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Por:   •  25/6/2014  •  2.376 Palavras (10 Páginas)  •  752 Visualizações

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ENSAINO CRÍTICO

UM ESTUDO SOBRE A ‘MAGIA’ DO MAGO-ESCRITOR

Anápolis / Março de 2012

Introdução

O objetivo do presente trabalho é realizar uma análise crítica e comparativa entre os romances “O Alquimista” e “Veronika Decide Morrer” ambos do autor Paulo Coelho. A obra “O Alquimista” foi um sucesso de vendas em todo o mundo e também recebeu grandes críticas, conta a história de um pastor que depois de um sonho foi atrás de sua lenda pessoal para conseguir a felicidade. Já a obra “Veronika Decide Morrer”, é a narração da história de uma jovem que deve a tentativa de suicídio falha e que por isso foi levada a um hospício, onde conheceu o amor de sua vida de se livro das amarras sociais, essa obra não deve tanta repercussão, porém não deixou e receber críticas. Paulo Coelho tem obras que apresentam grandes falhas, na escrita e na própria história e mesmo assim obtém grande sucesso de público.

Desenvolvimento

O autor Paulo Coelho é um dos autores brasileiros mais conhecidos no mundo, os romances escritos por ele têm muita religiosidade e misticismo. Sua obra mais famosa é O Alquimista deve 100 milhões de exemplares vendidos em todo mundo, mas mesmo com o sucesso de vendas teve muitas críticas negativas e gerou polemicas.

Há outras obras que também obtiveram sucesso, como Veronika Decide Morrer que teve mais de 300 mil exemplares vendidos, porém nenhuma obra de Paulo Coelho é realmente uma boa literatura, tem grande falhas gramaticais e sintáticas, descuido com a linguagem, tropeços lógicos, imperícias narrativas. Enfim, uma escrita apressada, em que travessões são esquecidos e erros de grafia permanecem após sucessivas edições.

Existe uma explicação para Paulo Coelho ser um grande sucesso em vendas, o escritor se revela medíocre no manejo da linguagem, mas tem imaginação fértil e consegue escrever aquilo que o leitor deseja ler. Alguns leitores e críticos justificam o sucesso de Coelho com o uso da magia por parte do autor ou até mesmo um suposto pacto com o diabo.

Parte das críticas recebidas e do sucesso do Mago, como também é conhecido Paulo Coelho, deve-se ao fato de que suas obras não têm grandes técnicas de linguagem, o que deixa a leitura mais fácil e acessível a todo tipo de publico, não há desafio na leitura porque não há qualquer enigma a desvendar nem qualquer ambiguidade, mas essa falta de habilidade faz com que suas obras sejam repetitivas e com temas clichês, a extrema falta de técnica traz ao autor as críticas, mas a jogada de marketing que ele consegue realizar tornando o seu livro em uma autoajuda lhe faz um sucesso de vendas. Milton Hatoum escritor brasileiro foi um dos críticos que não concorda que Paulo Coelho seja literatura, como o trecho a seguir.

"Os escritores, hoje, querem a chave do sucesso a qualquer preço e a influência do Paulo Coelho se tornou, nesse sentido, muito maléfica. Ele pode ser um sucesso, mas não é um sucesso literário, porque o que ele faz não é literatura. As obras de qualidade precisam de longo tempo para ser digeridas." (Milton Hatoum).

Talvez a negação que o povo brasileiro tem com as obras de Paulo Coelho deve-se ao fato de que o autor em seus romances não fala da sua própria cultura, mas faz de cenário para seus livros outros lugares com outras culturas o que é o contrário do que os escritores tradicionais brasileiros fazem. A negação que a população brasileira tem com o autor é tão grande que ele se autoexilou.

Seu autoexilo lhe ajudou muito na construção de seus bens, fora do próprio país Coelho é bem visto e admirado em países como a França e na Suiça onde mora ultimamente, como ele sempre gostou de holofotes e polemicas, é preferível para ele que fique fora de seu país natal.

O Alquimista é o livro mais famoso de Paulo Coelho ele foi traduzido em 73 idiomas, nele são claras as ideias de que um livro de autoajuda tenta transmitir, mas o autor tenta disfarçar colocando essas ideias em meio a uma lenda mal elaborada. A obra quer passar a quem ler que você só será feliz quando descobrir e realizar sua lenda pessoal, e que o mundo conspira em seu favor, que os sinais que devem ser lidos, e que o tesouro está dentro de você. O leitor gosta porque escuta o eco da sua própria voz, a voz do senso comum e da moral vigente.

Outro livro do Mago que teve fundamentos de autoajuda é Veronika Decide Morrer no qual o assunto é a loucura e a liberdade, o autor torna o livro ingênuo quando tenta transforma a história em uma fabula, sua lição de moral é um clichê, como todos os livros de Paulo Coelho, que quer mostrar para o leitor que nós damos valor apenas quando perdemos.

Se compararmos essas duas obras de Paulo Coelho: O Alquimista e Veronika Decide Morrer. É fácil perceber a dificuldade que o autor tem em buscar novos assuntos, ou até mesmo ensinamentos já que vemos suas obras como uma autoajuda, é possível perceber também a carência de narrativas sólidas, de intertextualidades congruentes, de prosa bem construída e rica em verossimilhança.

É certo que entre um livro e outro Paulo tentou aprofundar mais, fazer pesquisas. No livro Veronika Decide Morrer que foi lançado após O Alquimista, o autor já se mostra mais preparado, no livro podemos observar tentativas de digressão e intertextualidades e uso de elementos reais, com o objetivo de trazer mais realidade ao romance. Já em O Alquimista o autor não usa tantas técnicas e deixa algumas ideias vagas.

As duas obras são baseadas em um senso comum: que as pessoas sempre podem realizar seus sonhos. Esse senso comum pode ser observado nos seguinte trecho do livro O Alquimista.

“- Aquele pipoqueiro também sempre

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