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Hematologia

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Por:   •  1/10/2013  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  3.485 Visualizações

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INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL EM PACIENTES COM ANTICORPOS ERITROCITÁRIOS

Os antígenos eritrocitários são estruturas na membrana das hemácias , de origem proteica, glicoproteica e glicolipídica. São detectados por aloantícorpos que são produzidos naturalmente, como resultado de estímulos ambientais, ou por exposição a eritrócitos alogênicos.

A maior parte dos antígenos eritrocitários é sintetizadas pelas hemácias. A distribuição dos antígenos no organismo varia , desde os antígenos ABO que são encontrados em grande número de tecidos, fluídos e secreções, até o sistema Rh, que é expresso somente na linhagem eritróide.

A resposta imune a determinantes antigênicos proteicos difere dos determinantes carboidratos , e determina o significado clínico doa aloanticorpos.

A capacidade característica de um antígeno para estimular a produção de anticorpos depende da natureza do antígeno. A maioria dos antígenos eritrocitários são pouco imunogênicos, com exceção doa antígenos do sistema ABO e do antígeno D. Menos de 1% de todos os indivíduos transfundidos com sangue alogenéico desenvolve anticorpos a cada transfusão . No Brasil, o sangue a ser transfundido é testado para ABO e D, com exceção se houver presença de aloanticorpos eritrocitários, ou se o paciente fizer parte de grupos sanguíneos que têm elevada probabilidade de sensibilização eritrocitária pela transfusão de sangue crônica.

Incidência de Aloimunização

A aloimunização a antígenos eritrocitários ocorre pela exposição a eritrócitos alogenéicos com fenótipo diferente do receptor, pela transfusão sanguínea, gestação, transplante de orgãos , tecidos ou enxertos. Além da exposição aos antígenos, a resposta imune depende da imunogenicidade, da dose e via de administração dos antígenos, e da predisposição genética do receptor.

Os indivíduos que produzem anticorpo, uma vez estimulados, são chamados de "respondedores". Alguns indivíduos apesar de entrarem em contato com quantidades mínimas de sangue alogenéicos, se forem bons respondedores, produziram aloanticorpos, enquanto que outros, não obstante recebam transfusões repetidamente e em grande quantidade, não o farão. Não foram reconhecidos ainda quaisquer marcadores que pudessem predizer qual indivíduo é bom respondedor ou não. Apesar de em alguma situação já ter sido identificado associação de um alelo HLA( Antígeno leucocitário humano) e o desenvolvimento de um anticorpo (Hla-Dr3*0101 e anto-HPA1A), não foi possível, até o momento a demonstração de associação entre HLA e aloimunização a antígenos de grupos sanguíneos.

Jà foi reportado que indivíduos D-negativo que desenvolvem anti-D têm mais probabilidade de desenvolver outros aloanticorpos, enquanto que outros D-negativos que não produzem anti-D, raramente produzem outros aloanticorpos que não anti-D, muito embora não seja conhecida a causa relacionada a essa observação .

A frequência e a ocorrência de aloanticorpos eritrocitários é maior em receptores de transfusão sanguínea do que associados à gestação. Isso porque a quantidade de sangue fetal que entra em contato com a circulação materna é muito menor que aquela decorrente de uma transfusão.

Anticorpos clinicamente significantes são identificados em frequência aproximada de 0,5 a 1,0 % em doadores de sangue.

Estudo retrospectivo com mais de 17.000 gestantes, a incidência de aloanticorpos desenvolvidos durante a gestação foi de 0,24%. 

Estima-se que cerca de 1%  do pacientes são sensibilizados (a anticorpos que não o anti-D) a cada unidade de hemácias transfundida. Já, a frequência de aloimunização em indivíduos cronicamente transfundidos varia, de 14 a 40%. Em pacientes com anemia falciforme, é comum o encontro de aloaticorpos eritrocitários (38%). 

não existe diferença geneticamente determinada para maior ou menor risco de aloimunização de acordo como sexo. 

A produção de aloanticorpos eritrocitários também não diminui com a idade.Não obstante a produção de anticorpos em recém-nascidos e lactentes se incomum, raros relatos alertam para eventual risco de desenvolvimento de anticorpos, em especial naqueles que venham a ser transfundidos com assiduidade. 

Devido ao fato que vários antígenos de grupos sanguíneos apresentam frequência populacional distinta em brancos, orientais e em afro-americanos, é estrategicamente importante conhecer a população de doadores de sangue regionalmente, pois é notório que o risco de aloimunização é maios quanto maior for a diferença antigênica entre doadores e receptores, ainda que esse efeito diminuía com o aumento do número de transfusão por paciente. 

Em países desenvolvidos, a ocorrência de anto-D diminuíram drasticamente após a introdução da imunoglobulina humana anti-D. No Brasil, o anti-D é o aloanticorpo mais comumente identificado. Os anticorpos Rh outros que não anti-D são a seguir os alooanticorpos clinicamente significantes mais comumente identificados na gravidez ou secundários á transfusão sanguínea. O restante é quase que em sua maioria representado pelos anticorpos anti-K e anti- Fya. É de significativo interesse em nosso país a identificação de anti-Dia, que pode estrar relacionadoá doença hemolítica pernatal e a reaçõestransfudionais hemolíticas.Esse anticorpo somente é suspeitado se nas hemácias de triagem e na sde identificação de anticorpos irregulares houver pelo menos uma hemácia com fenotipagem positiva para o antígeno Dia.

A estimativa da imunogenicidade relativa a antígenos eritrocitárioa é feita baseando-se na frequência de um antígeno eritrocitário em determiada populaçã, da probabilidade de exposição do receptor a esse antígeno e da observação da ocorrência do aloabticorpo naquela população. Entretanto , anti-K é três vezes mais comum que o anti- Fya, consequentemente o antígeno k pode ser cosiderado nove veze mais imunogênico que o Fya. Na prática podemos concluir que a imunogenicidade relativa vai depender da frequência dos antígenos eritrocitários na população estudada, tanto de doadores como de receptores.

Significado Clínico dos aloanticorpos

o aloanticorpo eritocitário pode ser didaticamente definido como clinicamente significante, se acarretar meno sobrevida das hemácias transfundidas e/ou se estiver relacionado a doença hemolítica perinatal. Anticorpos de mesma especificidade podem apresentar significado clínico variável.

Os aloenticorpos podem desencadar

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