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O Ensino Da Arte Nos Anos Iniciais

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Por:   •  16/1/2015  •  1.598 Palavras (7 Páginas)  •  759 Visualizações

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UERJ – FEBF

Professora: Elaine Pernambuco

Aluna: Cíntia de Lima Sousa

O ensino da arte nos anos iniciais

O ensino de arte no Brasil começa com os jesuítas e com sua chegada ao país.

Através da catequese, os jesuítas não apenas transmitiam sua religião ao povo, mas também possuíam todo um trabalho de educar os indígenas, assim como as pessoas que chegavam de Portugal.

Os jesuítas tem como princípio uma separação entre a retórica e o que é feito manualmente, lembrando que a retórica sempre vale mais do que o trabalho manual, o que de certa maneira perdura até os dias de hoje.

Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, executada pelo Marquês de Pombal que expulsou os 670 jesuítas e ordenou que fechassem os colégios, termina a época jesuítica. Com isso, cria-se um vazio na educação e instauram-se algumas importações do que deveria ser a educação no Brasil.

O ensino da arte no Brasil começa oficialmente em 1826, quando é criada a Academia Imperial de Belas Artes. Essa Academia foi criada por um grupo vindo da França, em 1816 (o grupo passa dez anos para criá-la).

Nesse período entre 1816 e 1826, esse grupo de franceses realiza muitas obras; pinturas, gravuras, os arquitetos constroem edifícios, mas uma coisa muito importante foi a mudança de nome da escola, e com essa mudança de nome veio também a mudança de clientes dessa escola.

Os franceses vieram para criar uma escola de artes, ofícios e ciências. Dez anos depois de sua chegada não há mais uma escola, cria-se uma Academia de Artes.

A ideia era preparar para o trabalho o que se conectava com algo que começava a nascer, que era o desenho industrial. Muda-se então a clientela, ao invés de ser uma classe trabalhadora, quem vai para a Academia de Belas Artes é uma classe com aspirações mais voltadas à aristocracia, passa a ser um símbolo de distinção social, pode-se dizer que é onde está localizado o núcleo do preconceito contra o ensino de arte.

A maioria das pessoas considera, até hoje, o ensino da arte como uma bobagem cultural, um luxo, uma coisa que interessa a poucos.

Quando se começa a discutir o ensino da arte que começou como ensino de desenho, pois não se falava em ensino da arte na época e sim em ensino de desenho nas diferentes categorias: desenho gráfico, desenho artístico, desenho industrial, desenho decorativo, dentre outras nomenclaturas.

Se começa a discutir a necessidade do desenho na educação em 1870. Por quê? Porque nessa época há a primeira industrialização brasileira, principalmente a indústria do ferro batido, a indústria da construção civil, há grande investimento nessas áreas.

Rui Barbosa foi o grande incentivador por um ensino de desenho na escola.

A primeira tentativa de se fazer uma lei orgânica para o ensino primário e secundário ocorre em 1880, porém, Rui Barbosa deixa de lado o projeto inicial e decide seguir com seu próprio projeto, e até hoje é um projeto no qual a arte vem sendo representada como ensino do desenho, com uma maior relevância.

Modernismo

O Modernismo tem início com a criação das Escolinhas de arte no Brasil, um movimento que incluiu muitas mulheres arte – educadoras.

Três mulheres fizeram das Escolinhas a grande escola modernista do ensino da arte no Brasil: Margaret Spencer, que criou a primeira Escolinha com o artista plástico Augusto Rodrigues, era uma escultora americana que conhecia as Progressive Schools e o movimento de arte e educação já bastante desenvolvido nos Estados Unidos. A segunda destas mulheres que fizeram a Escolinha foi Lúcia Valentim, que assumiu a direção da Escolinha de Arte no Brasil durante uma prolongada viagem de Augusto Rodrigues ao exterior.

Influenciada por Guignard de quem foi aluna, imprimiu uma orientação mais sistematizada à Escolinha e se desentendeu com Augusto quando este retornou ao comando.

Entrou em cena, então, Noêmia Varela convidada por Augusto para assumir a direção da Escolinha, passou a ser orientadora teórica e prática com total responsabilidade pela programação, na qual se incluía o já citado Curso Intensivo em Arte Educação que formou toda uma geração de arte/educadores no Brasil e muitos na América Latina Hispânica.

Era um movimento de ensino não formal e esse nome, Escolinha, era usado de uma forma carinhosa, pois era uma escola de arte direcionada aos pequenos. A escolinha é a primeira instituição de ensino Moderno que a Escola de Belas Artes só vai se transformar depois.

Talvez o momento histórico que mais tenha aproximado o “se fazer” nas artes visuais no que se dava na escola, seja no momento do Modernismo com a questão da livre expressão. Só que enquanto os artistas estudavam para chegar nessa fase, na escola era fazer o que quisesse.

O que era o Modernismo principalmente? O Modernismo era o Expressionismo, os educadores queriam a expressão da interioridade do ser humano. Não havia nenhuma preocupação com Realismo, com reprodução real do mundo ao seu redor, havia um medo muito grande da cópia, se tentava evitar a imagem da arte na sala de aula para que as crianças não se contaminassem e não tentassem copiar.

A ideia principal era de que a arte vem de dentro de cada um.

A Semana de 22, que introduziu o Brasil de fato no Modernismo, não repercutiu de imediato no ensino da arte. Quando a partir de 1927, o ensino da arte volta a ser objeto de discussões isto se deveu principalmente a modernização educacional.

Desta vez é a educação primária e a escola que se tornam o centro das atenções reformistas através do movimento que ficou conhecido como ‘escola nova’. Defendia-se, então, o mesmo princípio liberal de arte integrada no currículo, ou melhor, de arte na escola para todos. Entretanto, enquanto os liberais tinham como objetivo o ensino dos aspectos técnicos do desenho para preparar para o trabalho, a ‘escola nova’ defendia a ideia da arte como instrumento mobilizador da capacidade de criar, ligando imaginação

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