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Fisiologia Cardio e Renal

Por:   •  22/11/2018  •  Resenha  •  3.771 Palavras (16 Páginas)  •  314 Visualizações

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Sistema renal

  • Rim: importante na remoção metabólitos do sangue, formação de urina, metabolização da vitamina D, secreção de eritropoetina (importante para formar as hemácias), sistema renina-angiotensina-aldosterona.
  • Unidade funcional do rim é o néfron (formado por glomérulo + cápsula de Bowman); vários néfrons formam o rim. Há o córtex e a medula. No córtex, há os glomérulos renais e na medula há a alça de Henle (também possui uma parte no córtex), ducto coletor (comum para vários néfrons), que desemboca no cálice, os quais formam a pelve renal. A osmolaridade do córtex é a mesma do plasma sanguíneo (300 miliosmois), já a da medula varia de 10 a 12000 miliosmois. Ou seja, o funcionamento da medula vai determinar o grau de concentração da urina (quanto menor a osmolaridade, mais amarela a urina). Mesmo concentrando bastante urina, os humanos estão sempre pré-dispostos à desidratação (devido a eliminação da urina). Boa parte do néfron se encontra no córtex.
  • Néfron: possui uma parte chamada de glomérulo (vascular). Possui uma arteríola aferente que chega no glomérulo, forma-se um enovelado e depois sai uma arteríola eferente. Há a cápsula de Bowman que envolve esse enovelado sanguíneo. Depois da cápsula, há o túbulo proximal, ducto descendente grosso, ducto descente grosso, ducto ascendente fino e ascendente grosso. Esses 4 últimos recebem o nome de alça de Henle, depois dela há o túbulo distal e o coletor. Túbulo distal “passa” junto com as arteríolas aferente e eferente
  • Estrutura glomérulo/cápsula de Bowman: é onde ocorre o processo de filtração. O sangue passa pelo glomérulo de um jeito e sai de outro, ou seja, o que sai é o que consegue ser filtrado pelas membranas do glomérulo. Água, eletrólitos, aminoácidos, vitaminas passam por essas membranas. Já proteínas, por exemplo, não passam por essas membranas em condições fisiológicas normais.

De todo volume plasmático que passa pelo glomérulo, 80% permanece dentro do vaso sanguíneo e 20% dele é filtrado (20% do sangue ejetado do ventrículo do coração vai para o rim). Quase todo esse volume acaba sendo reabsorvido, para isso, ocorrem alguns processos: filtração (como já dito), reabsorção, secreção e excreção. Mais de 99% do que é filtrado acaba voltando para circulação.

                         [pic 1]

Filtração sempre ocorre no glomérulo, depois de ser filtrado, uma parte resultante será reabsorvida (voltará para o sangue) no túbulo proximal e outra será secretada (do sangue para o néfron), como por exemplo, potássio, H+.

  • Filtração: depende da permeabilidade da membrana de filtração (características da membrana de filtração) e da pressão efetiva de filtração (PEF, é uma resultante de pressões). Essa envolve diferença entre as pressões no glomérulo e no espaço da cápsula de Bowman.
  • Membrana de filtração: formada por células endoteliais do vaso sanguíneo, membrana basal do vaso sanguíneo (a qual é constituída de colágeno e elastina) e podócitos (células que recobrem os glomérulos). Para ocorrer a filtração, a substância tem de passar pela camada de células endoteliais, membrana basal e os podócitos para atingir a cápsula de Bowman. Entre uma célula endotelial e outra, há fenestras e entre um pedicélio (projeção dos podócitos) e outro há uma fenda. Quando uma fenestra coincide com uma fenda, há a formação de um poro, restando apenas a membrana basal entre essas estruturas (ver desenho para ficar mais claro). A membrana basal apresenta colágeno, que possui carga negativa, ou seja, se houver uma carga positiva no sangue, ela será atraída pela carga da camada de colágeno, facilitando, assim, a filtração de substancias com carga positiva. Tudo o que passa do sangue para a cápsula de Bowman recebe o nome de ultrafiltrado

[pic 2]

  • PEF (pressão efetiva de filtração): É necessário que algumas forças “empurrem” o sangue para a cápsula de Bowman para ocorrer a filtração. Na luz do capilar, a principal delas é a força ou pressão hidrostática (que empurra a água e sangue para a cápsula de Bowman), derivada da pressão arterial (parecida com essa, um pouco menor, mas, agora, é constante), estando diretamente relacionada com essa (se a pressão arterial estiver baixa, a pressão hidrostática também estará, por exemplo). Ademais, há a pressão oncótica (definida como a capacidade das proteínas sanguíneas tracionarem água para dentro do vaso sanguíneo), que atua no sentido contrário, não deixando a água atravessar. Quem exerce essa pressão oncótica são as proteínas, enfatizando-se a albumina. A pressão hidrostática possui força contraria à pressão oncótica.

Também há, do outro lado da cápsula de Bowman, no espaço capsular, a pressão capsular, relacionada com a quantidade de água na cápsula de Bowman. Se já houver muita água na cápsula, a tendência é que ela não entre mais via pressão hidrostática. A pressão oncótica desse lado será praticamente inexistente, porque não existem proteínas no espaço capsular. A PEF é a soma de todas essas pressões.

[pic 3]

A pressão hidrostática é uma grande influenciadora da PEF, podendo concluir que, se ela estiver baixa, a PEF muito provavelmente estará baixa, e quanto menor a PEF, menor será a produção de urina. Ou seja, pode-se afirmar que indivíduos com pressão baixa tendem a urinar menos, porque a PEF pode estar se aproximando de zero. A consequência de não urinar é o acúmulo de metabólitos, que são neurotóxicos.

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