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Introdução às Imunopatologias: Inflamação como um Resultado das Reações Imunológicas

Por:   •  5/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  764 Palavras (4 Páginas)  •  247 Visualizações

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Introdução às Imunopatologias: Inflamação como um Resultado das Reações Imunológicas

Reações de Hipersensibilidade – Alergias

Em determinadas circunstâncias a resposta imunológica que geralmente confere proteção (profilaxia), produz reações inflamatórias caracterizadas por danos lesivos ao organismo, contrários à proteção (anafilaxia), levando inclusive a complicações importantes. Estas respostas inflamatórias de origem imunológica são conhecidas como reações de hipersensibilidade de caráter individual. Conforme apresentação sucinta em sala de aula onde foram discutidos alguns exemplos, as manifestações imunopatológicas podem ser derivadas de diferentes afeccões: associadas com antígenos infecciosos (virus, bactérias, fungos, protozoários, vermes, etc.); ou com carências do sistema imunitário; com proliferações imunitárias independentes de antígeno – leucemias p.ex.; com outros antígenos extrínsecos – as alergias em geral; com os autoantígenos, e com os aloantígenos – na relação materno-fetal, nos processos de transfusão sanguínea e nos transplantes.

Embora essas reações não se manifestem na prática de maneira isolada, os pesquisadores Philip Gell e Robin Coombs fundamentados nos seus mecanismos efetores classificaram tais reações em quatro tipos básicos: Tipo I, Tipo II, Tipo III e Tipo IV, promovendo assim um melhor entendimento didático. As reações de hipersensibilidade associadas às alergias representam os melhores exemplos para essa classificação; elas não se manifestam no primeiro contato com o antígeno indutor (alérgeno) mas após estímulos subsequentes. As reações de hipersensibilidade tipos I, II, III são mediadas por  anticorpos, enquanto a hipersensibilidade tipo IV é mediada por células. Em função do tempo para o desenvolvimento da reação, as três primeiras (tipos I, II e III) são consideradas reações imediatas, enquanto a última (tipo IV) é denominada reação tardia.

        Hipersensibilidades e Alergias - Características gerais:

1- Alergia, ou hipersensibilidade tipo I, resulta da liberação de moléculas  com ação farmacológica, de células dos tipos mastócitos ou basófilos. Esta liberação é causada pela combinação de antígeno específico com IgE ligada em receptores de alta afinidade sôbre a superfície dos mastócitos e basófilos, induzindo a degranulação e a liberação dos mediadores farmacológicos.

A hipersensibilidade tipo I  é provavelmente uma manifestação orientada na modulaçao da atividade da célula auxiliadora (T helper). Atividade excessiva de Th2 conduz à liberação de IL-4 e IL-5 e consequentemente para a produção excessiva de IgE.

Na hipersensibilidade tipo I que se desenvolve num curto espaço de tempo, o efeito farmacológico dos mediadores produzem uma resposta inflamatória edematosa, resultante do aumento da permeabilidade vascular, constricção dos músculos lisos e por infiltração de eosinófilos nos tecidos afetados.

As manifestações clínicas mais importantes da hipersensibilidade tipo I são, anafilaxia asma, rinite alérgica, febre do feno, etc. Existe uma tendência hereditária para se desenvolver este tipo de hipersensibilidade (atopia),  daí a denominação de alergia atópica.

2- A hipersensibilidade tipo II ou reação citotóxica, resulta da destruição de células por anticorpos (IgM ou IgG) e/ou complemento. Um exemplo desta é a destruição de células vermelhas sanguíneas, as hemácias, como um resultado de uma transfusão incompatível.

3- A hipersensibilidade tipo III ocorre como o resultado da deposição de complexos imunes nos tecidos. A resposta inflamatória ocorre  quando anticorpos (IgM ou IgG) se ligam ao antígeno e ativam a cascata do sistema complemento, gerando mediadores quimiotáticos e vasodilatadores causando lesão tecidual através da deposição dos imunocomplexos. Com a atração de neutrófilos, as enzimas dessas células causam danos nos tecidos. Os complexos imunes podem-se depositar na pele, nos pulmões, nas articulações (juntas) e/ou nas paredes dos vasos, o que causam portanto respostas inflamatórias locais.

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