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O ROMANTISMO E A IDENTIDADE NACIONAL: AS ARTES PLÁSTICAS E A LITERATURA

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Por:   •  8/9/2014  •  1.827 Palavras (8 Páginas)  •  1.045 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho, apresentaremos obras relacionadas às artes plásticas românticas, que tiveram grande importância para a formação da Identidade Nacional. Grandes artistas, como Antônio Gonçalves Dias, Victor Meirelles de Lima e Rodolfo Amoedo, fizeram parte dessa construção social.

Através das obras e poemas deles, é possível perceber os primeiros pensamentos da época sobre nacionalidade.

As representações do cotidiano indígena e africano mostram como a nacionalidade não estava presente neles.

Pesquisa comparativa. Quando as artes estão em sintonia.

• Antônio Gonçalves Dias

Poeta, professor, crítico de história, etnólogo, nasceu em Caxias, MA, em 10 de agosto de 1823, e faleceu em naufrágio, no baixio dos Atins, MA, em 3 de novembro de 1864.

Era filho de João Manuel Gonçalves Dias, comerciante português, natural de Trás-os-Montes, e de Vicência Ferreira, mestiça. Formou em 1845. Em Coimbra, ligou-se ao grupo dos poetas que Fidelino de Figueiredo chamou de "medievalistas". À influência dos portugueses virá juntar-se a dos românticos franceses, ingleses, espanhóis e alemães. Em 1843 surge a "Canção do exílio", um das mais conhecidas poesias da língua portuguesa.

Regressando ao Brasil em 1845, passou rapidamente pelo Maranhão e, em meados de 1846, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde morou até 1854. Em 46, havia composto o drama Leonor de Mendonça, que o Conservatório do Rio de Janeiro impediu de representar a pretexto de ser incorreto na linguagem; em 47 saíram os Primeiros cantos, com as "Poesias americanas", que mereceram artigo encomiástico de Alexandre Herculano; no ano seguinte, publicou os Segundos cantos e, para vingar-se dos seus gratuitos censores, conforme registram os historiadores, escreveu as Sextilhas de frei Antão, em que a intenção aparente de demonstrar conhecimento da língua o levou a escrever um "ensaio filológico", num poema escrito em idioma misto de todas as épocas por que passara a língua portuguesa até então. Em 1849, foi nomeado professor de Latim e História do Colégio Pedro II e fundou a revista Guanabara, com Macedo e Porto Alegre. Em 51, publicou os Últimos cantos, encerrando a fase mais importante de sua poesia.

Dentre suas obras mais famosas, destaca-se o poema I-Juca Pirama, que conta a história de um índio capturado pela tribo dos Timbiras.

Fazia parte de sua cultura morrer após estar em domínio de outros povos, porém implorou que não morresse alegando que teria que cumprir a missão de cuidar de seu pai, que por ser mais velho, necessitava de cuidados. Porém, sua tentativa de orgulhar seu pai só lhe causou fracasso. Foi reconhecido como covarde pelos Timbiras e por seu próprio pai. O poema pertencia à primeira fase do Romantismo.

• Victor Meirelles de Lima

Pintor, desenhista, professor. Começa seus estudos artísticos por volta de 1838, com o engenheiro argentino Marciano Moreno. Ainda estudante, conquistou em 1852 o prêmio de viagem à Europa. Estudou em Roma, Florença, Milão, Paris. No ano de 1861 retornou ao Brasil, onde passou a exercer o magistério e formou uma geração de pintores importantes.

Dentre suas obras mais famosas, destaca-se Moema, óleo sobre tela.

A obra, como informa por carta, em 1967 Donato Mello Júnior “tem uma história dolorosa... Esteve na Pinacoteca da Escola Nacional de Belas-Artes até outubro de 1929, quando foi retirada porque o Governo não achou nunca alguns contos para comprá-la. No Museu Nacional de Belas- Artes (que é de 1937) nunca esteve exposta”.

A índia Moema, na conhecida tela de Vitor Meireles, é representada como uma donzela renascentista, materialização visual da idealização romântica. Quase a seu lado, o original do célebre Tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas por Portugal e Espanha: as duas potências ultramarinas da época buscavam um pouco de ordem em uma expansão que desembocaria em projetos de colonização predatória.

• Rodolfo Amoedo

Pintor. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1868. Estuda no Liceu de Artes e Ofícios, com Victor Meirelles (1832 - 1903) e Antônio de Souza Lobo (1840 - 1909), em 1873. No ano seguinte, matricula-se na Academia Imperial de Belas Artes. Viaja para Paris em 1879, como pensionista da Aiba, e estuda na Académie Julian e na Escola Nacional Superior de Belas Artes. Retorna ao Brasil em 1887 e realiza sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro, em 1888. Nesse ano é nomeado professor honorário de pintura histórica. Realiza trabalhos de decoração no Palácio Itamaraty, na Biblioteca Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Supremo Tribunal Militar, no Rio de Janeiro; no Museu do Ipiranga - atualmente Museu Paulista da Universidade de São Paulo - MP/USP, em São Paulo; e no Teatro José de Alencar, em Fortaleza. Após sua morte, parte de sua obra é doada ao Museu Nacional de Belas Artes - MNBA no Rio de Janeiro.

Em sua obra O Último Tamoio, óleo sobre tela, o padre Anchieta encontra em deserta praia o cadáver de Aimberê, o chefe dos Tamoios, e o contempla comovido antes de prestar-lhe os últimos deveres de sacerdote cristão.

Amoedo inspirou-se no poema épico “A Confederação dos Tamoios”, publicado em 1856 por Gonçalves de Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil. A obra narra um episódio ocorrido três séculos antes, entre 1554 e 1567: a revolta dos índios contra os portugueses que tentavam escravizá-los, movimento que ficou conhecido como a “Confederação dos Tamoios”.

Análise comparativa

É possível perceber a semelhança entre os artistas românticos citados e suas obras. Não só por serem pintores e escritores da mesma época, mas pelas representações e idealizações dos índios.

O fato dos artistas terem estudado e formado em escolas de arte européia faz com que eles tragam para o Brasil, uma visão eurocentrista. É visível essa influência na figura do índio I-Juca Pirama, que prefere deixar seus costumes e honra de lado para cuidar do seu pai, fazendo o que julgava certo e não o que sua tradição mandava.

Já em a

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