eminência hipofaríngea, isso explica o fato da a epiglote ser uma cartilagem elástica, ao contrário das demais cartilagens laríngeas que são de cartilagem hialina. Quando as cartilagens estão formadas o epitélio laríngeo também prolifera rapidamente, ocasionando a oclusão temporário da luz. Subsequentemente a vacuolização e a recanalização produzem um par de recessos laterais os ventrículos laríngeos. Esses recessos são limitados por pregas de tecido que se diferenciam nas cordas vocais falsas e verdadeiras. Como a musculatura da laringe é derivada do mesênquima do quarto e sexto arcos faríngeos, todos os músculos laríngeos são inervados por ramos do décimo nervo craniano, o nervo vago, que também é derivado do quarto e sexto arcos faríngeos. As chamadas funções básicas da laringe compreendem a proteção das vias aéreas, a respiração e a fonação, pois é a laringe que contém as cordas vocais, indispensáveis para esse processo.

No final da quarta semana as proeminências faciais, consistindo basicamente de mesênquima da crista neural, e pelo primeiro par de arcos faríngeos. A proeminência frontonasal por influência indutiva da parte ventral do prosencéfalo aparecem espessamentos locais do ectoderma superficial, os placódios nasais (olfatórios), que durante a quinta semana invaginam-se e forma as fossas nasais. Ao fazê-lo eles criam uma crista tecidual que circunda cada parte e forma as proeminências nasais. As proeminências na borda externa das fossas são as proeminências nasais laterais, e as nas bordas interna são as proeminências nasais mediais.

Durante a sexta semana as fossas nasais aprofundam-se consideravelmente em parte e em função do crescimento das proeminências nasais circunvizinhas e em parte por sua penetração no mesênquima subjacente. Inicialmente a membrana oronasal separa a fossa da cavidade oral primitiva por meio dos forames recém formados os cóanos primitivos. Esses cóanos situam-se de cada lado da linha média e imediatamente por trás do palato primário. Mais tarde com a formação do palato secundário o desenvolvimento adicional das câmeras nasais primitivas, os cóanos definitivos vem a situar-se na junção da cavidade nasal com a faringe. Os seios paranasais desenvolvem-se como divertículos de parede nasal lateral e estendem-se até os ossos maxilar, etmoide, frontal e esfenoide. Eles chegam a seu tamanho máximo durante a puberdade e contribuem para a forma definitiva da face. O nariz é formado por cinco proeminências faciais, a frontal da origem a ponte, as proeminências nasais mediais fundidas originam a crista e a extremidade, e as proeminências nasais laterais forma as partes laterais do nariz (asas) e o septo nasal é formado pela proeminência frontal. As cavidades nasais pois várias funções: é a principal via de passagem para o ar inalado e expirado, além de aquecer, umedecer e filtrar o mesmo, detecta estímulos olfatórios através de receptores olfatórios posicionados na membrana que reveste as conchas nasais superiores além de influenciar na modificação das vibrações da fala.

Os nervos cranianos são responsáveis por fazer ligação como encéfalo, são 12 pares (I-Olfatorio, II-Óptico, III-Óculomotor, IV-Troclear, V-Trigêmio, VI-Abducente, VII-Facial, VIII-Vestibulo-Clocear, IX-Glossofaríngeo, X-Vago, XI-Acessório, XII-Hipoglosso) e cada um com uma classificação

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